A queda do Muro de Berlim e o desmantelamento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) determinou o fim da “Guerra Fria” e o estabelecimento de uma única superpotência global, os Estados Unidos da América (EUA).
Na atualidade, o ressurgimento da Rússia, o crescimento acelerado da China e a ascensão de novas potências regionais podem colocar em xeque a hegemonia estadunidense e, ao mesmo tempo, ocorreu um significativo incremento no número das chamadas “Guerras Assimétricas”.
A conjunção desses fatores, estudados por estrategistas e pesquisadores militares, estão se traduzindo em novas soluções que irão modificar a forma de como as guerras em um futuro próximo serão travadas.
A necessidade de colocar uma poderosa força militar, e seu apoio logístico, em diferentes regiões do planeta com grande rapidez deram origem a tropas mais leves. No entanto, essas forças podem não atender as necessidades que o conflito possa exigir.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Desde meados do Século 20, as tropas blindadas representam os principais vetores de combate para romper defesas bem plantadas e, desde seus primórdios, e os tanques (ou Carros de Combates, como preferem alguns) são suas “pontas de lança”.
Os tanques, leves, médios ou pesados viviam sobre o frágil equilíbrio do tripé PODER DE FOGO, PROTEÇÃO BLINDADA e MOBILIDADE.
Sempre que um deles era priorizado, era em detrimento dos demais. A combinação dessas características tornou-se uma constante para a classificação de tanques a partir da Segunda Guerra Mundial.
Os tanques leves priorizavam a mobilidade, pois sua principal função era o reconhecimento. Tinham uma blindagem frágil e poder de fogo que, com raras exceções, não superava um canhão de pequeno calibre.
Já os tanques médios focavam no armamento em primeiro lugar, e a mobilidade, em segundo, pois sua função era combater outros tanques, incluindo aí os pesados.
Para os tanques pesados priorizava-se a proteção blindada, pois sua função era dar apoio a infantaria, permitindo assim uma mobilidade mais baixa, ou seja, a mesma velocidade da tropa a pé. A couraça deveria ser forte o suficiente para resistir ao poder de fogo dos tanques médios.
A evolução dos canhões, mais rápida que a das couraças dos tanques, isso a partir da 2ª Guerra Mundial, deu aos tanques médios a capacidade para destruir tanques pesados em um combate tradicional, independente da couraça mais pesada, tornando praticamente inútil essa classe de veículos.
Surgiu assim o conceito do MBT (Main Battle Tank ou Tanque Principal de Batalha, em uma tradução literal), um veículo com as características citadas de forma mais equilibrada, praticamente acabando com as classes médias e pesadas (os tanques leves continuaram no mercado, em sua maioria, sobre rodas).
O embate entre o canhão e a couraça, e a busca inglória da suposta invulnerabilidade dos tanques demandou a criação de verdadeiros “Monstros de Aço” com o peso de batalha superando, em alguns modelos, mais de 70 toneladas!
Essa tendência de + peso + proteção parecia que não iria parar, ao menos no curto prazo, mas, sempre existe um, a situação começou a criar problemas muito sérios para a logística.
Como transportar esses veículos para atuarem longe de suas bases de forma rápida?
Apenas alguns poucos aviões permitem o seu transporte, e mesmo assim em quantidades muito reduzidas (no máximo dois, dependendo da aeronave), e muitas vias rodoviárias e ferroviárias possuem tantos empecilhos para trafego, que sua locomoção exigiria um aparato descomunal.
E o que fazer? A solução parece ser uma só: Diminuir o peso dos tanques!
SURGE O CONCEITO MMBT
Após a Segunda Guerra Mundial, e com a consolidação do conceito MBT, poucos blindados mais leves surgiram no mercado, sendo os principais expoentes dessa classe o francês AMX-13, criado para atender as necessidades do exército francês por um tanque nacional, e o austríaco SK-105 Kürassier, lançado no final dos anos sessenta para atender demandas de Teatros de Operação (TO) específicos, como tropas anfíbias, paraquedistas ou de montanha.
Ambos também foram direcionados para vendas no mercado internacional, onde as nações com menos recursos disponíveis para defesa ou cujo TO’s não possuíssem infraestrutura que suportasse os tanques mais pesados (e mais caros) poderiam conciliar suas necessidades de possuir uma força blindada operacional com a baixa disponibilidade de recursos para adquirir e mantê-los.
Nos tempos atuais, nações com interesses geopolíticos globais precisam deslocar forças militares para locais distantes de suas bases de origem, e de forma cada vez mais urgente.
