Foi publicado no boletim do Exército de hoje, 18 de outubro, as portarias 1.421 e 1.422 do Estado-Maior do Exército (EME) aprovando as diretrizes de obtenção da viatura blindada de transporte especial 6X6 Ambulância (EB20-D-08.078) e da viatura blindada especial Posto de Comando (EB20-D-08.077), integrantes Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld).
A finalidade destas diretrizes é a de regular as ações necessárias à obtenção de um protótipo de cada versão, a ser produzida na IDV LATAM, em Sete Lagoas (MG), e orientar a contratação posterior de sua produção seriada e coordenar a compatibilidade de sistemas de comando e controle (C2) com as demais viaturas da frota.
As versões especiais da plataforma blindada Guarani serão desenvolvidas pela IDV LATAM e o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e a previsão é que os protótipos sejam apresentados já em 2025. A próxima versão a ser aprovada deverá ser a Antiaérea.
De acordo com os documentos produzidos pela Força Terrestre, as demandas para versões especiais do Guarani são:
- Ambulância: 80 unidades;
- Posto de comando: 74 unidades;
- Antiaérea: 62 unidades, sendo 13 radar e 49 lançadoras de mísseis;
- Comunicações: 28 unidades;
- Central diretora de tiro de Artilharia: 25 unidades; e
- Porta morteiro de 120mm: 104 unidades.
O Exército já recebeu cerca de 700 unidades da viatura de transporte de pessoal (VBTP) Guarani, algumas equipadas com sistemas de armas remotamente controladas (SARC) REMAX e UT30BR, e das versões Engenharia e transporte de morteiro de 81mm, mas essas ultimas são adaptações produzidas pelos Arsenais de Guerra de São Paulo (AGSP) e do Rio (AGR), respectivamente.
Respostas de 37
Cadê as novas Torcs- 30 ???
Até onde sei, a Torc-30 havia ficado ,além de o estado da arte em excelência, caríssima e por isso o EB, pra variar, não a dotou.
TORC-30 foi descontinuada há muito tempo.
Excelente noticia Bastos, somando ali vamos ficar com, aprox. 1000 viaturas Guarani 6×6. Interessante que a versão porta morteiro 120mm será em quantidade bem maior que a versão antiaérea.
Como será essa versão AAer? Vai ter torre .30 ou só serão mísseis? Considero perigoso só armar a versão AAer com mísseis nesse mundo onde drones são cada vez mais decisivos e é caro abate-los com mísseis…
Se forem FPV, pode esquecer. Mais fácil usarem dispositivos de EW. Mísseis tem muita dificuldade de travar nesse tipo de alvo.
Bastos, o EB vai receber novas viaturas Guarani este ano? Quantas unidades? Ou a produção está interrompida?
E as unidades equipadas com a torre UT30? Estas não contam como versões especiais?
Se não me engano temos de 11 a 13 UT30BR, que deverão ser modernizadas para BR2
Bem provável que a versão antiaérea possa ser o Saab MSHORAD
Temos que investir pesado, pois o mundo está virado
Somando as 700 + 373(que são as demais previstas) totalizam 1.073 ao todo, bem pouco pra um País de dimensões continentais, ouveram a troca de uma parte por guaicurus e as demais, serão postas a venda, por dificuldades financeiras, infelizmente..😕
Seria ótima se recompracemos as demais, como previsto no início as 2.044 ou até mais, saudações a todos!
Brito , Existe o Programa Guarani e a Viatura Guarani, precisa verificar se esta quantidade é de viaturas do programa ou é a própria viatura 6×6 guarani.
Se somar os Guaranis de todas as versões recebida e as que ainda serão recebidas + os 48 ( 16 VBMT 4X4 Lince K2 + 32 LMV-BR ) Guaicurus recebidos + um 2º de 420 contratado neste ano + os 98 Centauro 8×8 do 1º lote . e um possível 2º lote de 98 un , acho que chegaremos a um bom numero de viaturas blindas do programa Guarani!
