Programa VCBR – Argentina e Brasil aprofundam as negociações

Por Zona Militar, da Argentina (*)

De acordo com o que foi comunicado pela mídia oficial da Argentina e do Brasil, as autoridades competentes de ambas as nações se reuniram para aprofundar as conversas sobre integração regional e cooperação em defesa e Forças Armadas.

Em particular, o tema geral das reuniões girou em torno da questão da aquisição das viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) 6X6 Guarani no programa VCBR, a integração da indústria de Defesa, o desenvolvimento de uma Doutrina Militar Combinada e a realização de Exercícios Binacionais entre as Forças Armadas de ambos os países.

Embora as conversações tenham ocorrido hoje, espera-se que amanhã o ministro da Defesa, Jorge Taiana, se encontre com o seu homólogo brasileiro, José Múcio Montero.

Um dos assuntos mais esperados em torno das reuniões são as negociações relacionadas ao projeto VCBR (Vehículos de Combate Blindados a Ruedas) para o Exército Argentino, sendo a opção do Guarani da empresa IDV, o último selecionado pelas autoridades nacionais. Isso foi concretizado recentemente com a assinatura da Carta de Intenções pelo governo argentino no final de janeiro, no âmbito da visita à Argentina do recém-empossado presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Até a data, falta definir os detalhes do acordo entre os dois países que formaliza a vontade de adquirir o blindado de origem brasileira por meio da assinatura de um contrato de compra e venda, que estipula datas, opções de financiamento e remuneração. Com base no que foi informado em janeiro, a intenção do Exército Argentino e do Ministério da Defesa é a incorporação de um total de 156 veículos,  sendo 120 para transporte de pessoal (VCBR-TP) e  equipadas com torre SARC REMAX 4,  27 de combate de Infantaria (VCBR-CI) equipados com SARC UT30BR2 e nove da versão posto de comando (VCBR-PC).

 

(*) Zona Militar é uma publicação argentina de defesa, segurança e geopolítica, criada em 2015, e parceira de Tecnologia & Defesa no intercâmbio de informações, para manter os leitores atualizados das notícias importantes que ocorrem entre os dois países.

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Comentários

8 respostas

  1. o grande problema do brasil , é que ele está , em relação á aquipamentos de defesa , nas mãos dos EUA e europa ( otan ).
    o caça gripen , que é sueco , e mesmo ela não sendo parte da otan , ainda , tem muitos componentes de países que são da otan .
    isso querendo ou não , é um problema , ou no futuro , pode se tornar um …

    1. Não vejo como um problema absoluto já que vários países possuem tecnologias militares de outros países e, dado momento, o país detentor, pode se virar contra e aí levar sanções. A Turquia, por exemplo. Só que, o diferencial da Turquia, é que ela têm uma base industrial de defesa força e crescente justamente por conta disso. É o que nos falta. O interesse político, até o momento, é muito pouco quando se trata de defesa e isso só pode ser mudado com cobranças por parte da população civil. Nós temos muita gente capacitada e a história da defesa do Brasil nos conta isso diariamente.

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