Cascavel NG é destaque na EXPOEx 2024 no Ibirapuera

Em comemoração a semana do Exército, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) está organizando uma série de eventos na Capital Paulista, dentre elas a Exposição do Exército (EXPOEx), realizada entre os dias 20 e 21 de abril, no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, conhecido popularmente como Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo (SP).

Dentre as enumeras atrações, destaca-se o protótipo 02 (P02) da viatura blindada de reconhecimento – média sobre rodas (VBR-MSR) 6X6 EE-9M Cascavel.

projeto de modernização do Cascavel, de responsabilidade da Diretoria de Fabricação (DF) e cuja concorrência foi vencida pelo consórcio Força Terrestre (Akaer, Opto e Universal), refere-se ao desenvolvimento do projeto, a construção de dois protótipos e um lote piloto com sete viaturas. Porém esta é apenas a primeira etapa de um programa mais amplo, envolvendo a modernização, ao todo, de um número entre 98 e 201 viaturas, das atuais 409 em carga no Exército Brasileiro, desde que, o custo final das viaturas fique em, no máximo, 30% o valor de uma VBC Cav Centauro II.

O protótipo 01 (P01) foi apresentado para os oficiais do Estado-Maior do Exército (EME), na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 09 de novembro passado, e, oficialmente no Quartel General do Exército, em Brasília (DF), no dia 29.

O projeto apresenta uma série de inovações e melhorias, principalmente em sua mobilidade, com a substituição do conjunto de força, um Mercedes-Benz OM-352A, de 170cv, com transmissão Clark manual, por um MWM 6.12 TCE, de 225cv, com transmissão Allisson SP 3000 automática e com redutor planetário.

Sua letalidade também foi ampliada, a implantação de modernos optrônicos, computadores de tiro e um sistema de giro elétrico da torre (bem mais eficiente que o hidráulico em uso), permitirão localizar, identificar e com grande probabilidade de acerto no alvo em um primeiro disparo, além de um completo sistemas de comando e controle (C2) e diversas câmeras, que cobrem um ângulo de 360º da viatura, aumentam a consciência situacional de seus tripulantes. Seu poder de fogo também será efetivamente ampliado com um novo sistema lançador de mísseis anticarro, provavelmente o Spike LR ou MSS 1.2 AC, que está previsto para ser instalado neste protótipo.

OUTRAS NOVIDADES

Quem for ao Ibirapuera neste final de semana também verá o protótipo do novo radar SABER M200 Vigilante, da Embraer, as viaturas leves de emprego geral aerotransportável (VLEGA) Chivunk, recém recuperadas pelo Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), uma viatura blindada multitarefa, leve sobre rodas (VBMT-LSR) 4X4 Lince K2 e muito mais.

Fotos: João Paulo Moralez

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Comentários

11 respostas

  1. ACHO LOUVAVEL O QUE CONSEGUIRAM FAZER COM O “CASCAVEL”.
    cOM ESSA CRIATIVIDADE APLICADA DA MESMA FORMA NO “OSÓRIO” ATUALIZANDO SUA TECNOLOGIA EMBARCADA PARA O SÉCÚLO XXI E COM UM CANHÃO DE 120 MM, CERTAMENTE TERIAMOS UM CONCORRENTE À ALTURA DO ABRAMS M-1 E O LEOPARD 2-A-6

  2. Excelente a modernização do Cascavel, ainda mais com o preço do Centauro II o qual chegará por aqui a conta gotas, vale muito a pena esta modernização merecida. A guerra na Ucrania tem mostrado e bem o quanto não faz diferença entre um CV-9090pl8ou um btr antigão , tudo acaba virando sucata a depender de como se utiliza o veículo mas…ambos fazem o serviço pro qual foram criados e o Cascavel ,ainda mais aui dentro, da um belo caldo ainda.

  3. ao que me parece o exército está empenhado em melhorias ,até mesmo a aeronáutica com seus imponentes gripem ,falta a nossa gloriosa marinha ,vamos brasil

    1. Sim.
      O EB está seguindo com a compra dos Centauros 2, avança na adoção de sistemas remotamente pilotados e sistema antiaéreo.
      A FAB faz seus alicerces o ST, KC-390 e o F-39.
      Mesmo com algumas decisões que não concordo (opinião pessoal apenas) todos os projetos tem um objetivo definido, complexibilidade de projeto totalmente dominada e controlada e, principalmente, custos pé no chão que não comprometem a estrutura das organizações.
      Falando da MB que poderia ter se dedicado a construção apenas de submarinos convencionais, apenas atualizando a estrutura de estaleiro já existente, investir em mais unidades das Tamandarés e já ter iniciando a construção de patrulhas de 1.500 e 500 toneladas, dando ao atenção ao básico sem programas mirabolantes. Em vez disso investimos uma fortuna numa enorme estrutura que precisa de uma linha de produção constante para se manter e um programa desnecessário (no atual momento e na atual situação) consumindo bilhões. E ainda resurge, como sempre, a eterna vontade do porta-aviões, mas parece que a MB não entende que, não basta ter um NAe, é preciso ter escolta.

  4. O CASACAVEL é um veículo realmente impressionante. Lá na sua origem, há mais de ciquenta anos atras, ja possuia várias versões, atendendo a TOs específicos e distintas missões.
    Há críticas no nosso meio quanto a deficiências na blindagem. Mas entendo que – embora até por definição, com a qual foi fixado o conceito de “resistir a impactos de projeteis e explosivos inimigos” – as blindagens hoje realmente tem apenas eficácia em relação a tiros de armas de tubo de pequeno calibre e relativamente baixa energia. Notar que para munições/explosivos de alta energia, nem os mais famosos MBTs – Abhrans, Leopards, Challengers, T-90 e assim por diante – são imunes. Meros misseis portateis e drones de recreação civil, são extremamente eficazes na inutilização de MBTs.
    Assim, para Carros de Reconhecimento sobre Rodas (CRR, sigla original do Cascavel…) há uma demanda muito importante e uma utilização com resultados eficazes. Principlamente no Brasil, eu diria.
    Assim, esse CASCAVEL revitalizado, de baixo custo, alta mobilidade e razoavelmente armado, é uma solução muito interessante e complementa com muitas vantagens os GUARANIS e os CENTAUROS 2.
    Parabéns aos criadores desta versão. Que seja bem sucedida.

  5. O único “senão”, em minha humilde opinião, é que os sensores óticos são gigantes e, constituem um alvo preferencial para qualquer indivíduo que tenha em mãos um singelo revolver. Danificado o sensor, como fica o funcionamento do equipamento??? Tirando isso, ainda temos que analisar se o canhão de 90mm é útil num cenário de TO com potenciais adversários com T-72…

    1. Basicamente concordo com vc Tadeu. O que ocorre é que nos TOs em que um T-72 possa estar operando por aqui, temos que agir com a FAB e tambem prover os CENTAUROS e infantaria dotada com misseis portateis, drones, etc
      Também acho que esses sensores óticos são muito vulneráveis. Mas são típicamente usados nestas aplicações, inclusive por outros veiculos similares.

  6. O Cascavel seria um excelente apoio para os paraquedistas, pois tem condições de ser lançado junto com as tropas. Um ótimo meio para reconhecimento em força.
    Também poderia ter versões com míssil anticarro (citado na matéria) e canhão 30mm.

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