Os 700 Guaranis recebidos são mais que o dobro de todos os Urutus ja operados pelo EB ! O Exército operou 29O Urutu
Exatamente Bueno a quantidade de 2.044 veículos do programa/projeto Guarani contempla todas as versões e nisso, no que entendo, se somam o Guaicuru e o Centauro II(creio que até as viaturas que vierem a ser modernizadas do Cascavel entrarão nessa conta) então com tudo que foi colocado (tirando os Cascaveis) teremos algo perto de 1.639 veículos. Creio que o EB nunca operou tanto blindado de uma vez.
“Somando as 700 + 373(que são as demais previstas) totalizam 1.073 ao todo,…”
Mas, isso não significa, de modo algum, que as encomendas vão parar por aí. Mais viaturas de transporte de tropa e outras especializadas, vão ser encomendadas.
“…ouveram a troca de uma parte por guaicurus e as demais, serão postas a venda, por dificuldades financeiras, infelizmente.”
Não entendi o que tu quis dizer. Quais serão postas a venda?? Inicialmente, eram previstas 2044 viaturas no total. Tempos depois, esse número foi reajustado para 1580. Pouco tempo atrás, foi acertada com a Iveco a troca da encomenda de 150 Guarani por 420 LMV Guaicuru. Assim, até, e se, ocorrer nova mudança, serão 1430 Guarani (somando-se todas as versões). Mas, outros cortes poderão ocorrer. Assim, não entendo o que você quer dizer com “as demais serão postas a venda”. Não tem o que vender. O EB encomenda e recebe aquilo que vai operar. Não tem viaturas para colocar a venda.
Como estive 6 anos no EB foi os melhores anos da minha vida aprendi muitos faz quase 50 anos e observando pouco melhorias nas condições de armamento pois somos um país continente precisamos muito mais que temos atualmente pra proteger nosso Brasil.
Prezado Paulo Bastos,
Houve um erro de digitação do número de unidades de unidades de tiro da VBC AAe MSR Guarani. Pela Diretriz de Concepção ED-20-D08.059 que versa sobre ela são até 49 unidades e não 41.
Obrigado pela correção
Na minha opinião, influenciada pelos eventos armados e notificados nas redes sociais, viaturas leves deveriam ser priorizadas: Defesa, camuflagem, gps dos melhores, protegidas e prontamente apoiadas por uma boa artilharia móvel,monitoramento em tempo real pela FAB e seus tucanos ,drones e se a ameaça vier do mar,vai ter que passarpela marinha e seus submarinos e as fragatas modernas, só teremos que atualizar algumas.
Guaraní lançador de minas não é previsto?
Não
como assim ?como um guarani lançaria uma mina? tipo em um morteiro ?
Olá Paulo, antes de mais nada, parabéns pela matéria…
Mas uma pergunta, sobre a viatura especializada para DAAe, já existe uma previsão de qual míssil sup-ar utilizar, ou isso ainda está em aberto?! Se já houver um sistema/míssil definido, qual seria?
Ainda não foi definido.
A meu ver, caso a atual configuração do Guarani AAe permaneça a mesma indicada na diretriz estabelecida, é um forte indicativo de que o sistema SAAB RBS-70NG + Giraffe 1X (radar) será o sistema escolhido. Pelas características determinadas não tem como ser outro. O sistema foi inclusive apresentado na última mostra BIDS Brasil ano passado. Os custos, comparados a outras alternativas apresentadas recentemente no mercado tem de ser analisadas.
Gostaria muito de ver a TORC30 ser rediviva pelo EB, não apenas em função das futuras VBC FUZ, apesar da pouca quantidade a ser encomendada, a priori apenas 78 undes, mas penso que já seria suficiente para tirar este projeto do papel, justificar os investimentos feitos, e pagar os custos de desenvolvimento, e paralelamente projetar a partir dela a versão AAe do Guarani, com o mesmo radar Giraffe 1X, canhão Bofors 40\70 Mk IV e até mesmo lançadores para o Bolide, ou algum Manpad mais leve.
Claro, outros sistemas podem ser escolhidos também, visto que o modelo do canhão israelense empregado nas UT30BR, em 30mm a 40mm, também podem ser empregados como AAe com as munições adequadas. Aliás, trocar o caríssimo canhão alemão que foi apresentado com a TORC30 pelo modelo israelense, ou mesmo o Bofors sueco, a mim me parece ser uma solução que diminui não apenas custos, como eleva a comunalidade logística dos bldos. Não esquecer que a ARES também chegou a apresentar o conceito da TORC30 para reconhecimento do Guarani, contando com mísseis Spike, canhão 30mm e sistemas de próprios.
