Presente e futuro: Um panorama dos programas da FAB

Há mais de 20 anos, a Força Aérea Brasileira (FAB) vem em constante processo de modernização e substituição dos seus vetores aéreos, fato que a coloca como uma das mais bem equipadas da América Latina em termos doutrinários e tecnológicos.

Hoje, a sua frota é equipada com sistemas que fazem parte do contexto da guerra aérea moderna e que são usados por países que dispõe das mais avançadas forças aéreas do planeta. Além das aeronaves, também cuida para manter os seus pilotos e tripulantes atualizados com as mais atuais doutrinas do século 21.

Em termos regionais, é uma das poucas a dispor de um arsenal de armamentos que inclui mísseis e bombas de precisão, uso de helmet-mounted display (HMD) para os pilotos de caça, sistemas avançados de guerra eletrônica, aeronaves de sensoriamento remoto e de AEW&C, uso de datalink e IFF. Para esses dois últimos, o país está desenvolvendo os seus próprios sistemas para se tornar independente e autônomo de outras nações, colocando-se, mais uma vez, em plena liderança.

Praticamente todas as suas aeronaves contam com cockpit digital e, para os helicópteros, é a única que dispõe de tipos capazes de serem reabastecidos em voo.

Hoje, vários programas estão em andamento, como a entrega das aeronaves de transporte tático militar KC-390, dos caças F-39E Gripen, das aeronaves T-27 Tucano modernizadas, citando alguns exemplos. Em médio prazo, outros programas devem surgir para substituir ou modernizar outros vetores.

Para entender este contexto, fizemos algumas perguntas para a FAB sobre os atuais e futuros programas. Confira.

 

Aviação de treinamento

A FAB iniciou, em 2020, a modernização das suas aeronaves de treinamento avançado Embraer T-27 Tucano. Por meio de um projeto desenvolvido pela empresa Albatross em parceria com a FAB, liderado pelo PAMA Lagoa Santa, o primeiro protótipo voou em 23 de outubro de 2020 e a Academia da Força Aérea (AFA) recebeu os primeiros quatro exemplares em dezembro de 2021.

Em torno de 40 exemplares devem ser modernizados e, com isso, a atenção agora volta para os Neiva T-25 Universal que são usados para o treinamento básico dos cadetes do 2º ano da AFA.

Sobre isso, perguntamos: Em termos da aviação de treinamento, a FAB busca hoje alguma solução para o T-25 Universal? Qual seria? Modernização ou substituição? Poderia detalhar a solução e os prazos? Resposta: O T-25 “Universal” é uma aeronave cujo projeto remonta a década de 1960 e que começou a operar na FAB em 1971. Atualmente a frota de aeronaves apoia a instrução básica na Academia da Força Aérea. A modernização ou substituição dessa aeronave encontra-se em estudo no âmbito do Estado-Maior da Aeronáutica.

Aviação de transporte

A FAB realizou a modernização da sua frota de C-95B/C e SC-95B Bandeirante conferindo à um dos mais versáteis projetos da aviação de transporte ainda em uso um importante salto tecnológico. Os exemplares receberam novo cockpit digital, reforços estruturais, novos sistemas de navegação e comunicação, novo radar meteorológico, ar condicionado entre outros.

Porém, o tipos acumulam quase 40 anos de serviço sendo necessário pensar na sua substituição.

Neste sentido, chamou a atenção que, numa reunião realizada em janeiro de 2023 envolvendo os comandantes das Forças Armadas Brasileiras; o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, que acumula do ministério da Indústria, Comércio e Desenvolvimento; o ministro da Defesa José Múcio Monteiro Filho e demais autoridades, a FAB apresentou as suas prioridades e, dentre elas, estava o projeto do C-408.

O C-408 é a designação do Cessna 408 SkyCourier que é turboélice, bimotor e com capacidade para 19 passageiros e 2.700kg de carga. É uma aeronave intermediária entre o C-95 e o C-97 Brasília. O primeiro leva 16 passageiros e 1.700kg de carga, enquanto o segundo transporta 30 passageiros e 3.340kg de carga. Para este programa, perguntamos: Foi divulgado, em notícia do Ministério da Defesa, durante reunião sobre os projetos estratégicos das Forças Armadas realizada em Brasília em 20 de janeiro de 2023, sobre o programa C-408. A FAB possui algum planejamento quanto a compra dessa aeronave? A sua aquisição visa a substituição do Bandeirante? Quantos poderiam ser adquiridos e qual prazo? Resposta: Os estudos de cenários e do ciclo de vida de projetos indicam a necessidade de um meio de transporte leve com baixo custo de operação. Atualmente, não existe um projeto específico definido. O objetivo é que a futura aeronave possa ser empregada na Região Amazônica, ampliando a integração do território nacional e em apoio à sociedade local. Esse apoio, naturalmente, se estende às ações do Estado Brasileiro de uma maneira geral, o que passa também pelo suporte às Forças Singulares e operações interagências. O prazo de aquisição e o número de aeronaves ainda não foram definidos, mas estarão alinhados às necessidades apontadas pelo Cenário Nacional de Defesa e à disponibilidade orçamentária.

