Cascavel modernizado é apresentado ao Estado-Maior do Exército

Na última quinta-feira, dia 09 de novembro, o primeiro protótipo da viatura blindada de reconhecimento – média sobre rodas (VBR-MSR) 6X6 EE-9M Cascavel, o P01, foi apresentado para os oficiais do Estado-Maior do Exército (EME), na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

O projeto de modernização do Cascavel, de responsabilidade da Diretoria de Fabricação (DF) e cuja concorrência foi vencida pelo consórcio Força Terrestre (Akaer, Opto e Universal), refere-se ao desenvolvimento do projeto, a construção de dois protótipos e um lote piloto com sete viaturas. Porém esta é apenas a primeira etapa de um programa mais amplo, envolvendo a modernização, ao todo, de um número entre 98 e 201 viaturas, das atuais 409 em carga no Exército Brasileiro, desde que, o custo final das viaturas fique em, no máximo, 30% o valor de uma VBC Cav Centauro II.

Diferentes fases de construção do protótipo no AGSP

A apresentação oficial para a imprensa do P01 está prevista para ocorrer no final deste mês, nas instalações do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP). Já o segundo protótipo, equipado com mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM), que se pretendem ser os Spike LR, ficará pronto no próximo semestre.

Imagens: Diretoria de Fabricação

Artigos Relacionados

Formulação Conceitual dos Meios Blindados do Exército Brasileiro ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO-PORTARIA Nº 162-EME, DE 12 DE JUNHO DE 2019 Documento...

Pela primeira vez no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) por helicóptero, foi a chamada Operação MANGA. Na...

Assim como aconteceu no VBC Cav, o Exército terá a seu dispor um sistema de artilharia considerado o “estado da...

A empresa grega EODH, em parceria com a belga-espanhola DUMA e a alemã KNDS Deutschland (antiga Krauss-Maffei Wegmann), apresentou um novo...

No dia 08 de maio de 2024 acontecerá Helipark, em Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo (SP), a Conferência de Aviação Policial –...

Os anos pioneiros da era do jato na Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira foram marcados pela operação de...

Comentários

37 respostas

  1. Uma excelente tarde de sábado a todos os Senhores camaradas do Tecnodefesa!
    Mais uma vez parabéns Bastos e demais senhores da equipe Tecnodefesa pelo furo de reportagem!

    Aliás, digno de mencionar que o Tecnodefesa e somente mais um site de assuntos de defesa (do Nelson Düring) aqui no Brasil, estão dando a devida cobertura ao programa “Nova Couraça” do meu invencível EB.

    Ansioso pela continuação da reportagem e dos desdobramentos quanto a modernização de peças da cadeia de manutenção do LEO1A5BR.

    NOTA:
    Caro Bastos, seria conveniente uma reportagem exclusiva sobre o MBT TAMOYO III? Penso que esse será a saída do EB, pois o cenário mundial e até político favorece.

    Sgt Moreno

    1. Moreno, tanto o Tamoio quanto o Osório são dois programas antigos e já ultrapassados.

  2. Boa noite amigo Paulo Bastos os Cascavel que não forem modernizados continuarão operativos?

    Obrigado
    Abs.

  3. Os optrônicos, colocados sobre o tubo do canhão e sobre a torre, sao bem maiores do que foi apresentado nas ilustrações (como a colocada na última imagem). Torço para que esse programa tenha sucesso e consiga-se modernizar as 201 viaturas propostas. É o ideal? Não. É a última palavra em termos de viatura? Também não. A resposta para as duas perguntas é o Centauro II, o qual também vai equipar as Unidades de Cavalaria Mecanizada do EB. Num mundo ideal, o Centauro II seria adquirido em quantidades suficientes para substituir todos os EE-9, mas isso não é possível. Assim, o Cascavel modernizado consegue ser um complemento aos Centauro II. É o que se tem para o momento. De qualquer maneira, hoje temos EE-9 em configuração original e no futuro próximo teremos Centauro II e Cascavel modernizado. Um upgrade que, mesmo não sendo o ideal, é bastante significativo.

  4. Alguma informação se o 90mm vai vir a ser estabilizado em movimento? com tantas mudanças nos sistemas de giro e elevação e tambem da modernização do sistema de tiro é até interessante o quanto vai mudar o poder de ataque por inteiro da viatura sendo estabilizado(do tipo estabilização de dois planos) ou não

  5. Caro Bastos, foi divulgado pelo EB os preços das outras propostas para o VBC CAV?
    Digo isto porque foi condicionada a viabilidade da modernização do Cascavel desde que o valor não ultrapasse 30% do valor do Centauro 2.

    Porém tenho a impressão que a proposta da Norinco com o ST-1 poderia custar “próximo” de 30% do valor de um Centauro 2.

    Em vez de modernizar 98 ou 200 Cascavel, não seria muito mais interessante adquirir o ST-1 Novo com quase o mesmo valor?

