Marinha realiza Cerimônia de Batimento de Quilha da primeira Tamandaré

A Marinha do Brasil (MB) acompanhou na sexta-feira, 24 de março, o batimento da quilha da primeira fragata da classe Tamandaré durante uma cerimônia realizada no Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), em Itajaí (SC).

O Brasil encomendou quatro fragatas que serão construídas e terão os seus sistemas integrados pelo Consórcio Águas Azuis, formado pela Embraer Defesa e Segurança, Atech e Thyssenkrupp Marine Systems.

Na quilha, uma importante parte estrutural do navio, será feita a montagem das demais partes e módulos de sua construção. O seu peso é de 52 toneladas e corresponde à praça de máquinas da parte de vante (frente) do navio, onde serão instalados dois motores, uma caixa redutora e diversas bombas e equipamentos auxiliares.

O programa foi iniciado em 2017 para substituir meios que se encontram obsoletos e em fase final de operação na Esquadra da MB.

Em 27 de março de 2019, o Consórcio Águas Azuis foi escolhido o vencedor e em 5 de março de 2020. Naquele momento, foram assinados o contrato principal para aquisição, com construção no País, de quatro Fragatas, e o contrato que trata do acordo de compensação (offset). Este último tem como objetos as transferências de conhecimento e de tecnologia referentes ao Sistema de Gerenciamento de Combate e ao Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma, bem como cursos de operação e manutenção das futuras Fragatas.

O lançamento do primeiro de quatro navios (F 200) deve acontecer em meados de 2024 e a entrega para a MB em dezembro de 2025. De 2027 a 2029, na cadência de um por ano, os demais exemplares. O alvo é ampliar o pedido para mais duas fragatas, elevando a quantidade final para seis.

Dois mil empregos diretos e 6 mil indiretos devem ser gerados no auge da produção dos navios que terá pelo menos 30% de conteúdo local no primeiro navio e 40% a partir do segundo. Assim, proporcionará gradual transferência de tecnologia em engenharia naval para a fabricação de navios militares e sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma em solo brasileiro. As fragatas serão baseadas no projeto alemão MEKO, já utilizado em 82 embarcações em operação em marinhas de 15 países.

Equipamentos e sistemas

A Atech tem sido a responsável pelo sistema de datalink e pelo sistema de gerenciamento de combate em parceria com a ATLAS ELEKTRONIK, além do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma (IPMS) com a L3 Harris.

Muitos dos equipamentos a serem operados nas fragatas foram escolhidos. Dos armamentos, o canhão Leonardo 76/62mm SR; o canhão Rheinmetall Sea Snake 30mm; sistema de lançamento de torpedo SEA TLS-TT; Sistema de Despistamento Terma C-Guard; e o MAS MBDA SEA CEPTOR.

A suíte de sensores é integrada pelo radar de busca volumétrica Hensoldt TRS-4D ROT; pelo radar de direção de tiro Thales STIR 1.2; pelo sonar de casco Atlas Elektronik ASO 713; radar de busca de superfície Raytheon (Banda S); MAGE MB/Omnisys  Defensor MK3; alças optrônicas Safran PASEO XLR; e radares de navegação Raytheon (Banda X).

Arte: cabo Schulze

A Rohde & Schwarz é a responsável pelo design, desenvolvimento, produção, integração e aceitação de toda a suíte de comunicação interna e externa. O sistema de gerenciamento de combate é o Atlas-ANCS; e o sistema integrado de gerenciamento de plataforma é o L3 Mapps. A propulsão será por um motor de combustão principal MAN–12V 28/33D STC.

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