Ao mesmo tempo, a demanda de exércitos menos exigentes, onde um carro mais leve teria excelente aceitação, criaram as condições para uma nova classe de veículos (ou o retorno desse antigo conceito), o MMBT (Medium Main Battle Tank).
Se não levarmos em consideração o BMP-3, que mesmo possuindo algumas características de um tanque leve é classificado como um IFV (Infantry Fighting Vehicle ou Veículo de Combate de Infantaria), pouca coisa surgiu após a virada do século 21, mas isso está mudando.
O primeiro desses “novos” tanques a ter um certo destaque, foi o demonstrador de conceito WPB Anders, apresentado em 2010 pela OBRUM (Ośrodek Badawczo-Rozwojowy Urządzeń Mechanicznych), que tinha como objetivo inicial desenvolver um sucessor para os blindados da família BWP-1 (versão polonesa dos BMP-1), onde havia duas versões para tanques leves, na faixa de 30 a 33 toneladas. Uma era equipada com o canhão Cockerill 105HP, de 105 mm, e outra com o canhão RUAG CTG de 120 mm. Esses projetos não saíram da fase de protótipo, mas ainda estão no portfólio da empresa.
Em 2015 surge o Kaplan MT (nome turco) / Harimau Medium Tank (indonésio), um investimento conjunto da turca FNSS Savunma Sistemleri (empresa do Grupo BAE Systems plc) com a estatal indonésia PT Pindad. Trata-se de um projeto binacional visando um tanque de 32 a 35 toneladas, armado com o canhão Cockerill 105HP. Ele ainda está em fase de protótipos, mas estima-se que a produção seriada comece em breve, com a Indonésia tendo encomendando um lote inicial de 18 veículos.
Outro que surgiu de forma repentina no mercado foi o chinês ZTQ-15 (também conhecido como Type 15), da NORINCO (North Industries Group Corporation Limited), um tanque de 30 a 36 toneladas, equipado com um canhão de 105mm e 52 calibres Type 94 (cópia chinesa do britânico L7 da Royal Ordance).
Apresentado ao público em 2018, esse carro teria sido criado sobre o pretexto de operar na complicada região montanhosa na divisa com o Paquistão e Índia (e também se enquadra na nova tendência de blindados mais ágeis e bem armados). Não se sabe quantos estariam em operação no exército chinês, mas, no final de 2019, a empresa anunciou a venda de 44 VT-5 (versão de exportação) para Bangladesh.
O Exército dos Estados Unidos (US Army), tradicional defensor de MBT’s pesados, revelou, em 23 de abril de 2020, o primeiro protótipo do Griffin II Light Tank, da General Dynamics Land Systems (GDLS), um blindado inicialmente na faixa de 30 a 35 toneladas.
Aparentemente armado com um canhão de 105mm, o protótipo também poderá receber a arma maior de 120mm, no contexto do programa Mobile Protected Firepower (MPF), que busca adquirir inicialmente 504 veículos (14 por Brigada Infantaria) para ser utilizado TO’s que os M1A2 Abrams não consigam chegar, complementando-o.
O programa MPF está dentro de outro maior, o Next-Generation Combat Vehicle (NGCV), que busca um substituto para o IFV M2/M3 Bradley, dentre outros requerimentos.
Em 2018 a GDLS apresentou o Griffin III, um IFV moderno, armado com um poderoso canhão de tiro rápido Bushmaster XM913, de 50mm, da Northrop Grumman, pesando mais de 40 toneladas em marcha de combate!
Isso torna o blindado Griffin III mais pesado que o Griffin II Light Tank com canhão de 105 mm. No entanto, o peso da versão armada com um canhão de 120mm deverá ser bem maior, excedendo as 40 toneladas.
É interessante ver que existem duas tendências opostas sendo apresentadas no programa NGCV, a primeira é a diminuição de peso dos MBT’s, a segunda é o aumento de peso dos IFV’s atuais, o que indica que ambos, em um futuro bem próximo, deverão apresentar pesos similares.
EXISTEM MAIS OPÇÕES
Já que o MMBT pode converter-se em uma tendência a ser seguida por outros exércitos, grandes fabricantes estão ofertando soluções como famílias de MBT´s na faixa de 30 a 40 toneladas (ou mais), e veículos IFV com peso equivalente.
Essas famílias também incluiriam veículos de apoio (Comando, Socorro, Ambulância, Obuseiro autopropulsado, etc.…), compartilhando a mesma plataforma e facilitando a logística.
A General Dynamics European Land Systems (GDELS), divisão europeia da GDLS, oferece a família ASCOD (Austrian Spanish Cooperation Development), um projeto de 1998 que visava criar um IFV moderno para acompanhar os MBT Leopard 2A4 para os exércitos austríaco e espanhol, desenvolvido inicialmente pela empresa austríaca Steyr-Daimler-Puch AG e a espanhola Santa Bárbara Sistemas, ambas pertencentes ao grupo General Dynamics na atualidade.