Outra opção a ser analisada é a UT30 Mk II que está sendo produzida aqui para atender clientes de exportação. Uma jogada mais que inteligente da Elbit\ARES a fim de “incentivar” a sua escolha para as futuras VBC FUZ assim como eventuais futuras versões IFV do Guarani. Se esta torre poderia ser adaptada para uso AAe é uma curiosidade que tenho. Existe espaço no projeto para utilizar os Spike, que talvez pudesse ser usado para conter Manpad e quem sabe um canhão com maior cadência de tiro + radar.
Alternativas não nos faltam aqui mesmo para apor soluções ao Guarani AAe, mas isto somente quando, e se, os requisitos forem modificados, pois do jeito que está, eles foram escritos para a SAAB, e mais ninguém.
e com que orçamento ? temos que pensar no mais barato e fácil de fazer
e qual o problema do SAAB ser escolhido , ele não é bom ?
TORC 30 era a mais cara , tem a UT30 BR 2 que o EB está desenvolvendo para a VBC fuz e anti drone
Bom dia!
Seria possível adaptar um canhão 30mm de um caça A-1 fora de operação em um reparo 30mm de um guarani?
É um equipamento que está bom, mas fora de uso e seria uma economia de material.Sei que pode ter problemas de adaptação da alimentação, alcance etc..mas seria viável?
Se alguém puder me dar uma resposta agradeço!
Bom dia!
acho que não , o Guarani não suportaria um canhão pesado de um caça
O canhão de 30 mm do A-1 é o DEFA 554. Pesa 85 kg e tem cadência de 1100 tiros por minuto. O canhão da torre UT30BR é o Mk44 Bushmaster II, que pesa 160 kg e tem cadência de 200 tiros por minuto. Seria possível instalar o DEFA 553 em um Guarani? Teoricamente, sim. É viável e possui desempenho e utilização adequados? Aí precisaria ver. A alta cadência do DEFA implicaria em modificações estruturais no Guarani ou isso não seria necessário? A munição dos dois canhões, apesar de ambos serem 30 mm, não é a mesma. A do DEFA é 30 mm x 113 mm e a a do Mk44 é 30 mm x 173 mm. Enfim, são muitas variáveis que precisariam de estudos e análises.
Bom dia!
Obrigado pela resposta, vou colocar um pensamento para você analisar: imagina essa cadencia de tiros usando munição com detonação de proximidade contra um enxame de drones?
Claro que essa instalação precisa de análise técnica, mas seria interessante..
Bom dia!
Exatamente,as vezes não muda nada mudar o canhão ,é redundante
Acredito que o canhão aereo tem um preço muito superior ao atualmente utilizado. A vida util/revisão também deve ser bem inferior e com custo muito superior, inviabilizando sua aplicação.
Olá !!!
Propositalmente, não desejo ir contra novos equipto. no inventário, mas será que temos condições de abandonar +250 Urutus, que poderiam passar por algumas adptacoes de motores, blindagens etc., oferecendo sobrevida a equiptos. já que nao temos qtds. de blindados razoável !
Sempre bom termos blindados novos, mas manter atuais com revisões e adequações parece bom.
Parabéns a Revista.
Vi num canal do Youtube (Radar Militar) que nacionalizamos alguns componentes do sistema Guarani que estavam sujeitos a embargo alemão. pelo que me lembro, o trem de força todo é alemão… procede essa informação?
Não, é mentira.
Mais de 99% dos canais de youtube com temas de defesa não se preocupam com a veracidade da informação, mas só com o numero de clicks que irão ter e de quanto o adsense ou os vendedores de quaisquer quinquilharias os irá remunerar. Vivem simplesmente de propagar que que acham na internet sem a menor responsabilidade.
O canal citado é um exemplo disso.
Se quiser informações sérias sobre este tema, acesse https://tecnodefesa.com.br/alemanha-levanta-o-embargo-para-os-guarani-filipinos/