    1. Luís os valores apresentados não foram divulgados publicamente, mas posso lhe dizer que não houve nenhuma diferença exorbitante como esta que citou.
      Sim, o Norinco foi o mais barato, e o LAV 700 o mAis caro, mas isso não era o faTor determinante, pois não era uma pregão, mas sim uma concorrência onde a parte técnica pesava mais que o valor de aquisição. Aliás o valor computado foi baseado no chamado “custo de ciclo de vida util”, que é uma estimativa de quanto a frota irá custar em um prazo de aproximadamente 30 anos (incluindo atualização de meia vida), e neste ponto, os três candidatos finais estavam muito próximos.
      Essa “estória” que produto chinês é barato não condiz totalmente com a realidade. Eles oferecem versões de acordo com o que o cliente busca.
      Lógico que o ST-1 vendido para a Nigéria era bem mais barato que a versão ST-1BR ou do ZTL-09 (versão chinesa), pois ele é muito mais limitado (na parte de optrônicos e outros sistemas).

      1. Obrigado pela resposta Paulo.
        Realmente imaginei uma grande diferença de preços devido à contratos de exportação com outras países em versões IFV.
        Se não me engano a Tailândia adquiriu uma versão denominada VN-1 com canhão de 30 mm e míssil antitanque por cerca de U$ 1,69 mi a unidade.
        Imaginei que uma versão com canhão 105 mm poderia custar não muito mais que o Dobro. Portanto algo próximo de U$ 3,5 mi. E como o Centauro 2 custou mais de U$ 9 mi a unidade…
        Mas agora está entendido.
        Se no futuro o EB resolver divulgar os valores das outras propostas, saberemos mais precisamente.
        Obrigado.

  6. infelizmente, no meu ponto de vista uma opção errada. Estão colocando dinheiro bom em defunto.
    A solução em função da questão financeira que impede a compra de Vtrs Centauro na quantidade 1×1, passa pela readequação, racionalização, redução das unidades de cavalaria do EB e utilizando o binômio Centauro e uma versão do Guarani com torre de 30mm com montagem de lançador de ATGM.

    1. Não existe solução boa quando não temos orçamento para sustentá-la.

      Embora ache que você está certo, acho que o EB tá preocupado e manter o serviço tanto quanto possível. Se ele parar um para comprar outro, vai ficar um tempo sem nada. E pode ser crítico.

      1. Boa! O Cascavel NG será uma solução temporária até termos um número co9nsiderável de Centauro em operação.

      2. Eu tenho minhas dúvidas se um Guarani com canhão de 30mm é tão mais caro que essa modernização do Cascavel.
        E obviamente o Guarani é um veículo muito melhor que o Cascavel modernizado.

          1. Atualmente, as únicas versões previstas para o Guarani são: Ambulância, Antiaérea, Central diretora de tiro, Comunicações, Engenharia, Porta Morteiro e Posto de Comando.

    2. Rapaz, vou ter que concordar, por mais que acho bacana a modernização,tardia mas merecida desse carinha que carrega o piano a décadas, o ideal seria aplicar verba no Guarani com ATGM junto ao canhão 30mm.

    3. Juarez, serão usos diferentes.

      Conforme dito na matéria, o Cascavel é uma viatura blindada de reconhecimento – média sobre rodas, já o Centurion será uma viatura blindada de combate de Cavalaria média sobre rodas.

    4. opa…muito mais que adquirir um veiculo blindado, é dominar todo processo mecânico, nacionalização de peças e engenharia.

      teremos 98 centauros, o que trará grande apoio, mas os cascaveis modernizados além de apoio a cavalaria, trará grande desenvolvimento tecnológico para a indústria nacional, isdo sim é muito valioso.

      comprar armamentos só por comprar como os Gigantesco e Pesados Helicópteros russos, não vale a pena.

  7. Os sensores não são refrigerados, por isso esse tamanho. Realmente muito grande. Isso vai atrapalhar a estabilidade do canhão e direção offroad do veículo.

  8. o Brasil. ao está andando na contramão dos outros países ? não seria melhor equipar com drones de reconhecimento e ataque , helicópteros de transporte e ataque, pois, tanques já mostrou que são obsoletos , que explodem com um drone de 5 mil reais.

  9. Parabéns Paulo pela excelente matéria. Eu não sei se será possível, mas eu adoraria ver uma comparação mais detalhada dessa viatura modernizada e a viatura modernizada pela Equitron, só para comparativos.

  10. Na minha humilde opinião, poderia-se retirar aquela torre com metralhadora e por a ótica do atirador em cima da torre e instalar uma Remax no lugar daquela outra instalação, integrando a própria Remax ao SCT e melhorando a silhueta do veículo.

    Fora isso está excelente.

  11. Para evoluir, precisamos começar de algum ponto. Os optrônicos não são tão pequenos quanto os europeus, porém já é uma vitória. Isso demonstra nossa capacidade de desenvolvimento interno, e após a industrialização, poderemos evoluir e miniaturizar ainda mais. Todo esse projeto será uma base sólida para o futuro desenvolvimento de veículos de esteira, seja para uso na infantaria ou em combate, nacional (ou a ser nacionalizado).”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

DISPONÍVEL