A evolução dessa família é a ASCOD 2, que serviu de base para o desenvolvimento do AJAX, um IFV de 38 toneladas equipado com um canhão CT40 de 40mm, vencedor do programa Future Rapid Effect System (FRES), do exército britânico (que pretende adquirir cerca de 1.010 veículos em várias versões) e também para os veículos Griffen dos programas do US Army.
No final de 2018 a GDELS apresentou a versão ASCOD 2 Medium Main Battle Tank pesando 42 toneladas e equipado com uma torre da italiana Leonardo HITFACT MKII armada com um canhão Oto Melara de 120mm.
A BAE Systems oferece a família CV90, derivada do projeto sueco Stridsfordon 90 (Strf90), do início dos anos 90, para o desenvolvimento de uma família de blindados leves sob a responsabilidade das empresas Hägglund & Söner e Bofors AB, que hoje fazem parte do Grupo BAE Systems. Atualmente os veículos da família CV90 já estão em operação em sete países.
Dentro da família CV90 existe o CV90120-T, um tanque de cerca de 35 toneladas equipado com canhão RUAG CTG de 120mm. Este projeto serviu de base para o programa polonês PL-01, um tanque conceito, de 30 a 35 toneladas, desenvolvido em 2013, pela OBRUM (Ośrodek Badawczo-Rozwojowy Urządzeń Mechanicznych) com a BAE Systems, e que visava criar um carro para complementar os seus MBT Leopard 2 e substituir os antigos PT-91 e T-72M1.
A Rheinmetall Landsysteme GmbH apresentou, em 2015, um moderno IFV de desenho próprio, o Lynx KF31 (Kettenfahrzeug 31), com peso de 35 a 38 toneladas e, em 2018, uma versão ainda mais protegida, o Lynx KF41, com cerca de 50 toneladas de peso. Eles podem ser equipados com o canhão Rheinmetall MK30-2/ABM, de 30mm, ou o Wotan 35, de 35mm.
O Lynx foi projetado como uma família de veículos e, na feira militar francesa Eurosatory 2018, foi apresentada a versão de Comando e Controle do KF41, oferecida ao exército australiano dentro do programa LAND 400.
Ainda não se tem notícias do desenvolvimento de um Tanque leve a partir do Lynx KF41, mas isso é plenamente possível pela estrutura desse veículo.
A ARMA PRINCIPAL DO TANQUE
Um dos grandes motivos do aumento de peso dos tanques, além da couraça mais espessa, foi a massa dos novos canhões, cada vez com diâmetros maiores.
Até a década de 70, no Ocidente o padrão era o canhão Royal Ordance L7, de 105mm, com 52 calibres e de alma raiada, porém o surgimento das chamadas blindagens compostas, constituídas pelos chamados materiais compósitos, modificou a estrutura das blindagens, antes feitas apenas por aço balístico, a chamada RHA (Rolled Homogeneous Armour ou Blindagem Balística Homogênea).
Essas novas blindagens eram muito mais resistentes, principalmente contra as chamadas munições químicas, como as HEAT (High-Explosive Anti-Tank) e HESH (High-Explosive Squash Head), obrigou o surgimento de armas ainda mais poderosas, como Rheinmetall L44, de 120mm e 44 calibres, e do GIAT (atual Nexter Systems) CN120-25 G1, de 120mm e 52 calibres, que depois foram aperfeiçoados nos L55 (de 55 calibres) e CN120-25/52, respectivamente, todos de alma lisa.
Essas armas apresentam uma massa e um recuo que tornam complexa sua operação em veículos com menos de 45 toneladas, inviabilizando, em teoria, a sua instalação na nova classe de veículos leves que estão a surgir.
A primeira solução apresentada foi o desenvolvimento de novos canhões de 105mm capazes de disparar munições cinéticas, como as APFSDS (Armour-Piercing Fin-Stabilized Discarding Sabot), com uma velocidade que permitisse romper as modernas blindagens a distancias maiores, que cujo recuo permitisse sua instalação em tanques leves, na faixa de 20 a 30 toneladas.
A arma belga 105HP, com 53 calibres, da empresa CMI (atual John Cockerill), desenhada para equipar a nova torre CT-CV, consegue disparar uma munição cinética a 1.620 m/s que penetra em 560mm de blindagem RHA, em 60º, a 2.000 metros, além de disparar o míssil ucraniano Falarick 105, guiado a laser, com a capacidade de penetrar 550mm de blindagem RHA, com um alcance de 5.000 metros.
