As forças mecanizadas brasileiras despontam na vanguarda mundial com suas novas viaturas.
Nesta terça-feira, dia 21 de janeiro, na famosa cidade de Farnborough, na Inglaterra, começou a 25ª annual International Armoured Vehicles Conference, o mais importante fórum de discussão sobre viaturas blindadas da atualidade, e já no primeiro dia ocorreu a palestra do comandante militar do Sul, general de Exército Hertz Pires do Nascimento, apresentando algumas informações relativas à estratégia de defesa nacional, com foco específico no Portfólio Estratégico do Exército Brasileiro (EB).
Durante sua apresentação, o general Hertz informou que está em fase de finalização o documento “Força Terrestre 40”, que servirá como balizadora para os processos de transformação em andamento, “alinhando as capacidades da Força Terrestre, otimizando seu emprego e simplificando seus processos, buscando alcançar um maior preparo para a segurança nacional e visando os possíveis desafios futuros”.
Foi apresentado também um resumo dos Programas Estratégicos do Exército (Prg EE), principalmente os que elevaram a capacidade da força, como o ASTROS, a Aviação do Exército e a Defesa Cibernética, mas o grande destaque ficou para o Forças Blindadas.

Foi mostrada a importância do projeto Guarani, que impactou não só a operacionalidade do EB, com a ampliação e redefinição da força mecanizada brasileira, mas também capacitando a indústria nacional em fornecer uma plataforma blindada 6X6 extremamente moderna e que atende as capacidades da força, além de permitir a criação de toda uma família de viaturas especializadas, como “Posto de Comando, Defesa Aérea com unidades de disparo e radar, Comunicações e Ambulância” que está ocorrendo no momento. Além da aquisição de outras viaturas modernas, como o Guaicurus e Centauro II.
O estágio atual da força mecanizada do EB impressionou os especialistas ali presentes, pois o trinômio Guarani / Guaicurus / Centauro II BR a coloca na vanguarda tecnológica da atualidade, garantindo uma grande mobilidade aliada um poder de fogo de unidades bem mais pesadas, e isso geriu excelentes impressões de todos os presentes.

Essa parte merece ser destacada, pois ao final da apresentação, vários especialistas comentaram a respeito da capacidade logística do EB, citando a Operação Roraima, iniciado em 2023. Essa operação foi à mobilização e transporte de um enorme contingente de tropas mecanizadas (equivalentes a uma brigada), em poucas semanas, da região Sul ao extremo Norte no país, num claro recado as idéias expansionistas do Governo da Venezuela. Isso é algo que poucos exércitos na atualidade têm a capacidade de executar.
E a entrada em operação das primeiras viaturas blindadas de combate de Cavalaria (VBC Cav) 8X8 Centauros II BR, cuja assinatura do contrato de aquisição das 96 unidades restantes deverá ocorrer nos próximos meses, elevará o poder de combate do EB a níveis incomparáveis na América do Sul.
Outros pontos apresentados na palestra foram o aumento na capacidade anticarro da Força, com a aquisição dos mísseis Spike LR2 e MAX 1.2, sendo este ultimo um desenvolvimento entre o EB e a empresa brasileira SIATT, e da artilharia com o projeto de aquisição da viatura blindada de combate obuseiro autopropulsado de 155mm sobre rodas (N.A.: o processo que culminou com a escolha do ATMOS teve sua assinatura prorrogada por questões geopolíticas).
As “lagartas” também tiveram sua importância revelada com a apresentação do projeto da Nova Família de Blindados do Exército, que busca a substituição da viatura blindada de combate carro de combate Leopard 1A5 (VBC CC Futuro) e da viatura blindada de transporte de pessoal M113 (VBC Fuz), com uma plataforma que possua o maior nível possível de comunalidade, que está previsto para começar em 2028.

