KC-390 e Lineage 1000 puxam prejuízo de R$ 669 milhões na Embraer

O incidente com o protótipo do KC-390 que saiu da pista teve um impacto de R$ 458,7 milhões, segundo números divulgados pela fabricante brasileira, acarretando o adiamento da primeira entrega para o 2º semestre de 2019.

Outro revés, a falta de encomendas para o jato executivo proh, levou a uma revisão de metas, adicionando a conta um prejuízo de R$ 238,2 milhões.

Segundo analistas, esse cenário negativo recebeu mais um reforço, a falta de crescimento nos contratos futuros derrubando o preço das ações da empresa brasileira.

É o primeiro resultado negativo desse tipo em 20 anos, segundo analistas. A empresa foi privatizada em 1994.

Fusão Boeing x Embraer

O longo e complexo processo de compra da Embraer pela Boeing tem seus riscos, e a fabricante brasileira já sente “na pele” alguns efeitos dessa fusão ainda não concluída.

Os recentes acidentes envolvendo o Boeing 737-MAX “groundearam” a frota mundial do modelo e surgiram os primeiros cancelamentos de encomendas por parte de companhias aéreas temerosas em receber um avião supostamente “com defeito”.

As ações dos dois fabricantes (por associação) sofreram quedas nas bolsas de valores. os papéis da Embraer perderam 0,16% do seu valor.

Tirando da equação a perda de vidas humanas, a situação da Boeing com seu modelo 737 MAX, que impulsionaria (teoricamente) as encomendas dos novíssimos E2 E-Jet, agora causa efeito contrário ao diminuir o valor de mercado da empresa brasileira.

Questionado sobre o prejuízo, o vice-presidente financeiro e de relações com os investidores, Nelson Salgado, disse que a empresa segue agora em uma rota positiva. “O grande resultado que esperamos para este ano é a conclusão do deal”, afirmou o executivo, em teleconferência com jornalistas, referindo-se ao acordo com a Boeing.

 

Desconsiderando os fatos não recorrentes, a Embraer apresentou lucro de R$ 800 milhões em 2018, queda de 38% na comparação com o ano anterior.

Em nota, a companhia informou que o resultado reflete um menor número de entrega de aeronaves à medida que novos modelos de aviões foram introduzidos no mercado.

Em relatório do analista Lucas Marquiori, o Banco Safra informou aos seus acionistas e ao mercado que já esperava os fracos resultados do quarto trimestre e que os preços das ações refletiriam esses números.

A Embraer sinalizou que teria um fraco desempenho quando revisou para baixo suas expectativas para 2018 e as entregas do último trimestre. “As entregas mais brandas da Embraer no trimestre já estavam no radar. As menores entregas nos últimos três meses de 2018 já foram antecipadas pela companhia quando revisou seu guidance (expectativas) para 2018. Portanto, já vemos isso refletido nos preços das ações”, finaliza Marquiori.

Portifólio de tecnologias da Embraer Defesa & Segurança. Imagem: EDS

 

 

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  1. Chega a ser curioso justamente no momento em que a Boeing quer comprar a Embraer ela anúncio um balanço com prejuízo.e no mínimo estranho

  2. Materia totalmente equivocada e tendenciosa a tentar justificar a venda da Embraer para Boeing…

    Quem trabalhou la dentro por mais de 10 anos, como eu, tava careca de saber que o Lineage nasceu com a ideia de atender uma demanda minima do mercado arabe. Sabia se desde o inicio, em 2006 que ele nao decolaria, como em 2008 ja era consentimento geral, ou seja, a mais de 10 anos o Lineage foi jogado a escanteio.
    O KC-390 foi turbinado com uma soma vultosa de dinheiro publico e o desenvolvimento foi feito somente com os pagamentos da FAB, qdo o governo entrou em crise e cortou os investimentos, a Embraer simplesmente deixou o projeto de lado dando total importancia para o E2.
    Lucrou exacerbadamente com a aviação comercial e agora quer ludibriar a opinião publica com mentiras.
    Portanto parem de alimentar essas fake-news!

  3. Somente a Embraer jatos comerciais estão sendo vendidos , portanto prejuízos com jatos executivos como Lineage 1000 nada irá influenciar na negociação. Aliás a Embraer tem que repensar urgentemente na autonomia do Lineage 1000, que perde para todos os jatos da categoria. A concorrência tem autonomia que consegue ir de Dubai/ Nova York, Los Angeles/Tokio, Londres/Pekim, Los Angeles/Singapura. Pagar 55 milhões de dólares e não ter autonomia para deslocar sem escala para as principais cidades de negócios no mundo, não faz sentido.

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