VBCOAP 155 SR – Os quatro finalistas

O Exército Brasileiro (EB), por meio da Chefia de Material do Comando Logístico (CMat/CoLog), publicou hoje, dia 04 de março, o resultado da Fase 1B e o “SHORTLIST” do pedido de proposta / pedido de licitação (“request for proposal” – RFP / “request for tender” – RFT),  nº 01/2023 para a obtenção de 36 viaturas blindadas de combate obuseiro autopropulsado 155mm sobre rodas (VBCOAP 155mm SR).

Conforme T&D havia antecipado em agosto de 2023, os APROVADOS são (ordem apresentada no documento):

  • SH15 6X6, da China North Industries Corporation (NORINCO), China;
  • ATMOS 6X6, da Elbit Systems Land, Israel;
  • CAESAR 6X6, da Nexter Systems, integrante do grupo KNDS, França; e
  • Zuzana 2 8X8, representado pela Excalibur Internacional, da Rep. Tcheca, mas fabricado pela Konštrukta Defence, da Eslováquia;

 

PRÓXIMOS PASSOS

De acordo com o documento citado, agora se inicia a etapa de negociação, e as primeiras reuniões ocorrerão  nas dependências do CMat/CoLog, em Brasília (DF), nas seguintes datas:

  • 18 de março, NORINCO;
  • 19 de março, Elbit;
  • 20 de março, Nexter; e
  • 21 de março, Excalibur.

 

Este período de negociação se estenderá até o dia 04 de abril e a previsão para a escolha do vencedor é 03 de maio.

 

PARA SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO

VBCOAP 155mm SR – Uma análise do mercado

VBCOAP 155mm SR – As primeiras propostas foram entregues

VBCOAP 155 SR – Os primeiros eliminados

 

 

 

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Respostas de 20

      1. Pior é que a Turquia fez essa estratégia no caso dos F-16.

        É uma estratégia muito utilizada em jogadas diplomáticas isso também acontece recursos ou alianças comerciais e muitas outras coisas.

        E uma troca. uma coisa pela outra.

  1. -O Zuzana 2 é o azarão.
    Por ser 8×8 é maior e mais pesado, o que resulta em maior consumo de combustível e maior dificuldade para ser transportado em grandes deslocamentos (por aviões ou trens). Há também acréscimo de eixo e pneus, que também tem um impacto no custo de manutenção.
    Será que o preço é competitivo?
    -No caso do Atmos talvez pese desfavoravelmente a disputa política-diplomática atual.
    -Caesar é da França, fornecedora tradicional de armamentos para o Brasil. Os produtos costumam ser mais caros.
    -SH 15 tem a barreira “cultural” na falta de palavra melhor. Seriam os equipamentos chineses confiáveis? Vale a pena comprar no Oriente em vez de comprar no Ocidente? E o valor é realmente inferior aos demais?
    Em breve o Exército nos dará a resposta.

    1. Sobre a questão da China, Essa barreira cultural realmente é muito aproveitada pelos países do ocidente(Principalmente os EUA principal rival da China) para a China não entra no mercado belico ocidental.

      Outra coisa, E a Crença xenofobia de que o produto só for da China e ruim ou feito de má qualidade.
      o que é um “mito” essa crença é desmentida todos os dias por especialistas(De verdade nao aqueles quem ver tutorial no YouTube) na área bélica. a China hoje é um dos maiores produtores de tecnologia do mundo e um dos que mais investem nessa área, é ainda tem uma das populaçãoes mais inteligentes do mundo devido a rigorosa rotina da aquele país.

      Na prática, o mundo vive uma nova guerra fria, mais o oponente não é uma União Soviética da vida, E é uma China mesmo que tão capitalista quanto o próprio EUA,
      e evidente a preocupação das potências ocidentais com a expansão da China, isso mostra como as crenças criadas pelo Ocidente faz ter uma visão diferente da verdadeira realidade das coisas,

      E pelo visto o livre mercado ser é válido ser não tiver a China,
      vir que muita gente tá chamando o Biden de comunista por inúmeras sensações contra a China,
      Acho que hoje a China demonstra ser mais capitalista do que os EUA.