Porém, apesar de toda essa evolução, os resultados não permitiam que um blindado leve enfrentasse um mais pesado em igualdade de condições, elevando a faixa de peso a 40 toneladas ou mais. Isso obrigou os fabricantes de canhões a buscarem outras soluções, surgindo no mercado diversas opções de 120mm com baixo recuo.
A CMI lançou a torre XC-8, com carregamento automático, destinado a veículos leves, sobre lagartas ou rodas, que poderia ser equipada com o canhão 105HP ou o 120HP, de 120mm e 50 calibres, mais capaz de perfurar blindagens e apto a usar o míssil Falarick 120, com a capacidade de penetrar 700mm de blindagem RHA, com um alcance de 5.000 metros
A suíça RUAG MRO Switzerland apresentou o CTG (Compact Tank Gun), um canhão de 120mm e 50 calibres, com capacidade, de acordo com o fabricante, similar ao Rheinmetall L44. Essa torre foi instalada, para testes, nos blindados Anders, CV90120 e Patria AMV 8×8.
Outra solução apresentada é a da HITFACT MKII, da italiana Leonardo S.p.A, que pode receber o canhão Oto Melara de 105mm e 52 calibres ou de 120mm de 45 calibres. Essa torre é a mesma que equipa o blindado 8×8 Centauro II, a proposta modernização do MBT M60 A3 da empresa e, em outros veículos, no projeto ASCOD 2 Medium Main Battle Tank.
O GT NOVA COURAÇA E O FUTURO DA FORÇA BLINDADA DO EXÉRCITO
Em 2019, o Alto-Comando do Exército Brasileiro (EB) determinou a criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, chamado GT NOVA COURAÇA, cujo objetivo era apresentar soluções para o curto, médio e longo prazos, alinhadas com as diretrizes de modernização da Força, que atendessem suas demandas e adaptadas à realidade nacional, para o futuro de sua força blindada.
O GT integrou diferentes instituições do EB, proporcionando uma aproximação e o diálogo entre técnicos e operadores, que culminou com os Requisitos Operacionais (RO) e Técnicos, Logísticos e Industriais (RTLI) de seis (6) projetos específicos: a modernização dos Cascavel e Leopard 1A5BR, a aquisição de um veículo anticarro 8×8 e outro de reconhecimento 4×4, ambos dentro do Programa Guarani, e a proposta para uma possível desenvolvimento dos substitutos dos Leopard 1A5BR e M113BR.
Visando substituir os Carros de Combate (CC) e os Veículos Blindados de Transporte de Tropas (VBTP), a ideia é da criação de um programa, nos moldes do Programa Guarani, onde os requisitos desses veículos sejam entregues a uma indústria privada, nacional, estrangeira ou, na melhor das hipóteses, uma parceria entre elas, para o desenvolvimento de uma família de blindados que englobaria o CC e o VBTP, além dos demais veículos de apoio, e que esses sejam produzidos no Brasil, em um programa de longo prazo, criando uma expertise e tecnologia nacional.
Isso, além de agregar valor à indústria nacional, poderia permitir, em um futuro, a volta da nossa capacidade de desenvolver esse tipo de sistemas de armas, capacidade essa perdida na década de 80.
Dentro desses requisitos apresentados, o futuro CC de combate do EB deveria possuir até 50 toneladas, deveria ter uma proteção blindada frontal equivalente aos blindados atuais (de terceira geração) e ser equipado com um canhão de 120mm de alma lisa, o que coloca muito próximo aos projetos apresentados por alguns fabricantes atuais, como demostrado no texto.
Uma situação interessante é que o principal favorito no projeto do veículo anticarro 8×8 é o Centauro II, do Iveco – Oto Melara Consortium, e como o EB demonstra interesse em adquirir os direitos e produzir a munição de sua arma principal em nosso território, caso isso realmente ocorra, nada mais natural que a torre HITFACT MKII, ou pelo menos o canhão Oto Melara de 120mm seja um dos requisitos a serem empregado no futuro CC do EB.
As empresas KMW do Brasil Sistemas de Defesa e Iveco Veículos de Defesa, por já estarem instaladas em território brasileiro, além de possuírem projetos consolidados, podem sair na dianteira nessa nova empreitada, porém, espera-se, assim que a concorrência for anunciada, uma grande movimentação internacional.
O fato é que o EB mostra que está em acompanhando atentamente o que ocorre hoje no mundo visando manter a força cada vez mais capaz e operacional.
