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Modernização do Cascavel atinge estágio avançado

O primeiro protótipo da viatura de reconhecimento Cascavel e a revitalização do Obuseiro Light Gun foram apresentados para o Alto Comando do Exército nesta quarta-feira, dia 29 de novembro. A solenidade aconteceu no Quartel General do Exército, em Brasília, e contou com a presença do Comandante do Exército, General Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

A modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento – Media Sobre Rodas (VBR-MSR) EE-9 Cascavel é parte importante do Programa Estratégico do Exército (Prg EE) Forças Blindadas. O objetivo é transformar a viatura em uma peça fundamental e altamente tecnológica no arsenal do Exército Brasileiro.

Segundo o tenente-coronel Fábio Musetti de Souza, supervisor do projeto, “a modernização do Cascavel representa um importante avanço tecnológico para a Engenharia Militar e para as nossas Forças Mecanizadas. É uma atividade complexa de engenharia que, em estreita cooperação com a Base Industrial de Defesa, demonstra a importância do desenvolvimento de novas tecnologias para o País”, afirmou.

O projeto apresenta uma série de inovações e melhorias, desde a substituição do motor e da caixa automática por versões mais potentes até a implementação de sistemas de última geração para aumentar a eficácia operacional. Destacam-se adaptações como o sistema de ajuste de pressão de pneus para todos os tipos de terreno, um sistema de freio mais eficiente, e a modernização do sistema de controle da torre, permitindo o acionamento do canhão de 90 mm por meio de um joystick. Além disso, a segurança foi aprimorada com a implantação de um sistema lançador de mísseis anticarro.

Obuseiro Light Gun: Nacionalização e manutenção eficiente

Outro projeto ambicioso de revitalização em andamento é a melhoria do Obuseiro Light Gun, com foco na nacionalização de componentes com histórico de falhas. Com cerca de 450 itens identificados como suscetíveis a problemas, o processo visa corrigir deficiências e otimizar o desempenho geral do equipamento.

A estratégia adotada inclui revisão minuciosa e engenharia reversa de componentes específicos, sem alterar o projeto original, visando maximizar a manutenabilidade do equipamento e dilatar seu período de disponibilidade. Além disso, está sendo desenvolvido um suporte abrangente de manutenção, incluindo treinamento especializado, fornecimento regular de peças de reposição e ferramental específico, para garantir a eficácia e prontidão do Obuseiro Light Gun em qualquer cenário de operação.

Os projetos de modernização reforçam o compromisso do Exército em elevar a sua capacidade operacional. A nacionalização da produção e a implementação de suporte abrangente são passos importantes para o emprego eficiente da Viatura Cascavel e do Obuseiro Light Gun.

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército

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Respostas de 31

  1. Dúvida honesta.

    Considerando a permanência da ‘baixa’ blindagem e os equipamentos ficarem expostos na parte externa da torre. Não mantém o Cascavel vulnerável demais em cenário moderno?

    Entendo e sou favorável a nacionalização, mas penso na vida que quem vai operar esse veículo se um dia chegarmos as vias de fato.

    1. Tarcizio, o Cascavel é uma viatura de reconhecimento mecanizado, cuja função é acompanhar as VBTP Guarani e VBMT Guaicurus.
      Sua proteção blindada é compatível com esta função.
      Sobre a vulnerabilidade de seus optrônicos, a vtr passará por rigorosos testes antes da homologação e, caso isso fique comprovado, poderão ser modificados.
      Lembre-se, este é o primeiro protótipo 😉

      1. Quando eu vejo o conjunto de alça optronica de uma REMAX 4 e vejo esse mecanismo ‘escolar’ empregado nesse projeto da vontade de chorar… economia tosca, ficou feiao pra AKAER, parece uma lata de Neston, nao parece engenharia de ponta.

    2. invariavelmente câmeras e dispositivos optrônicos sempre tem.algum nivel de exposição. Não há como evitar. Talvez se possa diminuir altura ou volume mas a exposição sempre haverá.