 

Transporte estratégico

FAB retomou a capacidade de transporte estratégico com a compra de dois Airbus A330-200 (KC-30 na FAB), ambos recebidos em julho e novembro de 2022. Os dois são usados, mas pouco voados e com longa vida útil. Apesar de terem adicionado uma relevante capacidade perdida com a saída de operação dos Boeing KC-137E em 2013, está no planejamento a conversão para o padrão Multi Role Tanker Transport (MRTT) que poderá adicionar sistema para reabastecimento em voo, de guerra eletrônica entre outros. Sobre este tema, perguntamos: Qual é o planejamento da FAB quanto ao início da conversão dos dois KC-30 para o padrão MRTT? Poderia fornecer detalhes desse processo como o local onde serão feitos os trabalhos e os sensores a serem instalados? Resposta: O Comando da Aeronáutica está em processo de cotação junto à empresa Airbus Defence & Space, visando à conversão de 2 (duas) aeronaves A330-200 para a versão Multi Role Tanker Transport (MRTT).

Foto: Sgt. Müller Marin / FAB

Programa do KC-390

O programa do avião de transporte tático militar KC-390 atingiu o certificado final de tipo (FOC) no final de março de 2023 e a FAB já dispõe de dois esquadrões e cinco aeronaves entregues. O pedido inicial era de 28 exemplares, sendo que posteriormente as ordens foram ajustadas para 19 aeronaves. Perguntamos sobre uma atualização do programa: Qual é o atual cronograma de entrega dos KC-390?Resposta: Estamos finalizando o recebimento da quinta aeronave, já em sua versão FOC (Full Operational Capability), e da sexta aeronave ainda este ano. A partir do ano que vem, a previsão é recebermos uma por ano, até completarmos as dezenove aeronaves. [nota do autor: a última entrega deve acontecerá, pelo planejamento atual, em 2036.]

Foto: Suboficial Nery / FAB

F-39 Gripen

A FAB colocou em operação no 1º Grupo de Defesa Aérea, em dezembro de 2022, os quatro primeiros F-39E Gripen, iniciando um novo capítulo na história da aviação de caça. O programa segue no cronograma e, sobre este, fizemos dois questionamentos: Como está, hoje, a expectativa da FAB quanto a aquisição de um segundo lote de caças F-39 Gripen? Existe algum planejamento e quantidade prevista? No que diz respeito a aquisição de quatro exemplares extras do F-39E, anunciados em 22 de abril de 2022, essa negociação já foi concluída?

Resposta: Com a recém incorporação operacional das primeiras aeronaves F-39 Gripen à Força Aérea, em 2022, a FAB retomou a capacidade dissuasória do Estado Brasileiro. O elevado grau tecnológico incorporado nessa aeronave, colocou o Brasil na vanguarda de defesa aeroespacial. Com isso, a aquisição de um segundo lote de aeronave continua sendo objeto de estudos no âmbito da Força Aérea Brasileira, tendo sempre como foco o cumprimento de nossa missão constitucional. Ainda sobre o F-39 Gripen, poderia comentar sobre o atual cronograma de entrega?

Foto: Divulgação

Resposta: Das 36 aeronaves previstas (28 monopostas e 8 bipostas) as 4 primeiras aeronaves (FAB 4101, FAB 4102, FAB 4103 e FAB 4104) foram recebidas e entraram em operação, efetivamente, no 1° Grupo de Defesa Aérea (1° GDA) a partir de 19 de dezembro de 2022. O processo de recebimento de outras duas aeronaves (FAB 4105 e 4106) já foi iniciado na Suécia.

Além dessas, ocorrerá, ainda em 2023, o recebimento de mais duas aeronaves, com início em novembro, na Suécia, totalizando 8 aeronaves até o final deste ano, todas monopostas.

