Poker e Centauro concluem campanha de emprego de bomba laser

Sediados na Base Aérea de Santa Maria (RS), o 1º/10º GAV “Esquadrão Poker” e o 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro” realizaram, de 25 a 29 de julho, uma campanha de emprego de bombas guiadas a laser.

Equipados com pods designadores laser Rafael Litening III, os AMX utilizaram as bombas convencionais BAFG-230 (248kg) montadas em kits de guiamento laser Rafael Lizard II.

Os caças atacaram alvos preparados no estande de tiro em Saicã (RS) nas modalidades de bombardeiro nivelado e TOSS. Nesse último, o piloto comanda uma manobra vertical, sendo a bomba “catapultada” pela força G e orientada até o impacto contra o alvo. Dessa maneira, o ataque é feito à maior distância reduzindo a exposição do caça às defesas inimigas. “O lançamento de bombas pelo método Continually Computed Release Point TOSS à baixa altura é bem apropriado para cenários modernos de alta ameaça. O A-1M, associado ao uso dos sistemas de guerra eletrônica como o Missile Approach Warning System (MAWS, que alerta sobre mísseis disparados contra o caça) e do Active Electronic Counter-Meassure (AECM interferidor ativo de contramedidas eletrônicas) amplia consideravelmente as suas chances de sobrevivência empregando por CCRP (quando se tem o ponto de impacto desejado do alvo) TOSS em missões de ataque em cenários em que a presença de defesas antiaéreas de longo alcance seja significativa. Assim, na guerra aérea moderna, é fundamental que o piloto treine a modalidade e entenda as suas peculiaridades de aplicação”, explica o Tenente-Coronel Eduardo Snidarsis de Vasconcellos, comandante do 3º/10º GAV “Esquadrão Centauro”.

Os esquadrões também treinaram o tiro terrestre com os canhões de 30mm com o lançamento de flare.

“Os Exercícios Técnicos realizados no estande de tiro de Saicã tem por objetivo o adestramento de táticas, técnicas e procedimentos de emprego ar-solo utilizando armamento real ou de treinamento. Dessa forma, os esquadrões que operam o caça-bombardeiro A-1M avaliam a eficácia das tripulações, dos mantenedores e do sistema de armas em si.

Assim, a Força Aérea Brasileira mantém as capacidades necessárias para a manutenção da soberania nacional”, explica o Tenente-Coronel Marcio Rassy Teixeira, comandante do 1º/10º GAV “Esquadrão Poker”.

Os caças AMX são os únicos a deter, na FAB, a capacidade de emprego de armamentos ar-solo guiados e dos sensores de reconhecimento tático e de designação de alvos Rafael Reccelite II e Litening III, respectivamente. Com a modernização, essas aeronaves receberam tecnologia do estado da arte, algumas inéditas na aviação de caça da FAB, como o MAWS e o NAV-Flir (sistema termal para navegação em condições meteorológicas adversas).

O A-1M conta, ainda, com radar multimodo e novo interferidor ativo para contramedidas eletrônicas.

Aliado à capacidade de penetração a baixa altura em território inimigo com grande alcance e sobrevivência em ambiente hostil, o A-1M representa importante vetor estratégico e dissuasório para o Brasil.

 

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Comentários

3 respostas

    1. Capacidade de sistemas e aviônicos, tem. Na modernização, se previu esta capacidade. Bastaria equipá–los com os pods Litening para o lançamento de bombas guiadas. Mas, a FAB optou por utilizar os F-5M preferencialmente em missões ar-ar, enquanto os A-1M se dedicam às missões ar-solo. Apesar disso, os F-5M realizam 1 ou 2 campanhas dedicadas ar-solo por ano, para seus pilotos manterem a proficiência neste tipo de missão. Aqui em Santa Maria, os F-5M operam 1 ou 2 vezes por ano, durante 2 ou 3 semanas em cada vez, onde treinam exclusivamente ataques ar-solo, no estande de tiro de Saicã.

  1. AMX poderiam ser substituídos por F-39C, baratos de operar e adquirir, custam a metade do preço da versão Echo e e são suficientemente modernos pra modo ar-solo empregando toda a tecnologia disponível no mercado hj em dia, além de poder ser empregado em ar-ar, coisa que o AMX não poderia fazer a a contendo.

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