  2. Bom, eu tenho aqui comigo que esta seleção desde o início tendia a escolher algo que já estava “no coração” do EB desde sempre. E o resultado acima demonstra isso.
    A proposta da Elbit com o ATMOS é de longe a que mais chega perto de cobrir os itens do requisitos emanados pelo exército. E claro, a estratégica presença industrial israelense, e as várias parcerias em diversos projetos das ffaa’s, no país permite agregar valor à proposta que os demais concorrentes não podem oferecer no mesmo nível.
    Ou seja, para mim vai dar ATMOS sem maiores problemas. O que há por agora é a pressão para que os israelenses ofereçam algo palatável ao orçamento do EB, que irá insistir na sua decisão junto ao governo, mesmo que as coisas não andem bem no campo político-diplomático. Mas, o governo também não parece disposto a comprar briga com as ffaa’s, vide as notícias sobre o EB literalmente indo as compras no mercado em favor de vários projetos estratégicos que tem.
    Tomara eu não queime a minha língua.
    Boa sorte para nós.

    1. Será que a Elbit e a Ares estão no “coração” do EB? A mal-explicada compra das torres Platt em detrimento da Reman me deixa dúvidas. A compra a conta-gotas da UT30BR também.
      Atmos é um bom projeto e ter a Ares no Brasil deve pesar positivamente, mas não acho que ele era tão favorito assim, nem mesmo antes da disputa diplomática. Aliás, assim como o Brasil pode vetar a compra, Israel pode vetar a venda. Acho improvável, mas não ponho minha mão no fogo.
      Por fim, o EB adora equipamentos europeus e americanos. Na falta do último, acho que se o Caesar não for muito mais caro, ele leva.

      1. Rafael, a Reman foi adotada oficialmente pelo EB recentemente, e deve ser a torre manual padrão dos Guarani e demais bldos que se venha obter.
        O projeto da UT30 BR II está andando, devagar, mas está. Falta ser testada e aprovada para ser disponibilizada para produção. O problema é financeiro, já que o EB está priorizando outras compras, diria, mais urgentes, e desta forma a compra da torre israelense vai demorar e será a conta gotas, mas vai sair.
        Quanto ao aspecto político e industrial, isso até o momento parece não estar influenciando o processo, tanto que o ATMOS está na short list, mesmo sendo israelense. Ambos os lados sabem que tem muito a perder se não controlarem os ânimos dos políticos que tem.
        No caso do Caesar, estão oferecendo a Mk I, teoricamente mais barata. Mas nunca vi nada francês sair barato para nós.

    2. Flavio essa rusga diplomática com Israel pode ser uma vantagem para o ATMOS. o governo pode usar a compra como um afago politico diplomático para amenizar as tensões e no patamar que a economia israelense está acho que funcionaria

      1. Só o fato do ATMOS não ter sido eliminado na primeira fase, já é um sinal de que o governo está tentando não misturar alhos com bugalhos, e por tabela, não incidir em uma nova crise com o exército por causa de picuinhas político-ideológicas presidenciais. É tudo que não se precisa agora.

  3. Só lamento muitíssimo que a proposta da CSD\Denel tenha sido eliminada, ainda que contando com o respaldo de uma empresa nacional.
    A oferta do T5-52 poderia, na minha opinião, ter aberto para nós um mundo de oportunidades\possibilidades em termos de desenvolvimento tecnológicos que se bem aproveitadas poderiam gerar muitos produtos e soluções made in Brasil no médio e longo prazo para os projetos estratégicos das ffaa’s.
    O grupo Denel mesmo com toda a crise existencial por que passa, não deixou de ser um dos mais importantes em termos de indústria de defesa no mundo, e dono de conhecimentos que complementam, e muito, a BIDS nacional.
    Fica para a próxima.

  4. Na minha opinião o conjunto que oferecer bom custo e boa proteção a guarnição deverá ganhar a concorrência, a guerra da Ukrania demonstrou que a utilização de Drones está mudando a doutrina da artilharia em suas diferentes formas, a guarnição exposta está com os dias contados…

  5. Com certeza a forma como a artilharia trabalha a sua própria defesa está sendo repensada neste momento, tanto em termos de defesa AAe como defesa de superfície, um vez que o alcance dos sistemas radar contra bateria, EW e VANTs, para não falar nas munições com carga estendida e inteligente com alcance cada vez maior, estão fazendo com que o manual seja revisto por completo.

    Talvez estejamos vendo os últimos dias da artilharia rebocada, ou não, visto que não faltam propostas de sistemas de obuseiros AP, até mesmo para obuses leves em 105mm.

    Mudanças muito mais rápidas, talvez, do que a vontade\capacidade de mudar nos artilheiros mundo afora.

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