SIATT ministra curso do simulador MSS 1.2 AC para os Fuzileiros Navais

Nos dias 05 e 06 de julho, instrutores da SIATT – Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico ministraram um curso de operação do Simulador de Tiro do Sistemas de Armas Míssil Superfície-Superfície Anticarro MSS 1.2 AC para atiradores e especialistas do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil.

Realizado no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), no Complexo dos Fuzileiros Navais na Ilha do Governador, Rio de Janeiro (RJ), o curso teve como alunos atiradores dos 1º, 2º e 3º Batalhões de Infantaria dos Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav), especialistas do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN) e do Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha (CMASM), além de instrutores do próprio CIASC.

Durante dois dias, os alunos receberam conhecimentos teóricos e práticos focados na utilização do Simulador de Tiro do MSS 1.2 AC para adestramento de atiradores do CFN, habilitando-os para treinamentos posteriores e participação em campanhas de lançamentos reais do míssil MSS 1.2 AC. Tais lançamentos estão sendo realizados dentro do processo de Avaliação Técnica do armamento conduzido pelo Exército Brasileiro (EB), mas que também conta com participação da Marinha.

No âmbito do Exército, esta avaliação é conduzida pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx), onde tem ocorrido os lançamentos do míssil, com apoio do Centro Tecnológico do Exército (CTEx). Na Marinha, o programa é acompanhado pela Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM). Tanto o Exército como os Fuzileiros Navais adquiriram lotes de pré-série do MSS 1.2 AC, cuja avaliação técnica atualmente caminha para a fase final.

Na sequência, será realizado um processo de avaliação operacional, prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2024, com o produto sendo primeiramente disponibilizado para uma unidade específica antes da distribuição geral aos batalhões operacionais.

O engenheiro Robson Duarte, gerente do programa na SIATT ressalta que “a realização deste treinamento foi um importante passo para a completa adoção do MSS 1.2 AC pelos Fuzileiros Navais, incorporando atiradores às avaliações em andamento e já capacitando futuros instrutores para adestramentos internos. O uso contínuo do Simulador de Tiro capacita atiradores em alto nível para lançamentos reais”.

O Simulador de Tiro é um equipamento regular do Sistema MSS 1.2 AC, destinado ao adestramento e treinamento intensivo de atiradores, com baixo custo. É composto por um conjunto Unidade de Tiro/Munição idêntico ao armamento real associado a uma Estação de Instrutor que simula, em ambiente virtual, cenários, terrenos, alvos, rotas e fatores ambientais dificultadores de tiros (bombas de fumaça, baixa visibilidade, chuva, etc.) para tiros virtuais. Operando Unidade de Tiro/Munição do Simulador, o atirador em treinamento, além da simulação de cenário, é submetido a sons e “impacto físico” semelhantes aos verdadeiros, proporcionando uma experiência muito próxima de um lançamento real.

Fonte: SIATT

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Comentários

6 respostas

  1. Ta na hora de atualizar/modernizar este missile o sistema como um todo e desenvolver um modelo lançavel por veículos e aeronaves.

    1. Clama meu rapaz, o projeto MSS 1.2 AC hoje e mais uma experimentação de doutrina, basicamente estamos aprendendo a “nadar” nesse mundo de armas anti tanque logo o objetivo da adoção do MSS e criar experiência sem se arriscar com um produto “mais caro”. Basicamente e o comparativo entre aprender a nadar em segurança na piscina e se jogar no mar e correr serios riscos de se afogar.

      PS: e nesse meio tempo da a SIATT experiência fabril pra ai sim atualizar o MSS de acordo com a “visao” Brasileira que será adquirida

      1. concordo com dretor, esse sistema e muito válido até do jeito que está. e nosso poder ser feito aqui sem embargos. depois atualiza ele com o tempo. na Ucrânia tem sistema assim que funciona e abate veículos. e arriscado? é! porém faz parte do jogo.

  2. A homologação final acontecerá no primeiro semestre do ano que vem, há coisas a serem terminadas ou é lentidão mesmo ?
    Se o produto está pronto, testa e homologa, um ano até isso acontecer com o produto pronto é muito tempo.

  3. Eu particularmente tenho percebido que o EB está analisando algumas nuances da Guerra da Ucrânia e adotando medidas que foram postergadas ao longo do tempo. Pelas características técnicas do produto, reparei que o MSWS 1.2 já nasce de certa forma, defasado, mas como dito anteriormente, servirá ao menos para o Brasil estabelecer doutrina e especificar incrementos técnicos, que acho não serem intransponíveis…

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