Submarino Humaitá é incorporado à Marinha

A Marinha do Brasil (MB), por intermédio de sua Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico (DGDNTM), entregou ao setor operativo da força, no dia 12 de janeiro, na Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), o segundo dos quatro submarinos convencionais previstos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Ele recebe o nome de Humaitá (S41) e opera com propulsão diesel-elétrica.

O submarino Humaitá, fruto de parceria estratégica e cooperação tecnológica com a França, cumpriu um extenso e rigoroso calendário de testes de aceitação no porto e no mar e está pronto para iniciar sua vida operativa na Esquadra brasileira.

Ao ser incorporado à Força de Submarinos incrementará, no contexto da defesa naval, o poder de combate da MB na tarefa de “negar o uso do mar”. O submarino contribuirá, ainda, para o aumento do poder de dissuasão da Força Naval, bem como será instrumento de apoio à política externa do País. Também cumprirá outras missões, como patrulhar as Águas Jurisdicionais Brasileiras, que formam a Amazônia Azul, e as áreas marítimas do entorno estratégico do país no Atlântico Sul.

O comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Marcos Sampaio Olsen, explicou que foi um passo bastante audacioso que o País deu com a assinatura da parceria estratégica em 2008. “Os quatro submarinos convencionais atendem precipuamente a uma transferência de tecnologia que nos possibilita construir um Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear, que certamente permitirá ao País um nível de interlocução compatível com a estatura político-estratégica do Brasil. O País precisa ter condições de monitorar e exercer a proteção das nossas riquezas”, afirmou.

O chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante-de-esquadra André Luiz Silva Lima de Santana Mendes, explicou que a Marinha do Brasil se sente honrada em celebrar o avanço de mais uma etapa do PROSUB. “O Submarino Humaitá é um importante meio naval que consolida um feito de absorção tecnológica e conhecimento de valor estratégico – está pronto para atuar, de forma plena, em prol da soberania nacional”.

O CEMA destacou, ainda, que além da fabricação e lançamento do terceiro e quarto submarinos convencionais, previstos para os próximos anos, a construção e operação do SCPN representará para o Brasil um extraordinário salto em seu arcabouço tecnológico e reposicionará a Defesa Nacional em patamar estratégico relevante à altura da magnitude de um país como o Brasil.

Projetado pela empresa francesa Naval Group, com a participação de engenheiros e técnicos brasileiros, e construído pela ICN, o Humaitá tem capacidade operativa de permanecer até 80 dias em patrulha, sendo contemplado com um sistema de propulsão e geração de energia que, conjugado com recursos de redução de ruídos de alta tecnologia, conferem elevado “poder de ocultação”, a principal característica de um submarino.

Com sofisticado Sistema de Combate (sensores e armas), aliado às demais características, o submarino é um meio diferenciado e vantajoso quando utilizado em situações diversas.

O extenso processo de capacitação da primeira tripulação do Submarino Humaitá durou cerca de dois anos e foi dividido em três etapas: preliminar, em terra e a bordo. Na capacitação preliminar e em terra, a tripulação foi submetida a um conjunto de aulas teóricas e exercícios em simuladores específicos, visando conhecer o submarino detalhadamente. Na capacitação no mar, destacam-se os rigorosos treinamentos visando à obtenção de pleno conhecimento da condução dos sistemas e equipamentos da plataforma no mar, bem como de sua operação segura. A tripulação do Humaitá foi a primeira a ser capacitada nas etapas de treinamento em terra e a bordo pelo Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché.

A execução do PROSUB e as atividades relacionadas aos Submarinos Tonelero (S42), Angostura (S43) e ao submarino de propulsão nuclear Álvaro Alberto (objeto precípuo do PROSUB), permanecem em andamento conforme planejadas e avançam em diferentes estágios de prontificação.

A transferência do segundo submarino da Classe Riachuelo para o Setor Operativo da Marinha representa mais um importante marco no âmbito do PROSUB, que se consolida como um dos mais importantes Programas Estratégicos do Estado brasileiro.

Fonte: Agência Marinha de Notícias

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Comentários

Uma resposta

  1. O avanço técnico das Forças Armadas são imprescindíveis para o País em se tratando dentre outras,a nossa SOBERANIA e o nosso povo se enche de orgulho sabendo q não tão fácil burlar a nossa SOBERANIA

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