Hensoldt Peri R17 Attica: “Ver e atirar primeiro, acertar no alvo enquanto já designa outro”

Essa habilidade, vital para os carros de combate Leopard 2 é possível devido ao emprego de uma moderna tecnologia fornecida pela Hensoldt, a mira periscópica Peri R17.

Dotado de um sistema de visão termal de terceira geração e longo alcance, o Attica, o periscópio Peri R17 permite ao comandante fornecer ao artilheiro alvos marcados, de dia ou a noite, e designar outros alvos sem demora.

A aquisição de alvos separada de seu engajamento permite reações mais rápidas.

Os periscópios giro-estabilizados da Hensoldt equipados com o Attica podem operar em condições climáticas adversas e sob escuridão, enxergando através da poeira e neblina.

A visão panorâmica do engajamento é mantida mesmo em situações extremamente adversas como o combate em terreno acidentado.

O Peri R17 possui eixo duplo e linha de visão estabilizada, entregando sob qualquer situação uma imagem clara e estacionária.

O sistema Attica atende aos requisitos complexos apresentados pelos cenários de missão atuais.

Este equipamento, que já foi selecionado para o veículo de combate de infantaria blindado Puma, está se transformando em uma unidade padrão usada em todo o Bundeswehr, especialmente na força de tanques e infantaria mecanizada, bem como na artilharia.

Isso resulta em benefícios logísticos e uma redução nos custos operacionais com o emprego de equipamentos para imagem térmica da mesma família de produtos.

Como conseqüência dessa decisão alemã, outros estados integrantes da associação “LEOBEN” de usuários internacionais dos KMW Leopard 2 também estão adquirindo ou planejando adquirir o Peri R17, padronizando ainda mais o nível da configuração de usuários do Leopard 2.

Modernização dos Leopard 1A5 BR

Entre os itens apontados para a modernização dos KMW Leopard 1A5 BR, no que se refere a torre, está a aquisição e integração de um novo conjunto de sensores e sistema de controle de tiro capaz de maximizar a performance em condições all weather, permitindo aos carros modernizados iniciar um engajamento com muito maior alcance e letalidade assegurada no 1º disparo.

O EMES 18, atual sistema que equipa os Leopard brasileiros, apresenta um modulo de visualização com 02 (duas) janelas de observação, sendo um periscópio que reflete a imagem de um espelho polido com um reticulo padrão OTAN, para engajamento de alvos e a segunda produz os termogramas gerados pelo sistema de imagem termal, chamados respectivamente de canal diurno e canal termal.

O espelho do canal diurno é também por onde ocorre a telemetria laser, tanto emissão quanto recepção, operação fundamental no aumento da precisão dos tiros, pois é através desta telemetria que os dados de distância do alvo são inseridos diretamente no computador de tiro para o correto posicionamento da pontaria ou do canhão, quando estabilização ligada.

O canal diurno propicia observação com um aumento de 12x fixo, dando ao atirador uma percepção de um cone de visão de apenas 05º, estando sua visão intrínseca com o movimento do canhão.

Uma deficiência do EMES-18 que o Peri R17 com Attica corrige é o fato de não existir alguma indicação de referência da posição da torre em relação ao chassi, quando o atirador está observando pela ocular, fato que traz grande desorientação aos operadores.

A necessidade de o atirador ter que parar a busca de alvos para se orientar com relação à direção de pontaria abre espaço para uma ameaça engajar o blindado sem que este possa se defender.

O equipamento termal do CC é considerado de primeira geração (anos 80/90) e pode buscar alvos tanto de dia quanto de noite, sendo facilitado quando há maior contraste térmico do ambiente.

O sistema necessita ser resfriado, a -196ºC, fato que demanda uma grande quantidade de eletricidade além de um desconforto sonoro interno devido ao barulho do sistema de arrefecimento quando em funcionamento.

Uma das características desse sistema apreciada pelas tripulações brasileiras é possuir dois campos de visão comutáveis, podendo o atirador trabalhar com um aumento de 4x, aproximadamente 14º de cone de visão e os mesmos 12x do canal diurno.

O modo termal de 1ª geração possibilita uma visão de aproximadamente dois km de profundidade com clareza para identificação, sendo que em distancias maiores há detecção de silhuetas ou assinaturas termais, mas é dificultada a confirmação da natureza do alvo.

Um novo módulo de visão termal de 3ª geração como o sistema Attica integrado ao Peri R17 seria de grande vantagem em um pacote de modernização de meia vida (MLU), aumentando a capacidade de detecção, identificação e engajamento em todo o alcance útil do armamento de 105 mm L7 dos Leopard 1A5 BR.

Artigos Relacionados

Formulação Conceitual dos Meios Blindados do Exército Brasileiro ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO-PORTARIA Nº 162-EME, DE 12 DE JUNHO DE 2019 Documento...

Pela primeira vez no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) por helicóptero, foi a chamada Operação MANGA. Na...

A Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) publicou, na última sexta-feira, dia 19 de abril, um pedido de cotação...

O crescimento da Base Industrial de Defesa e Segurança Pública (BIDS) torna esse setor ainda mais estratégico e relevante para...

Em comemoração a semana do Exército, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) está organizando uma série de eventos na Capital Paulista,...

O Ministério da Defesa (MinDef), por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (SeProD), acompanhou, entre os dias 15 a...

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

DISPONÍVEL