Exército inicia a desativação do EE-11 Urutu

De acordo com a portaria nº 851-EME/C Ex, de 01 de setembro de 2022, e publicada hoje no Boletim do Exército (nº 36/2022), o Exército Brasileiro (EB) decide desativar, a partir do dia 1º de outubro próximo, 129 viaturas blindadas de transporte de pessoal (VBTP) 6X6 EE-11 Urutu M2, da extinta ENGESA, de um total de 134 em carga.

Esta desativação, que está sendo gerenciada por um grupo de trabalho criado especificamente para este fim, ocorre em decorrência dos processos de modernização de Força Blindada e de sua substituição por VBTP 6X6 Guarani, mais moderna, a partir de decisão tomada na 3ª Reunião Decisória, realizada em março de 2017.

As cinco viaturas que continuarão em atividades são três da versão ambulância, pertencentes ao 10º Batalhão Logístico (10º B Log), de Alegrete (RS); 15º Regimento de Cavalaria Mecanizado-Escola (15º R C Mec-Es), do Rio de Janeiro (RJ); e 16º Batalhão Logístico (16º B Log), de Brasília (DF); e as duas restantes foram recentemente modernizadas pela empresa Columbus no Arsenal de Guerra de São Paulo e pertencentes ao 16º B Log e ao 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada (13º RC Mec), de Pirassununga (SP), sendo esta ultima convertida para versão de garantia da Lei e da ordem (GLO).

O destino de parte destas viaturas será integrar órgãos de segurança pública brasileiros e exércitos de países amigos.

VBE-Amb Urutu entregues pelo AGSP em 2016 (Foto: EB)

 

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Comentários

16 respostas

  1. Paulo Afonso BA e muitas outras companhias não tem blindado, pq não enviam 1 ou 2 para essas unidades que não tem…

    1. Outra opção é readaptar e disponibilizar os urutus para as policias militares estaduais, para serem usados no controle de disturbios civis e contra o crime organizado, este que cresce de forma alarmante no país.

  2. eu vi que o Exército está doando umas unidades para Forças Armadas de outros países, não entendo porque não doam para as Forças Polícias do Brasil esse veículo seria de excelente ajuda para Polícia Federal, das Fronteiras e nas Grandes cidades na guerra contra o Tráfico de Drogas. Primeiro tem que ajudar o País internamente pra depois pensar em ajudar outros países.

    1. Está no último parágrafo do texto :
      ‘O destino de parte destas viaturas será integrar órgãos de segurança pública brasileiros e exércitos de países amigos’.

    2. Não é simplesmente o Exército Brasileiro chegar lá e ”toma”. Não é assim que funciona. A instituição policial precisa demonstrar interesse neste tipo de blindado e muitas outras coisas entra em questão também como os gastos com manutenção, por exemplo. Apesar de ser ”barato”, nem todas as instituições policiais dispõem de caixa para isso.

  3. Pera, não entendi muito bem, pelo total de viaturas desativadas, isto não iria contra o plano de reaproveitar a maioria delas como veículos de apoio logístico ao combate (ambulâncias, oficinas,etc.) ?

  4. Excelente matéria, o ideal seria uma boa distribuição desses blindados Urutu, para as forças de segurança pública dos estados. As ambulâncias podem ser úteis para o nosso EB.

    As polícias militares e civis dos estados só têm a ganhar com a distribuição dos Urutus, até porque eles estão sendo substituídos pelos Guarani 6×6.

    Valeu pela postagem Paulo Bastos Jr.

  5. alguém que não tenha compreendido lendo uma vez, repita a leitura tantas quantas sejam necessárias para assimilar a informação. grato, viu.

  6. Estava lendo os comentários pois é inicialmente penso como voces sobre o reaproveitamento destes veiculos pras secretarias mas se pensarmos melhor atualmente a grande parte das forças de segurança nao conta mais nem com frota própria tudo terceirizado para reduzir custos pois estao no limite de gastos então não tem como custear a manutenção e nem os custos de operação e tem a logística da operação que tem que ser muito bem calculada mas seria uma otima opção para dar mais segurança e moral aos agentes

  7. Fui funcionário Engesa, e posso garantir a eficiência de locomoção e agilidade da viatura Em questão! Trata-se de muita segurança blindagem etc !!

  8. O que pesa mais na hora da solicitação ou não dos órgãos de segurança nos estados é o custo de manutenção dessas viaturas e a necessidade delas. É o famoso custo benefício. os

  9. Para alguns desativar não significa que após isso as viaturas não possam ser reincorporadas ou doadas, Pode acontecer uma modernização de pequenas quantidades durante x tempo para serem transformadas em ambulâncias, Caso uma Força Requisite as viaturas acredito que o EB cederia tranquilamente.
    Ai depende muito dos planos do EB, Porém acredito que no EB vão ser desativadas de vez com as unidades Ambulância sendo o próprio Guarani (VBTE) enquanto não são produzidos esses Urutus convertidos vão sendo usados como tapa buraco.

    1. Bom dia Paulo Bastos

      Com a aposentadoria quase na totalidade dos urutus, você acha que o eb cogitou como viável reiniciar o desenvolvimento das demais versões do Guarani ou isso não muda nada? …. o eb poderia muito bem ter convertido alguns urutus para essas tarefas de apoio, como fizeram com aquele urutu convertido em ambulância pelo arsenal de guerra, esse que talvez tenha servido de grande exemplo/aprendizado para um projeto mais dispendioso talvez.

  10. tive o prazer de ter um urutu sob minha responsabilidade durante 7 anos !
    Será inesquecível!!
    17 rcmec 1 esquadrão cb Douglas 95 a 2002

  11. primeiramente devemos ler o artigo… Segundo pensar na relação custo benefício para sua conservação… e nos lembrar que este ébum veículo militar… e que polícias civis.. são policías judiciárias e por lei… não deveriam ter tal equipamento… nem helicópteros… pois estes pertencem as policías militares…

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