 

Modernização do Super Tucano

Foto: João Paulo Moralez

A FAB foi a primeira a colocar em operação, no mundo, o Embraer A-29 Super Tucano. Em 2024, este vetor completará 20 anos de serviço e, neste estágio, é possível planejar algumas possibilidades de modernização acompanhando a evolução tecnológica dos últimos 20 anos. Sobre este programa, perguntamos: A FAB planeja a modernização do Super Tucano? Se sim, poderia fornecer alguns detalhes de quais sistemas devem ser abrangidos?Resposta: O projeto A-29 “Super Tucano”, que foi desenvolvido pela Embraer em parceria com a FAB, iniciou sua operação em 2004. Atualmente, a frota está dividida entre três Esquadrões de caça, no Esquadrão de formação especializada de pilotos de caça e, também, no Esquadrão de Demonstração Aérea. Em virtude da data de entrada em serviço na FAB, seu primeiro operador, além da evolução natural da plataforma em atendimento às necessidades de diversos clientes internacionais, o A-29 é candidato natural a um processo de modernização (midlife upgrade – MLU). O assunto encontra-se em estudo no EMAER, no devido processo de priorização das nossas muitas demandas com recursos limitados.

 

F-5M e AMX A-1M

Com a introdução em serviço dos primeiros exemplares do F-39E Gripen, a FAB já está executando a gradual desativação da frota de F-5EM/FM e planeja a desativação dos estratégicos e dissuasórios caças-bombardeiros AMX A-1M. Sobre este tema, perguntamos: Qual é o planejamento, hoje, para o término da operação dos caças AMX na FAB? E em relação ao F-5M? Resposta: Os caças AMX têm previsão de operação até o ano de 2025. Ajustes poderão ocorrer, tendo em vista as capacidades que este vetor possui, e em função do próprio amadurecimento da implantação do F-39 Gripen. Em relação aos F-5M, o planejamento é para que estes operem até 2029. Com isso, a FAB promoverá uma redução gradual da frota, otimizando a aplicação dos recursos logísticos, e sem afetar a operacionalidade.

 

Modernização da frota de AEW&C E-99

Além do Chile e do México, o Brasil é o único em toda a América Latina a dispor de plataformas AEW&C por meio da sua frota de cinco exemplares do Embraer E-99. Todos estão em um processo de modernização que garantiram novas capacidades de detecção, processamento, identificação, de guerra eletrônica e outros. Sobre este, perguntamos: Poderia comentar sobre a modernização do E-99M? Quantos foram modernizados? O R-99 também será contemplado?

Foto: Sgt. Müller Marin / FAB

Resposta: A modernização dos E-99M encontra-se em sua fase final. O Projeto englobou a modernização das cinco aeronaves E-99, e todas as que foram recebidas vêm demonstrando um substancial incremento em suas capacidades operacionais. A previsão é de finalizarmos o projeto até o fim de 2023. Quanto ao R-99, não há previsão de modernizá-lo.

 

Helicóptero H225M

O Ministério da Defesa comprou em 2008 50 helicópteros Airbus Helicopters H225M, que somaram a capacidade de transporte logístico, busca e resgate e até mesmo de guerra antinavio. Do total, 16 foram destinados para cada Força e dois para a Presidência da República. O programa acabou sofrendo atrasos por conta de cortes orçamentários mas agora está na sua fase final de entrega. Sobre ele, perguntamos: Qual é o planejamento de entrega dos últimos helicópteros H-36 para a FAB? Haverá retrofit das primeiras aeronaves entregues no início do programa visando a padronização da frota? Do total, quantas são equipadas com probe de reabastecimento em voo?

Foto: Suboficial Johnson Barros / FAB

Resposta: O cronograma atual prevê a entrega de mais 3 aeronaves para a Força Aérea Brasileira na cadência de 1 helicóptero por ano até 2025. Os retrofits já estão em andamento cumprindo o contrato em vigor. Todas as aeronaves na versão Operacional FAB já entregues são equipadas com o sistema de REVO, totalizando cinco aeronaves.

 

IFF e datalink nacional

Fora dos holofotes estão dois programas extremamente estratégicos. O primeiro é o IFF Modo 4, fundamental nas operações em ambientes com elevada densidade de tráfego aéreo, aumentando a consciência situacional e evitando o fratricídio. Já o Link-BR2 é o datalink de desenvolvimento nacional e que será, no futuro, integrado em todas as plataformas aéreas, terrestres e navais, permitindo o compartilhamento de informações de radares, troca de mensagens, vídeos além de outras aplicações táticas, como o conhecimento do posicionamento e localização de cada força amiga disposta num mesmo ambiente operacional. A principal contratada é a AEL Sistemas, que tem a Aeromot responsável pelas modificações estruturais e a Kryptus, na parte de segurança. Sobre este programas, perguntamos: Qual é hoje o planejamento de introdução em serviço do IFF Modo 4 e do Link BR2?