Porém, é necessário deixar claro que o exposto aqui são estudos e estes, por mais bem elaborados que sejam, dependem de muitas variáveis, alguns deles externos ao Brasil, portanto esses requisitos podem ser alterados, principalmente depois da crise gerada pela pandemia do COVID-19.
Isso também demonstra que o Programa Obtenção da Capacidade Plena da nossa Força (Pgr EE OCOP) está em curso apesar das conhecidas faltas ou contingenciamento de recursos, mostrando que o EB realmente mira no futuro, aproveitando suas experiências, com muita responsabilidade.
Segundo o Capitão de Cavalaria Adriano Santiago Garcia, “temos que transcender a classificação do peso para a capacidade, esquecer essa corrente do peso e classificar pelo dano/distância, pois será vencedor do combate quem puder ver e responder antes é não necessariamente o maior e mais pesado”.
Maiores informações sobre o GT NOVA COURAÇA e respectivos programas, de forma mais detalhada, na matéria “Exército: O futuro das forças blindadas”, publicada na edição nº 160 da revista Tecnologia & Defesa.
REFERÊNCIAS
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BASTOS, Paulo Roberto Jr, CAIAFA, Roberto Valadares. GT Nova Couraça e os desafios no reequipamento da Força Blindada (EB). Disponível em http://tecnodefesa.com.br/gt-nova-couraca-e-os-desafios-no-reequipamento-da-forca-blindada-eb/
EXÉRCITO. Portaria 028, EB20-RO-04.060 – Requisitos Operacionais do VBC-CC Corrente. Brasília, Brasil: Estado Maior do Exército, 2020.
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________. Portaria 027, EB20-RO-04.056 – Requisitos Operacionais do VBC-CC. Brasília, Brasil: Estado Maior do Exército, 2020.
________. Portaria 037, EB20- RTLI-04.062 – requisitos Técnicos, Logísticos e Operacionais do VBC-CC. Brasília, Brasil: Estado Maior do Exército, 2020.
________. Portaria 019, EB20-RO-04.057 – Requisitos Operacionais do VBC Fuz. Brasília, Brasil: Estado Maior do Exército, 2020.
________. Portaria 035, EB20- RTLI-04.063 – requisitos Técnicos, Logísticos e Operacionais do VBC Fuz. Brasília, Brasil: Estado Maior do Exército, 2020.
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Respostas de 6
Paulo, excelente artigo!
Mostra um novo horizonte no campo de batalha, Leve e muito bem armado, além de poder ser transportado com facilidade!
Espero que o EB consiga um novo CCB adequado aos novos paradigmas nos campos de batalha do século XXI
É luxo ter o Bastos e o Caiafa no portfólio de colaboradores. Seu Xyko formou uma turma ímpar. Comecemos a renovação. Com profissionais qualificados e apaixonados como esses dois…
Paulo, acho que uma boa ideia para esse conceito de MMBT seria a de um veículo base que resista a tiros de 20mm apfsds, mas que poderia ter adicionado a ele módulos de blindagens específicos, tal qual é feito no Merkava na torre.
Para diminuir porém a necessidade de módulos cada vez mais “espessos” e pesados, há de se investir também em defesas ativas no estado da arte sempre, e também nas passivas, em especial diminuir a assinatura térmica, tendo como bom exemplo a rede de camuflagem da SAAB.
Acho que é um conceito muito interessante ao Brasil, que poderá sim ser nos moldes como o Caiafa disse sábado em sua live: Um veículo montado sob medida para cada operação.
Abraços
Excelente texto e bem explicativo. Parabéns Bastos !!!
Minha preocupação mais frustrante éa nossa ecônomia pós Covid, será que vão adiar ouaté mesmo cancelar?
Não sou especialista em armamentos militares, sou um curioso na área. Sou Engenheiro Mecanico (formado em 1968 pela UFPR) e, especializado na manutenção de equipamentos de grande porte de Construção Pesada (estradas, usinas hidrelétricas, portos, aeroportos de mineração). Lendo sobre O EB e suas necessidades e também, dificuldades, para aquisição, principalmente de MBT, resolvi dar minha sugestao, aproveitando o que o Exercito já tem disponível em termos de conhecimento e logística dos mesmos. O Canadá, já faz tempo, procura compradores para seus 50 Leopardo 1 C2, modernizados com torre do LeoPard 1A5, equipados com canhão L7A3 105 mm. Esse canhão propícia tiros de precisão enquanto o tanque está em movimento.
A Holanda, também, estava vendendo, 15 Leopard 2, 2A6, é um lote pequeno (em quantidade) e, facilitaria para o EB conhecer equipamento mais moderno, utilizando a estrutura de manutenção dos Leopard em Santa Maria.
Obrigado