Respostas de 14
Muito bom o Cmt CMS apresentando esse planejamento do EB lá fora.
Mostra seriedade e profissionalismo das FA Brasileira, trazendo um bom interesse dos grandes fabricantes de participarem desses processos de obtenção o que pode resultar em bons produtos de defesa e também a nacionalização desses materiais.
A força só estará completa quando conseguir viaturas blindada capaz de acompanhar os blindados principais e repelir ataques aéreos ,e eles devem estar sobre rodas tipo o GuaranI antiaéreo,Sem isto e sem um sistema antiaéreo de média altura está força fica muito vulnerável.,a Ucrânia possui tudo isto e mesmo assim perde blindados todos os dias,imagine nossa força sem proteção antiaérea o quanto irá durar em uma emergência atual.Quen em um conflito moderno sobrevive a está vulnerabilidade.?
me desculpe o comentário mas esse blindados aí nesse governo tomara que sejam comprados as outras 96 unidades do centauro 2 pra poder mandar para nossas fronteiras porque nossas fronteiras com nossos países vizinhos como a Venezuela hoje dia 22/01/2025 parece que estava largada as traças
Porque a Marinha e Força área nao implanta o Guarani e o Guaicurus ?
A infantaria da FAB tem por missão o SAR/C-SAR, segurança das Bases e outras Unidades da FAB e Operações Especiais. Penso que nenhuma dessas missões demandem veículos desses tipos. Talvez, em algumas situações, o Guaicurus. Mas, talvez. A MB optou, antes ainda do Guarani entrar em operação, pela viatura Piranha. No caso do Guaicurus, o veículo correspondente escolhido pela MB foi o JLTV (bem mais capaz que o Guaicurus, na minha opinião).
O JLTV não é mais capaz que o LMV.
A unica coisa que ele tem a mais é o seu elevado preço de aquisição e manutenção…
Interessante , esta ai , A Marinha poderia ter esperado um pouco porque o estado maior sabia da escolha do EB pelo LMV.
Fico sem entender o tão falado apoio das Forças a Base Industrial de defesa do Brasil
Qd se apresenta um cenário desses lá fora, acaba expondo mais a ferida que realmente mostrando força. O principal programa voltado para a defesa do país é o astros, e a avibras ta em frangalhos e esquecida pelo Gov Federal.
O General Hertz é aplaudido por sua apresentação informativa sobre a preparação e as capacidades do Exército Brasileiro e seu planejamento estratégico e operacional profissional e aprofundado. É evidente que a P&D, a inovação, a produção e a logística nacionais são enfatizadas e desempenham um grande papel na independência nacional e na colaboração regional e internacional conjunta, garantindo assim prosperidade, estabilidade e segurança em casa e no exterior. Suas contribuições para as operações de manutenção da paz das Nações Unidas são amplamente aclamadas. General Hertz, você deixou o Brasil e o Exército Brasileiro e seus dedicados soldados capazes orgulhosos. Coronel Andrew Nellestyn PhD PEng Exército Canadense Aposentado
Caro Paulo Bastos, sabe se o centauro será batizado também com alguma nomenclatura indígena como ocorreu com LMV que foi nomeado Guaicurus?
Alguma novidade sobre a renovação da frota de MBTs por parte do EB e possíveis concorrentes? já está na horam
A matéria não cita o SISFRON como um dos Programas Estratégicos que aumentaram a Capacidade da Força.
Creio que a revista precisa ter informações mais atualizadas sobre o SISFRON.
Prezado General Duarte.
Este artigo se baseia na apresentação do General Hertz na 25ª annual International Armoured Vehicles Conference.
Creio que sua reclamação, a respeito de informações atualizadas, deveria ser dirigida ao mesmo.
Todavia estamos a disposição, como sempre estivemos, em divulgar mais informações sobre o Prg EE SISFRON.
https://tecnodefesa.com.br/tag/prg-ee-sisfron/
Compreendo a obsevação, entretanto, humildemente, e até ignorantemente pergunto, em razão da demora do programa, se não estaríamos correndo o risco de implementar uma “Linha Maginot”,no sentido de empenharmos bilhões de reais em muitos anos para que, quando pronto, o programa já “nasça obsoleto”. Não seria melhor investir todo este montante(ou mais) em um sistema de vigilância móvel,baseado em drones, comunicação em tempo real entre as forças militares e policiais e monitoramento via satélites? Pois infelizmente ainda dependemos de satélites estrangeiros para monitorar o nosso próprio território… Entendo que faça mais sentido do que investir em bases fixas cuja tecnologia já estará obsoleta quando o projeto for concluído(se é que já não está..)