Exército lança consulta pública para aquisição de obuseiros sobre rodas

O Exército Brasileiro (EB), por meio do Comando Logístico (COLOG), anunciou que realizará uma consulta pública (“request for quote” – RFQ), entre os dias 17 de agosto e 10 de novembro, com o objetivo de consultar o mercado nacional e internacional acerca da capacidade de fornecimento de sistemas de armas para o projeto viatura blindada de combate obuseiro autopropulsado 155 mm sobre rodas (VBCOAP 155mm SR).

A consulta, de número nº 01/2022, tem também o objetivo de coletar contribuições para o
aperfeiçoamento das descrições contidas nos requisitos operacionais (EB20-RO-04.021) e técnicos, logísticos e industriais (EB20-RTLI-04.010), aprovados em abril deste ano, e realizar pesquisa de preços.

O projeto VBCOAP 155mm SR tem como objetivo obter 36 viaturas, por meio de dois contratos: o primeiro deles prevendo a obtenção de duas viaturas que serão utilizadas como amostras para avaliação e o segundo incluirá as demais 34, com entregas ao longo de oito anos, de forma compatível com as necessidades operacionais das unidades blindadas do EB.

Com a entrada operacional das viaturas blindadas multitarefa – leve sobre rodas (VBMT-LR) 4X4 e a proximidade da definição do modelo a ser adotado como viatura blindada de Cavalaria (VBC Cav) 8X8, o projeto VBCOAP 155 SR deverá ser uma das prioridades do Programa Estratégico do Exército FORÇAS BLINDADAS, pois é fundamental para a operacionalização completa das Brigadas Mecanizadas.

Diversos candidatos já foram ofertados e sondados, dentre eles o francês CAESAR, da Nexter, o israelense ATMOS, da Elbit Systems, o sueco ARCHER, da BAE Systems, o chinês SH15, da Norinco, dentre outros.

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Comentários

28 respostas

  1. Dentre os apresentados aqui o francês CAESAR, da Nexter, o israelense ATMOS, da Elbit Systems. Qual deles seria a melhor opção ?

    E 36 unidades na minha concepção é pouco, quantas unidades você Paulo vê como um número mínimo aceitável ?

  2. 3 das 4 brigadas de inf mec receberão estes e uma continuara com o L118.
    Por hora é o que cabe no orçamento.
    Lembremos que tem a vbc cav, aquisição do guarani e LMV, modernização do Leopard, modernização do cascavel, modernização de mais um lote de M113 tudo ao mesmo tempo

    1. Colombelli, essas 3 Brigadas que receberão esse obuseiro sobre rodas, utilizam atualmente o M101 ou M114? O L118 equipa apenas uma das Brigadas, não é?

      1. O L118 está em 2 das brigadas que serão mecanizadas. ( a 3 e 15). As outras duas, uma usa o oto melara ( a 11) e a outra o M101 ( a 9).

      2. As brigadas de infantaria que estão sendo mecanizadas no momento são
        a 11ª Brigada de Infantaria Leve (com o 2º GAC Lv utilizando M56 105 mm Otto Melara) e a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada (com o 32º GAC utilizando L118 105 mm Light Gun). A 15ª já foi Mecanizada (com o 26º GAC também utilizando os L118).
        Uma quarta brigada de infantaria motorizada provavelmente também será mecanizada (embora eu ainda não tenha visto uma confirmação oficial) pelo fato de um dos seus batalhões já ter sido. Trata-se da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada (com o 31º GAC utilizando o M101 105mm) que mecanizou o seu 1º Batalhão de Infantaria.
        Os M114s são utilizados apenas em GACs divisionários (subordinados às AD/1 e AD/3) e no 12º GAC, subordinado diretamente à 2ª Divisão de Exército (que não deixa de ser um GAC divisionário sem uma AD/2 em sua hierarquia superior).

  3. Acho que a briga está entre o o israelense ATMOS, da Elbit Systems. E o sueco ARCHER, da BAE Systems.

    Dois tradicionais fornecedores das nossas FFAA.
    E além de um bom produto, oferecem o “pacote” completo: subsidiária no Brasil, bom relacionamento com os Generais, lobby no Ministério da Defesa…

    Já o Caesar é muito mais caro que seus concorrentes.

    E o EB não compra armamento chinês. Duvido que vão começar agora.

    1. O mais caro de todos é o archer. Sai quase 10 milhões a unidade. O Caesar se acha de quase 5 a 7.5 milhões de dólares. O mais barato é o Atmos

      1. Obrigado pela correção.
        Vi um texto no Facebook que inverteu os valores entre os dois sistemas.
        E você está correto.

  4. Sugiro o EB observar a guerra da Ucrânia x Rússia. Na minha visão, a guerra moderna exige armas modernas guiadas por satélite, conhecemos por arma cirúrgica onde se destrói, com certeza, apenas o alvo desejado. São os mísseis. Portanto, as armas como obuses, canhões e morteiros, considero armas do passado onde se ataca área e não alvos precisos.
    O Brasil deve armar suas forças com peças modernas como Israel o fez com seus anti- mísseis que surpreendeu o mundo.
    Devemos ter mísseis furtivos de diferentes potências e lançados de variadas plataformas como navais, terrestres ou aéreas.
    Veja na guerra da Ucrânia que muitas bombas não detonaram seus projetis. Isto coloca em risco o resgate mas mostra ao mundo, a ineficiência da arma.
    Sugiro novamente que o Brasil se modernize à frente das potências e se mantenha quieto para sua auto defesa surpreender o incauto invasor.

    1. Uma coisa não exclui a outra. São complementares, não excludentes. Obuseiros estão sendo amplamente utilizados na guerra de invasão da Ucrânia.

    2. Vai saturar terreno com mísseis? Fazer fogo de inquietação com eles por horas? Sabe quanto custa? Se a Russia com todo arsenal acumulafo que tem e largo uso de artilharia ” velha” ja se exauriu com misseis e foguetes vc acha viavel nós abandonarmos o obuseiro e a granada convencional?
      Totalmente inviável.

    3. Quando leio esse comentários fico assombrado pois parece que vamos lutar contra a Russia, China, EUA, etc. Nosso TO é a AL e o Atlântico Sul. Comparar no TO com o que vive Israel, por exemplo, é totalmente equivocado!!! Nçao estou defendendo que tenhamos FFAA futeis, mas sim, equipadas e adestradas para nossa realidade regional!!

  5. Viva as forças armadas do Brasil ,temos ke nós proteger de invasores venham eles do céu terra ou mar

  6. A meu ver, o ATMOS israelense da Elbit Systems é o mais viável para o Brasil. O nosso país tem excelentes parcerias tecnológicas na defesa com Israel, então as chances de termos uma ”transferência de tecnologia” para produção local, são bem cogitadas, enquanto que o CAESAR francês não dá essa oportunidade, pois as relações entre Brasil e França estão muito desgastadas ultimamente.

    Eu fico com o ATMOS.

  7. Também vejo a Artilharia como uma arma válida no campo de batalha que faz a diferença, mas na guerra moderna hoje não pode faltar também drones de reconhecimento e ataque e misseis de cruzeiro de medio alcance para ataques precisos e cirúrgicos. Um Exercito que não possuir isso está em posição de inferioridade.

  8. Senhores, a preocupação deve ser tb direcionada só suporte logístico deste MEM. Pois sem suprimento e capacitação técnica do pessoal envolvido, não é possível manter a disponibilidade. Como o valor dos part numbers é abusivo, espero q assim este material chegue ao Brasil, comece o processo de nacionalização dos principais itens de reposição pelo DCT em algum Arsenal de Guerra.

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