Foto: FAB

Resposta: O IFF Modo 4 está em fase final de desenvolvimento, com entregas previstas ao longo de 2023. Há previsão de ser integrado à aeronave F-39 em sua versão BCU Basic Capability Update em junho de 2024. Quanto ao Link-BR2, a previsão de término do desenvolvimento é para agosto de 2024. O Link-BR2 está instalado em duas aeronaves F-5M (protótipos do projeto), em estações de solo e já demonstrou comprovação de diversas funcionalidades. A integração do sistema às aeronaves F-39 Gripen tem previsão de ocorrer em novembro de 2026. Recentemente, em fevereiro de 2023, o MD (Ministério da Defesa) publicou Instruções Normativas instituindo Grupos de Trabalho com a finalidade de elaborar o Conceito Operacional Conjunto – CONOPS do Link-BR2 e do IFFM4BR, onde será feita uma reavaliação de tudo o que foi desenvolvido até aqui. A expansão do conceito irá incrementar a interoperabilidade entre as Forças Armadas. A FAB foi designada como Força líder na condução desses trabalhos.

Artigos Relacionados

Formulação Conceitual dos Meios Blindados do Exército Brasileiro ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO-PORTARIA Nº 162-EME, DE 12 DE JUNHO DE 2019 Documento...

Pela primeira vez no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) por helicóptero, foi a chamada Operação MANGA. Na...

A Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) publicou, na última sexta-feira, dia 19 de abril, um pedido de cotação...

O crescimento da Base Industrial de Defesa e Segurança Pública (BIDS) torna esse setor ainda mais estratégico e relevante para...

Em comemoração a semana do Exército, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) está organizando uma série de eventos na Capital Paulista,...

O Ministério da Defesa (MinDef), por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (SeProD), acompanhou, entre os dias 15 a...

Comentários

23 respostas

  1. a um equívoco na questão do número de kc-390 na verdade nos vamos receber o 6 no caso o Fab2858 e em seguida o 7 que pode ser o fab-2852 vulgo pt-zng .

    1. A FAB recebeu 99 exemplares. O atrito operacional foi de aproximadamente 10 aviões que hoje estão divididos entre três esquadrões de caça, um esquadrão de formação de pilotos de caça e a Esquadrilha da Fumaça.

        1. Na verdade os esquadrões de caças variam de número. Já tivemos o esquadrão Pacau em Manaus que operava 6 caças F-5M apenas. Os esquadrões de Super Tucanos são 4, sendo que um deles é voltado para treinamento de pilotos em Natal RN. Ainda tem a esquadrilha da fumaça que opera 7 aeronaves para demonstrações aéreas. No total de 99 aviões recebidos estão operativos 89 AT29 Super Tucano. Então os esquadrões com certeza contam com mais de 12 aviões em cada. Mas no caso de caças mais pesados (AMX, F-5) a média na FAB é de 14-16 caças por esquadrão.

        2. Era para ter um quinto esquadrão em São Gabriel da Cachoeira AM, mas nunca saiu do papel, foi planejado apenas. Foram adquiridos 76 aviões de um lugar e 23 de dois lugares, sendo que a maioria deste último fica em Natal.

      1. Alem da modernização dos exemplares da frota deveria se estudar a adoção de no minimo mais 20 ou 10 exemplares, repondo o atrito e prevendo futuros. Lembrando que esse dinheiro voltaria aos cofres públicos em forma de imposto e salários circulando no mercado interno

  2. Parabens pela materia, bem esclarecedora.
    Lamento pelo longo prazo para a entrega do KC390 um equipamento importante tanto para a força, mais principalmente para o estado brasileiro.
    Seria possivel saber sobre a aviação de patrulha? Quais os planos já que os meios são ká bem antigos.

  3. Boa noite Senhores camaradas do TECNODEFESA!

    Alguns sites especializados em assuntos de defesa, tem veiculado um crescente interesse “desvelado” por parte da FAB de uma aeronave de treinamento à reação. Há muitas opções no mercado (há rumores de que os fabianos têm preferência pelo modelo italiano Leonardo M346 AJC)

    E pensar que a EMB chegou ter na prancheta um LIFT e tanto naquela época como agora mesmo, há muitos que torcem o nariz para um LIFT, dizendo não haver necessidade, que o A29B dá conta etc.

    Eu defendí e sigo defendendo, até porque, com a baixa dos A1 e F5 a FAB vai precisar de um “pé de boi” um faz tudo.

