Guarani faz sua estreia operacional na Amazônia

Durante a Operação Amazônia 2021, três viaturas blindada de transporte de pessoal – média sobre rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani, equipadas com o sistema de armas remotamente controlado (SARC) REMAX e pertencente ao 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec), de Bela Vista (MS), que foram temporariamente integradas à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada (13ª Bda Inf Mtz), de Cuiabá (MT), para o exercício, sendo esta a primeira vez que este sistema de armas é operado no teatro de operação amazônico.

Estas viaturas participaram ativamente no “ataque e retomada” da localidade de Careiro, no Estado do Amazonas, integrando a Força Tarefa FT 44 BIMtz, onde fizeram uma incursão fluvial, transpondo os 200 metros de correnteza do Rio Castanho.

A macha, o ataque e a tomada da localidade de Careiro (AM)

As VBTP-MSR 6X6 Guarani estão em uso em Organizações Militares (OM) de todos os Comandos Militares do Exército, à exceção da Amazônia (CMA) e do Norte (CMN), porém suas entregas estão previstas para iniciar no próximo ano e primeiras unidades a recebe-los serão o 12º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (12º Esqd C Sl), de Boa Vista (RR), e o 23º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (23º Esqd C Sl), de Tucuruí (PA).

Em 29 de agosto houve um exercício de tiro, com a participação dos Guarani REMAX

Operação Amazônia 2021

A Operação Amazônia 2021 é o maior exercício de defesa externo já realizado pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), sendo desenvolvido no contexto do amplo espectro dos conflitos armados e da guerra híbrida, envolvendo a combinação simultânea de operações ofensivas, defensivas e contra forças irregulares. Na esteira da exitosa Operação Amazônia 2020 e adequando-se à atual conjuntura, o adestramento, no corrente ano, e teve a duração aproximada de cinco meses, divididas em diversas fases.

Participaram dela cerca de 3.800 militares, de diversos Comandos Militares, da Marinha e Força Aérea, onde destacamos as seguintes OM:

CMA

  • 12ª Região Militar (Manaus/AM);
  • 1ª Brigada de Infantaria de Selva (Boa Vista/RR);
  • 2ª Brigada de Infantaria de Selva (São Gabriel da Cachoeira/AM);
  • 16ª Brigada de Infantaria de Selva (Tefé/AM);
  • 17ª Brigada de Infantaria de Selva (Porto Velho/RO);
  • 2º Grupamento de Engenharia (Manaus/AM);
  • 4º Batalhão de Aviação do Exército (Manaus/AM);
  • 12º Grupo de Artilharia Antiaaérea de Selva (Manaus/AM).

Outros Comandos

  • Comando de Artilharia do Exército (Formosa/GO);
  • Comando de Operações Especiais (Goiânia/GO);
  • Brigada de Infantaria Pára-quedista (Rio de Janeiro/RJ);
  • 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (Dourados/MS);
  • 13ª Brigada de Infantaria Motorizada (Cuiabá/MT);

Marinha do Brasil

  • 9º Distrito Naval (Manaus/AM).

Força Aérea Brasileira

  • Ala 6 (Porto Velho/RO);
  • Ala 7 (Boa Vista/RR);
  • Ala 8 (Manaus/AM).

A manobra é caracterizada por diversos tipos de operações de guerra, como ofensiva, defensiva e contra forças irregulares, onde são empregados vultosos meios militares: blindados, helicópteros, navios de guerra, aeronaves e sistema de foguetes Astros 2020.

Finalmente o Guarani mostra todas as suas qualidades, e possibilidades, no teatro de operação amazônico

Com imagens do CMA e CCOMSEX

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Comentários

7 respostas

  1. Acho interessante o desenvolvimento de um kit de flutuabilidade estendida, assim permitindo o guarani a navegar médio trechos de rio sem necessidade logística e assim o emprego de táticas de incursões anfíbias blindadas na Amazônia. Ja pensou 5 guaranis em formação no meio so Solimões( e podendo atirar) . se é doido da medo mais e um plus que nem o inimigo esperar

  2. Creio eu que o Guarani sem proteção de hélice pode ter problemas nos rios da região norte. Esses rios tem muita madeiras semi-flutuante. Poso está enganado,a maoria dos carros com projento em outro país tem proteção na hélice.

    1. Esse é mais um mito sobre os “erros de projeto do Guarani”…
      Use sua imaginação e tente visualizar um galho se chocando ao hélice “sem proteção” do Guarani.
      Agora tente imaginar um galho sugado para DENTRO da proteção do hélice, pois se tem um túnel (o de proteção), mesmo com furos, tem sucção!
      Pensou nessas duas situações?
      Pois bem, me diga qual que você acha que tem mais chance de travar 😉
      Esse sistema foi muito estudado, e decidiu-se fazê-lo desta forma.
      E quem faz isso não acha, faz cálculos!!!!

      O Projeto do Guarani foi feito sobre os requisitos do EB.
      E nesses requisitos estava que o hélice não deveria ter proteção, pois os do URUTU tem o tunel de proteção, e isso causa travamento por detritos.
      Esse artificio (da proteção) é imprescindível para lagos e rios congelados, e esse não é o caso do Brasil.
      Veja que os hélices dos barcos NÃO tem proteção 😉

  3. Muito bom! Quanto mais poder de fogo e tecnologia moderna, a serviço da proteção de nossa Amazônia melhor.

  4. Muito obrigado Eng-Paulo. Eu sou um velho marinheiro sempre disposto a aprender novas tecnologias.
    Um forte abraso.

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