Portugal adquire o CAESAR

No dia de hoje, 26 de outubro, ocorreu a assinatura do acordo (Framework Arrangement) para a aquisição de 36 viaturas blindadas de combate obuseiro autopropulsado 6X6 CAESAR pelo Exército Português (EP).

O contrato, que ocorreu no Parque Urbano do Rio Diz, na cidade de Guarda, durante as comemorações do Dia do Exército, foi assinado pelo ministro da Defesa português, Nuno Melo, e pelo diretor do desenvolvimento internacional da Direção Geral de Armamentos (“Direction générale de l’armement” – DGA), general Diaz da Tuesta, contando com a presença da  embaixadora da República Francesa, Hélène Farnaud-Defromont, e do diretor-geral de recursos de defesa nacional, Dr. Vasco Hilário, tendo como cenário a EXPO EXÉRCITO, realizada no âmbito das Comemorações do Dia do Exército.

O CAESAR, acrônimo de “CAmion Équipé d’un Système d’ARtillerie” (“Caminhão equipado com um sistema de artilharia”, em português), será produzido pela KNDS na França, está equipado com um obuseiro de 155mm e 52 calibres, e é dotado dos mais modernos sistemas de controle de tiro da OTAN, sendo capaz de acertar alvos em até 50km de distância com extrema precisão.

É considerado um dos melhores de sua categoria no mundo, já tendo sido adquirido por mais de 12 países, tendo um enorme destaque na Guerra da Ucrânia (sendo considerado um dos alvos primários dos ataques russos). Em Portugal irão substituir os antigos obuseiros autorebocados M114A1, de 155mm e 23 calibres, dos seus regimentos de Artilharia, elevando em muito seus padrões operacionais.

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Respostas de 16

    1. Sapiência, o Brasil é produtor, e de sistema mais completo
      ….”O Astros II (Artillery SaTuration ROcket System, ou Sistema de Foguetes de Artilharia para Saturação de Área) é um sistema de lançadores múltiplos de foguetes fabricado pela empresa brasileira Avibras. É capaz de lançar munições de diferentes calibres a distâncias entre 9 e 300 km, bastando trocar os casulos de onde se disparam os foguetes. É empregado para abater alvos de grande importância, além de alvos estratégicos. Pode ser empregado em defesa de solo, bem como na defesa do litoral, particularmente em operações contra desembarque anfíbio”…

      1. São armamentos complementares. E os Astros ainda não tem capacidade acertar alvos a 300km (trata-se de mera expectativa, ainda mais em razão da empresa estar em recuperação judicial, pode ser que nunca chegue a ter essa capacidade).

          1. Atualmente, estaria sendo negociada por um investidor brasileiro(anônimo), e que a negociação estaria bem avançada.

    2. Era melhor o Brasil fazer negócios com outros países para compra dos novos obuseiros já que as relações diplomáticas entre Israel e Brasil já não estão boas mesmos (persona non grata)

  1. Bom dia paulo !!

    Uma dúvida em relação a licitação do obuseiro autopropulsado 6X6 feita pelo Brasil. Com o veto do governo em respeitar o resultado ganho pelo ATMOS, o exército vai iniciar uma nova licitação (pela urgência da necessidade de aquisição)? Ou tem alguma chance do exército ir pelo segundo colocado o ZUZANA? Na minha opinião o alto comando do exército não vai ficar parado esperando terminar a guerra no oriente médio para resolver essa questão.

    Abraço

    1. Concordo, havendo um segundo colocado viável não há pq ficar nesse limbo. Nossa situação com Israel não vai se resolver no médio prazo, quem perder será o próprio EB que não terá essa capacidade.

  2. Há uma corrida armamentista muito forte no mundo. O Brasil precisa cada vez mais de modernização de seus equipamentos bélicos.Nao temos guerra atualmente, precisamos e estar preparados para o futuro do nosso País que cresce a cada dia. Isso também deve fazer parte do esforço. Para o desenvolvimento econômico e social de todos nós. Ou seja, uma ação não resolve sem outras ações.

  3. Por que o EB não escolheu de uma vez este obuseiro, assim evitava problemas, todos sabiam das questões do governo com Israel. O mais importante é ter logo um bom equipamento.

    1. O Caesar foi um dos veículos obuseiros autopropulsados que participaram do processo licitatório conduzido pelo Exército Brasileiro no primeiro semestre deste ano cujo vencedor foi o Atmos da empresa israelense Elbit Systems. Após a conclusão de todo o processo de seleção, Infelizmente o EB foi impedido de assinar o contrato devido à interferência ideológica de um membro do governo que por ironia já foi ministro de defesa mas que mostra não saber coisa alguma sobre o assunto, uma vez que muitos dos ativos das forças armadas são de origem israelense a serviço de proteção da nossa soberania e que servem como instrumento dissuasório (míssil Iris T, Drone RQ 900, torre UT30BR, o painel do Gripen NG, apenas para citar alguns). Não se pode confundir as decisões do primeiro-ministro de Israel e deu seu governo com empresas que pertencem ao povo de Israel e que tem subsidiárias no Brasil as quais proporcionam empregos a brasileiros além de oferecer aparelhamento às nossas forças armadas. Vivemos tempos de guerras na Europa e no Oriente Médio, o nosso país é imenso e conta com riquezas naturais que podem resultar em cobiça e conflitos com outros povos, vide o que aconteceu na Ucrânia onde uma outra nação invadiu suas fronteiras e se apoderou de parte do seu território. Por isso, precisamos de forças armadas muito bem equipadas para inibir invasores. Brasil, abre teu olho e dê mais atenção ao Setor de Defesa reservando uma fatia maior do orçamento para essa área, pois em torno de 1% mal paga a folha de pessoal das forças, sem permitir o devido aparelhamento que é urgente.

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