Marinha não consegue encontrar empresas interessadas em suas unidades fabris

Em 18 de novembro de 2024, a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), informou que seria realizada a licitação, no modo de disputa fechado (MDF), nº 046/2024, para a transferência de operação da Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos (FAJCMC), para a iniciativa privada.

FAJCMC

Localizada no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro (RJ), a FAJCMC é a unidade fabril de munições da Marinha do Brasil (MB), que incluem navais de 4,5’’ e 5’’, artilharia de 105 e 155mm, morteiro de 120mm, carros de combate 105mm (105x528mm), antiaérea de 40 e 57mm, dentre outras.

Todavia, no dia de hoje, 19 de fevereiro, a divisão de licitações do Departamento de Obtenção da EMGEPRON, enviou um e-mail paras as empresas prospectadas anteriormente, informado o que o processo foi declarado “DESERTO” por não ter recebido propostas.

No comunicado é informado que o processo será republicado futuramente, mas sem prazo para definido.

O processo se repete na Ilha das Cobras

Da mesma forma como ocorreu no processo anterior, em 20 de dezembro de 2024, a MB publicou o pedido de manifestação (“Request for Information” – RFI) 01/2024, visando estabelecer futuras parcerias com empresas privadas, nacionais ou estrangeiras, por meio de um processo de cessão de uso onerosa, para a exploração de áreas operacionais do Complexo Naval da Ilha das Cobras (CNIC), onde se localiza o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e a Base Naval da Ilha das Cobras (BNIC).

Localizado na região portuária do centro da cidade do Rio de Janeiro, o CNIC é onde fica as principais instalações da MB para a produção e reparo de embarcações.

O objetivo da MB era de modernizar todo o seu complexo naval, através de contrato de parcerias público-privadas (PPP), e o prazo limite para envio das respostas era 14 de fevereiro de 2025, mas, também devido à falta de interessados, o prazo foi estendido até o dia 28.

Ilha das Cobras

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Respostas de 10

  1. A 30 anos, a marinha tinha mais navios em uma só classe que todos os navios hj em atividade, sem exercios de tiro, sem carros de combate, tbm para usar essas munições, só na dependênsia do mercado externo, wue sofre embargos o tempo todo, torna suas operações muito problemática. Realmente será difícil alguém querer se unir as F A brasileiras hoje em dia, pois seus investimentos são sempre cortados e comprometeria a atividade da empresa..

  2. Poderiam fazer acordos com as universidades federais, particulares e empresas privadas. Se puder segregar as produções por grau de necessidade. iniciar com acordos bilaterais Marinha e Universidades Públicas. Agora, tem que avançar um pouco e destacar também a fabricação de munição para drones marinhos e aéreos. Afinal, é mais fácil produzir milhares de drones do que uma dezena de navios de guerra. Até porque esse time de produzir navios, submarinos em 10 anos ou mais, não cabe no cenário atual de ação as ameaças conhecidas. Devemos reciclar metais dos ferros velhos pelo país (o governo deveria incentivar isso) e iniciar produção em massa para ações militares. Esse já é um bom motivo para não terem empresas interessadas. A não ser que a munição de drones fosse a mesma. Nossa Marinha precisa mais de drones aéreos e marinhos (no momento) do que navio e submarino pra daqui 10, 20 ou 30 anos.

  3. Na atual conjuntura, onde o mundo da tecnologia militar deu um salto gigantesco com novas e mais vantajosas armas no campo prático da empregabilidade. Olhar para essa modalidade que a MB apresenta deixou de ser a maior prioridade. Contudo, países dentro do Continente Africano como a Namíbia que está localizado a sudoeste do continente e outros países ali localizados, podem ser alvos desse interesse, ora apresentado pela Marinha do Brasil.

    Outrossim, uma campanha de publicidade seria um bom instrumento para despertar mais a atenção.

  4. O problema da nossa indústria Bélica, é o mesmo problema de todas as empresas Públicas do Brasil:
    1. Falta de programação a longo prazo e manutenção dos programas.
    2. Ingerência Política dos governos sobre as Políticas de estado.
    3. Ausência de uma Gestão autárquica dos projetos das Forças armadas.
    O momento em que essas principais questões forem corrigidas , nós teremos uma das Forças armadas mais respeitadas do mundo !!

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