Na última quinta-feira, dia 12 de dezembro, ocorreu no Arsenal de Guerra do Rio (AGR) uma solenidade militar para a entrega de materiais produzidos para o Exército Brasileiro (EB). Dentre eles estavam os cinco primeiros kits ATMM (Acessório de Transporte do Morteiro e Munição), de produção seriada, para equipar viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) 6X6 Guarani.
O ATMM é um sistema para o transporte da seção de apoio de fogo dos esquadrões de Cavalaria mecanizados e das companhias de Infantaria mecanizadas, com seu armamento (o Mrt Me Acg 81mm, também de fabricação do AGR), um lote de 60 munições (perfeitamente acondicionadas em prateleiras adaptadas à viatura), além do ferramental completo e acessórios. Desenvolvido pela AGR, a partir de uma idéia do 1º Regimento de Cavalaria Mecanizado (1º RC Mec), com supervisão da Diretoria de Fabricação (DF), este acessório, que pode ser rapidamente instalado em qualquer VBTP Guarani, visa garantir que as que todos os elementos de uma tropa de exploradores mecanizados (atualmente as seções de morteiro utilizam viaturas 4X4 Land Rover ou Agrale) tenham a mesma mobilidade e proteção, aumentando sua eficiência operacional.
Já foram produzidos dois protótipos, que, em setembro de 2023, foram enviados ao 23º Esquadrão de Cavalaria de Selva (23º Esqd C Sl), de Tucuruí (PA), para participar da Missão CORE23 (Combined Operation and Rotation Exercise 2023), com o Exército dos Estados Unidos (US Army). Após os testes executados em campos, o ATMM foi aprovado e entrou em produção, sendo estes cinco o primeiro lote a ser entregue ao Comando Logístico (COLOG), os quais serão distribuídos, conforme determinação do Estado-Maior (EME), para as primeiras organizações militares que irão operá-los.
Durante a cerimônia de entrega de material, além dos kits ATMM, foram entregues 33 morteiros 81mm novos e três revitalizados, um morteiro 120 mm novo e seis revitalizados, dois equipamentos Rádio Falcom 3 e Intercom, além de 27 equipamentos de visão noturna manutenidos.
Nas palavras do diretor de fabricação do Exército, general de divisão Tales Eduardo Areco Villela, “O ATMM foi uma resposta a uma necessidade vislumbrada pela tropa que chegou ao Sistema de Fabricação. Nosso objetivo inicial foi otimizar e tornar produtível a solução apresentada. Após uma colaboração técnica com o CAEx, conseguimos melhorar ainda mais a solução inicial do 1RC Mec e creio que tenhamos atingindo o objetivo proposto e entregado uma nova capacidade ao EB”.
Estas entregas demonstram a importância da capacidade fabril dos Arsenais de Guerra que, em conjunto com a indústria nacional, prontamente atendem as demandas da Força Terrestre, com soluções de engenharia confiáveis e de forma independente.
Respostas de 14
Excelente, aos poucos vamos nos equipando com o melhor.
Sim!! E com uma solução nacional que partiu da tropa
Essa idéia partiu de mim , CB Adriano, hoje da reserva.
Recebi a missão de desenvolver o protótipo do meu comandante, CAP Saucha em 2021 no 1 R C MEC, porém até hoje sem nenhum reconhecimento por parte do exército.
Parabéns Cabo Adriano! Tens a gratidão e a admiração dos bons brasileiros. Mas, esperamos ainda que o exército faça um reconhecimento oficial.
Parabéns ao pessoal do 1° RC Mec e AGR pelo trabalho pensado para a tropa!👏👏👏
Obrigado
Essa solução seria compatível com m-113 também?
parabéns ao esforço do nosso exército para a proteção da nossa soberania
seria interessante ter esse kit adaptado a alguns M113 também …. espero que o EB pense assim tambem
Começo pedindo desculpas por destoar dos demais que deixaram seus comentários anteriormente.
Esta solução me parece mais uma “gambiarra” .
A mobilidade dos fogos de apoio é essencial para evitar supressão por parte do enemigo, para isso já existem soluções no mercado internacional adaptadas a veículos 6×6 ou 8×8 . Algumas já foram apresentadas aqui no site T&D pelo Bastos.
Em relação ao M113 , existe uma versão com morteiro 120 mm , com capacidade de tiro DENTRO da unidade- M1064 . Aliás ainda em operação no US Army .
Como faltam recursos ( financeiros e técnicos) para adaptar um morteiro dentro do Guarani , com capacidade de tiro dentro da unidade , a solução aqui apresentada não é adequada , mas é o que o EB pode oferecer…
O kit de transporte de morteiro é apenas para equipes de morteiro 81mm que precisam se locomover até o local de tiro, com a viatura realizando o papel de VBTP e municiador. O Guarani possui já em seu projeto uma variante para Porta Morteiro 120mm ainda em desenvolvimento, que inclusive possui matéria aqui na página, que por sua vez é nesse caso realizado o tiro de dentro da viatura, um porta morteiro realmente
De acordo Marinho . No meu entender essa tem que ser a prioridade !
Aliás , o EB poderia procurar – via FMS – unidades do M1064 .
Para desenvolver a doutrina de tiro indireto nas unidades blindadas .
Sabemos que os termos “melhor” e “pior”, em se tratando de defesa, são péssimos.
Você pede se referir a mobilidade tática, mas e a mobilidade estratégica? A VB com morteiro que atira de dentro ainda seria aerotransportada? Em quantos dias você desloca uma brigada com essas vtrs para uma regiãode interesse?
Cabe ressaltar, também, que o principal motivo pera a implementação do kit é a demora até a aquisição dessas VB com Mrt integrado.
Por outro lado, o que faríamos com todos os Mtr 81 que já arquimos até hoje? Jogarímos fora? Temos que trabalhar com a realidade. Este é o nosso armamento. Não podemos admitir que tubo, bipé e placa vão “jagados” dentro da VB, botando a Gu em risco e sem suporte para a munição.
Muito boa essa notícia precisamos estar preparados. Não sabemos de onde vem o inimigo a Venezuela não vai querer nos enfrentar ela não vai se aventurar. Não precisamos de uma nova guerra já basta o que está acontecendo na Ucrânia, e no oriente médio. Não sei se fui claro mas é isso que eu penso o que o mundo precisa é de PAZ.