    Vamos ver no que vai dar…

    Sgt Moreno
    (CM)

  4. Faltou aeronave de patrulha naval e sobre a possibilidade de um LIFT mas no geral a matéria foi bem esclarecedora.

  5. Concordo em grau e gênero, sempre defendi a adoção de um Lift e fui muito criticado, alguns “especialistas” são contrários a essa idéia e acham que a combinação ST/Simulador será o suficiente para preparar os futuros Caçadores porém essa conta não fecha, por esse modelo teremos muitos pilotos e poucas aeronaves e piloto de verdade precisa voar de verdade para atingir níveis elevados de eficiência e preparo psicológico associado ao combate, o simulador é uma excelente ferramenta mas nunca irá substituir a realidade, além do Gap abismal entre o ST e o Gripen…

  6. Eu era contra a aquisição de um LIFT mas com a baixa dos A-1 ficará esta brecha no ataque(por mais que o Gripen seja multirole) e um M-346 cairia como uma luva treinando e sendo o cara do ataque dedicado, aguardemos.
    Obs. excelente matéria, boas perguntas(sendo escorregadas na resposta pela FAB).

      1. A linha fechou a muito tempo tanto aqui quanto na Itália então seria difícil fazer um novo A1, ou, faz do zero, ou, compra feito…

      2. Uai a Akaer não está envolvida no projeto turco Hurjet ??? Entrar lá com eles ou quem sabe ir de T-7 Red Hawk e mantém o negócio com a SAAB.

  7. excelente entrevista,
    vcs poderiam postar algum assunto referente a produção de drones no Brasil (capacidade de ataques, modelos) e a provável adquirencia por parte das Forças Armadas ?

    obg

  8. Quando se fala de substituir o “BANDEIRANTE” é um crime se falar de “Cesna 408” uma vez que temos um projeto moderno e Tupiniquim que é o ATL-100 da Desaer.
    Com configurações similares, porta traseira que facilita embarque e desembarque de mercadorias, podendo levar inclusive um utilitário a bordo, paraquedistas.
    Temos que prestigiar a indústria nacional, que nessa área é uma das melhores do mundo.

    1. o ATL-100 é um projeto , Cessna 408 é um produto de um empresa que produz aeronaves, simples assim. Crime seria torra dinheiro em um projeto e em um empresa que também é um projeto.

    2. A Desaer é uma microempresa que apenas desenhou o ATL-100. Para esse desenho virar um avião ela primeiro precisa encontrar investidores para se tornar uma grande empresa, contratar dezenas de engenheiros e técnicos e fabricar alguma coisa, depois partir para efetivamente projetar, contratar centenas de engenheiros e técnicos e fabricar uma aeronave desse porte. Não tem como pedir para o governo investir, a fundo perdido, bilhões de reais numa microempresa sem experiência prévia.
      Para comparar, a Novaer, que era uma indústria maior e que era fornecedora de peças aeronáuticas não deu conta de industrializar um avião treinador, que é muito mais simples e barato que o ATL-100.

  9. Vizinha da Embraer em São José dos Campos (SP), a Desaer (abreviação para “Desenvolvimento Aeronáutico”) apresentou nesta semana os primeiros detalhes do projeto ATL-100, aeronave que a empresa acredita ser o substituto ideal para os antigos turbo-hélices EMB-110 Bandeirante.
    Formada por ex-funcionários da Embraer, a Desaer está instalada na Incubaero, uma incubadora de empresas e projetos aeronáuticos da Fundação Casimiro Montenegro Filho, no DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.
    O ATL-100 é um avião da categoria “Commuter”, também chamados no Brasil de “aviões-utilitários”. Por definição, esse é um segmento restrito a aeronaves com motores turbo-hélice, capacidade para até 19 passageiros, peso máximo de decolagem em torno de 8.600 kg e sem cabine pressurizada, a asa alta e o conjunto de trem de pouso fixo tem potencial para ser um avião único em sua categoria por conta da porta/rampa na traseira da fuselagem.
    O nome ATL-100 é uma sigla para “Avião de Transporte Leve”. Segundo dados da fabricante, o modelo é projetado para voar a velocidade máxima de 430 km/h (e cruzeiro de 380 km/h) e terá uma autonomia de aproximadamente 2.000 km (ou cerca de 570 km totalmente carregado). A aeronave também já tem preço: US$ 5,5 milhões (R$ 21,3 milhões).
    Apesar de novata no mercado, a Desaer já está chamando atenção. “As forças armadas do Brasil já demonstraram interesse no ATL-100, assim como a Embraer e até mesmo a Boeing. Também já conversamos com a companhia aérea Azul, que está interessada nesse ramo de aeronaves para aviação regional”, e a empresa já foi procurada por fundos de investimentos do Oriente Médio e da China, que demonstraram interesse de investir no ATL-100.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

DISPONÍVEL