  2. Pq retiraram os foguetes e deixaram só os lançadores de granadas fumigenas? Os optronicos até podem ser bons, mas obviamente que são vulneráveis demais, uma criança com uma pedra média tem a capacidade de facilmente indisponibiliza-los! Lembrando que o cascavel é uma viatura que é acompanhada pelo guarani e não o contrario. É o cascavel o principal blindado da cavalaria mecanizada, pois tem a maior potência de fogo e relativa proteção blindada. Ainda assim continuarão com o canhão 90 mm de alcance de 2km, o que é bem inferior ao resto dos blindados modernos. O guaicurus se insere no pelotão de cavalaria mas não tem o mesmo poder de fogo!

    1. o prototipo 2 terá misseis. Csscavel e guarani tem missões distintas no pel C Mec. O segundo levará o GC e a peça mort. 81mm. Mas nao se pode dizer que um ou outro seja o principal. depende da missão. Quanto ao alcance do canhao vbr mais recentes usam calibres menores com mais munição mas com alcance mais ou menos na mesma faixa. É importante referir que so os t72 e leopard 2A4 podem em tese resistir ao 90mm na AL. Tosos os demais veiculos podem ser surpreendidos e destruidos por um 90mm. Eu ja tive o cascavel como opositor em exercicios e afianço que cumpre missão com suas 2 mtr e o canhão. Nao será um centauro 2 mas pelo custo beneficio compensa.

    1. Depende, na América Latina apenas os Leopard 2a4 do Chile e os T-72B1V da Venezuela que tem blindagem para resistir ao canhão do cascavel, esses dois só são vulneráveis ao impacto do canhão do cascavel na parte de trás.

  3. Na minha opinião deveria aposentar projeto antigo ultrapassado canhão muito inferior aos atuais ,blindagem fraca sensores totalmente expostos acima dos padrões devido a torre ser muito alta.esse projeto me parece uma grande gambiarra .esses recursos da modernização deveria ser investido em novos vetores modernos.

  4. Sou totalmente a favor desta modernização merecida do Cascavel e estou ansioso pelo protótipo com lançador de ATGM. O ganho em experiencia da indústria nacional nesta empreitada gerará, com certeza, bons frutos no futuro.

  5. Que bom. Seria muito bom para o Brasil.

    Ainda mais se conseguir vender novas produções para outros países; Guatemala. Chile. Portugal. México. Itália. Malásia. Espanha. Tchequia. El Salvador. Irlanda. Guiana. Israel. Canadá. Polônia. Eslovênia. Grécia. Lituânia. Equador. Albânia. Emirados Árabes. Colômbia.
    Romênia. Países Baixos. Marrocos. Peru. Dinamarca. Suriname. Taiwan. Singapura. Bélgica. Áustria. Nova Zelândia. Paraguai. Suíça. Kuwait. Holanda. Eslováquia. Honduras. Moçambique. África do Sul. Indonésia. Uruguai. Tailândia.

    1. A quantidade será definida aós a aprovação e homologação do projeto.
      O EB ainda está estudando as opções para substituir os M114, M101 e M56.

      1. Pelo que tenho verificado os estoques de M119 e M1198 de material excedente do US Army , esta baixo . E com as remessas – potenciais – para a Ucrania , fico na duvida se ainda existe a opcao .
        Caso o EB faca a opcao pelo SH15 da Norinco , e com condicoes de financiamento favoraveis , quem sabe o obuseiros AR tb possam vir da China …

