De acordo com a portaria nº 443-COTER/C Ex, o Exército Brasileiro (EB), através do Comando de Operações Terrestres (COTER), constituiu um novo grupo de estudo (GE) para readequação do Plano de Acolhimento do míssil anticarro (MAC) Spike LR2.
O Spike LR2 (Long Range) é um míssil de 5ª geração, com guiagem eletro-óptica, que pode ser lançado por um soldado de infantaria ou veículos (multiplataforma), podendo ser integrado a sistemas de armas remotamente controlados (SARC), e que está em uso em diversos países. O EB adquiriu 100 unidades do míssil, dez lançadores, dez simuladores, suporte logístico integrado e treinamento, da israelense Rafael Advanced Defense Systems, no final de 2021, após concorrência internacional, a um custo de US $ 19.023.200,00, com planos para novas aquisições, assim que os mesmos estejam operacionais.
O primeiro plano de acolhimento, publicado na portaria nº 901-EME/C Ex, de 28 de outubro de 2022, previa que as entregas desses sistemas ocorreriam em três fases, começando no 2º semestre de 2023 e sendo concluído no 2º semestre de 2024, mas, por razões ainda não oficialmente informadas (algumas fontes apontam para o recém conflito em Israel), todo o lote seria entregue somente no 2º semestre deste ano.
O novo plano analisará o posicionamento estratégico da sede da 1ª Cia AC Mec, em processo de criação, em consideração aos aspectos relacionados ao preparo e emprego da Força Terrestre, a distribuição de simuladores, a necessidade de pessoal para capacitação das frações constituídas, o preparo da tropa constituída para ficar em condições de emprego no mais curto prazo, bem como sobre definição de diretrizes complementares com respectivas atribuições e responsabilidades.
Dentre as atribuíções do GE, estão:
- Estudar as opções para designar a melhor sede para recebimento do Sistema e Material de Emprego Militar (SMEM), no intuito de atender às portarias, diretrizes e conjunturas anteriormente citadas;
- Estudar as melhores sedes para recebimento dos simuladores, a fim de atender à instrução e ao ensino;
- Estudar as necessidades de recursos financeiros para uma possível troca de sede de acolhimento do MAC Spike LR2;
- Estudar as necessidades de pessoal para mobiliar a nova OM e a reformulação do quadro de Cargos (QC) das unidades envolvidas;
- Estudar a melhor forma de realizar o preparo de tropa constituída para estar em condições de ser desdobrada, empregando o MAC Spike LR2, antes do final do segundo semestre de 2024; e
- Verificar a necessidade da realização de ajustes contratuais junto à empresa fornecedora do referido SMEM, no caso de alterações dos locais e prazos de instalação de sistemas de simulação ou outras alterações julgadas imprescindíveis.
O GE terá um prazo de 30 dias para apresentar as propostas dos documentos e estudos demandados, podendo ser prorrogada sob demanda do comandante do COTER.
Respostas de 6
Paulo, normalmente esse tipo de sistema de armas opera junto à Unidades de Cavalaria ou Infantaria? No caso do Brasil, junto à Unidades tipo RCMec ou BIMec?
A previsão é que os Btl Inf tenham um Pelotão de misseis AC.
E a Bda de Inf tem uma Cia AC.
Ok, obrigado.
Fico pensando se a IACIT não poderia fabricar este material aqui no Brasil a partir do licenciamento ou desenvolvimento conjunto com um fabricante de algum país estrategicamente mais bem posicionado em relação ao Brasil como a França, China ou África do Sul. Até porque este número de 10 lançadores e 100 mísseis é irrisório para este tipo de arma. E na qual o Brasil já investiu bastante com o seu MSS1.2…
Também apoio a compra de mais munições de MSS1,2 e no mínimo o triplo de lançadores atuais para fins de treinamento de doutrina
E também pode ter a questão política do atual presidente em relação a Israel, em que os países estão em atrito devido a faixa de Gaza.