  6. Um monte de gente reclamando e falando em carro novo, vamos dizer que desistissem da modernização e partissem para algo novo. Quanto custaria? Quantos zero KM poderíamos comprar? 30? e o que fazer com diversas unidades que receberiam os outros 60 veículos?
    A modernização do cascavel vai além da ideia de ter uma viatura de reconhecimento menos defasada, mas também garantir a manutenção da doutrina e ser uma ponte para quando chegar algo mais novo, não estará saindo da 2 guerra mundial para a terceira década do século XXI, mais um degrau bem menos alto. Um dia todos poderão ser substituídos por centauros 2 se assim colocarem $$
    O problema é que vocês olham um carro com um canhão e já penam que vão colocar ele para combater um MBT

  7. Até que dá pra fazer uma coluna de respeito com 2 Centauro, 2 Cascavel NG, 4 LeoA5, 1 Guepard pra AA e uns Lince com Remax 4 e uns Guarani com UT30BR2
    é calibre pra chuchu 120, 105, 90, 35, 30, .50, 7.62 e se contar os Imbel da infantaria 5.56
    O KsKvel Passando a alça do cmdt pra cima do futuro braço de suporte dos ATGM deve melhorar bastante o aspecto guachini…

    1. Não.

      Mesmo que as munições APFSDS tenham uma capacidade de penetração maior que os 250mm da munição HEAT usada pelo cascavel, elas ainda são incapazes de perfurar a blindagem desses 2 mbts, na verdade um estudo do EB aponta que mesmo a munição APFSDS de 105mm usada pelos Leopard 1a5 não seria capaz de perfurar a blindagem lateral do T-72B1V se este estiver usando blindagem reativa Kontakt-5.

  8. Para evoluir, precisamos começar de algum ponto. Os optrônicos não são tão pequenos quanto os europeus, porém já é uma vitória. Isso demonstra nossa capacidade de desenvolvimento interno, e após a industrialização, poderemos evoluir e miniaturizar ainda mais. Todo esse projeto será uma base sólida para o futuro desenvolvimento de veículos de esteira, seja para uso na infantaria ou em combate, nacional (ou a ser nacionalizado)

    1. O problema é que o Centauro 2 custa cerca de U$ 10 mi, ou seja, é bem caro.
      O contrato para os primeiros 9 Cascavel NG parece que saiu cerca de U$ 1,7 mi cada.
      Agora o ST-1 oferecido pela Norinco deve ser bem mais barato, pois sua versão IFV com canhão de 30 mm foi exportador por cerca de U$ 1,7 mi a unidade e a mesma empresa já exportou o VT-4 (um MBT de 54T com canhão de 125 mm) por cerca de U$ 5 à U$ 6 mi.

      Então a lógica leva a crer que o ST-1 é mais caro que U$ 1,7 porém mais barato que U$ 5 mi.

      Comparando com preço de Centauro 2 novos a modernização do Cascavel se mostra bem mais barata, mas comparando com ST-1 Novos com canhão de 105 mm, duvido que o Cascavel NG não ultrapasse os 30% do valor.

      Outra dúvida que surgiu, será que a Itália não nos venderia os Centauro 1 usados por um valor semelhante ao que vamos pagar pela modernização do Cascavel?

      1. A questão não é só se a Itália não nos venderia Centauro 1, mas sobre a logística desse carro que está saindo de linha e não foi tão exportado assim, Seria uma boa comprar um veiculo usado com pouco mercado de peças de reposição? Já não basta a dificuldade que estamos tendo com Leopard?
        Sem contar que se comprássemos Centauro 1, pode ser que a classe política entendesse ser desnecessária a compra de Centauro 2, esse foi um dos motivos que levaram a FAB não arranjar um meio termo para os Mirage 2000, o medo de que com isso cancelassem o FX-2.
        Quanto a carro de combate chinês, entra toda a questão geopolítica, logística e muitas vezes números poucos confiáveis e confiança em si nesses equipamentos. As vezes o custo de aquisição desses veículos é baixo mesmo, mas a manutenção? vida útil? ciclo de vida? mudanças de doutrina?

  9. Na última foto da matéria tem um outro carro armado que parece bem maior que o Cascavel. Por acaso é um Urutu com canhão? Alguém sabe dizer?

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