EB busca o sucessor para Leopard 1A5 e nova VBC Fuz

Após a definição do processo da viatura blindada de Cavalaria (VBC Cav) e do lançamento da consulta pública para a viatura blindada de combate obuseiro autopropulsado 155 mm sobre rodas (VBCOAP 155mm SR), cujo processo de aquisição está previsto para ser concluído este ano, o Exército Brasileiro (EB) inicia os estudos para as suas próximas aquisições: a viatura blindada de combate de fuzileiros (VBC Fuz) e a nova viatura blindada de combate carro de combate (VBC CC).

No dia 26 de dezembro de 2022, o Estado-Maior do Exército (EME) publicou a Portaria Nº 877, que aprovou a diretriz para a prospecção inicial para aquisição das novas VBC Fuz e VBC CC (inicialmente conhecida como VBC CC Futura), ambas sobre lagartas, e criando um Grupo de Trabalho (GT) para “avaliar as opções de obtenção, incluindo o desenvolvimento em parceria nacional ou internacional”, que atualmente é chefiada pelo general de divisão Armando Morado Ferreira, chefe de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (EPDI), subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT). Esta decisão decorre dos estudos realizados desde 2019, pelo antigo GT NOVA COURAÇA.

O objetivo inicial do GT criado é de planejar a obtenção inicial de até 78 VBC Fuz e 65 VBC CC, considerando o prazo até 2040, conforme o planejamento do Programa Estratégico do Exército (Prg EE) FORÇAS BLINDADAS, verificando a viabilidade de obtenção destas viaturas serem baseadas na mesma plataforma (conceito de horizontalidade), visando a facilitação logística, e considerando participação da base industrial de defesa nacional.

Estas quantidades iniciais foram obtidas, de acordo com informações da Força Terrestre, “a partir do cálculo de subunidades de Infantaria blindada (Cia Fuz Bld) e de subunidades de carros de combate (Esqd CC) a serem modernizadas”.

O processo de consulta ao mercado (Consulta Preliminar de Informações – draft-RFI) foi lançado no dia 09 de março, sendo consultadas, até o momento, 16 empresas, sendo que 11 delas demonstraram interesse por meio do processo de habilitação (envio de termo de confidencialidade e declaração de concordância). O prazo final para o término dos trabalhos seria 30 de abril de 2023, porém foi prorrogado recentemente, conforme autorização do EME, para o dia 30 de maio.

Um ponto de destaque nesta fase preliminar são os estudos de viabilidade para se utilizar os sistemas de armas que já estão em uso no EB, ou que já foram definidos, como a implantação da torre Leonardo HITFACT Mk2, equipada com um canhão de 120 mm, na VBC CC, e a UT30BR, equipada com um canhão de 30 mm, na VBC Fuz, além do REMAX em ambas.

A HITFACT MkII, de terceira geração,  atualmente está integrada na VBC Cav Centauro II, recém adquirida pelo EB, é uma torre de giro elétrico, totalmente estabilizada, para três ocupantes, com um perfil baixo, equipada com um canhão de 120 mm e 45 calibres, com sistema de carregamento manual ou semiautomático, possuindo optrônicos de ultima geração, miras eletro-ópticas e capacidade de utilização de munição programável. Tem uma escotilha para o comandante com oito periscópios, e outra, para o carregador com cinco periscópios. Na parte de trás da torre fica o compartimento de munições, colocadas separadas do compartimento da tripulação, a fim de proteger os operadores de qualquer possível evento de deflagração.

O Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC) UT30 é uma “Torreta não Tripulada” (“unmanned turret”), desenvolvida pela empresa israelense Elbit Systems, equipada com um canhão automático Mk44 Bushmaster II, de 30×173 mm, uma metralhadora coaxial 7,62×51 mm e lançador de granadas fumígenas de 76 mm. O canhão possui funcionamento elétrico, tipo “Chain Gun”, no qual o conjunto ferrolho movimenta-se ciclicamente, sem a necessidade da utilização dos gases oriundos dos disparos, o que proporciona um índice muito baixo de incidentes de tiro, além de fácil manutenção e é utilizada, além do Brasil, por outros países, como Eslováquia, Bélgica e Portugal. As primeiras unidades foram adquiridas pelo EB, diretamente da Elbit, com o nome de UT30BR, com modificações para atender os requisitos da Força, mas que depois foram produzidas pela empresa ARES Aeroespacial e Defesa, localizada em Duque de Caxias (RJ). Foi oficialmente adotada este ano e espera-se (para as próximas semanas) a assinatura para sua modernização, chamada de UT30BR2.

As novas UT30 Mk2 da Indonésia sendo produzidas na ARES (Foto: ARES)

A UT30BR foi o SARC mais indicado para a viatura blindada de transporte de pessoal (VBTP) 6X6 Guarani, tanto por questões de peso, quanto a possibilidade de a viatura ser transportada utilizando uma aeronave KC-390, porem, para a nova VBC Fuz, na opinião do autor, há a possibilidade de se utilizar a versão UT30 MK2, que também é produzida pela Ares, porém apenas para exportação, ou mesmo o retorno do projeto da TORC 30, de desenho totalmente nacional. Estes sistemas de armas, apesar de mais pesados, são mais protegidos e possuem grande comutabilidade logística com as atuais UT30BR.

Caso estes estudos realmente se transformem em requisitos, todas as viaturas atualmente no mercado precisarão passar por modificações (em diferentes níveis) para se adaptarem.

Baseados nas características apresentadas, e após consultas a algumas empresas, apresentaremos uma pequena amostra do que poderá ser ofertado ao EB.

BAE Systems CV90

CV9050 MkIV CZ IFV, com um canhão Bushmaster III, de 50 mm, misseis Spike LR e sistema APS Iron Fist, apresentado na Eurosatory 2022 (Foto: Paulo Bastos)

O CV90, ou Combat Vehicle 90, é uma família de veículos de combate blindados suecos projetados pela Administração de Material de Defesa da Suécia (Försvarets Materielverk – FMV) em conjunto com as empresas Hägglunds e Bofors, em meados da década de 80 e entrou em serviço na Suécia em meados da década seguinte com o nome de Stridsfordon 90 (Strf 90).

Atualmente o veículo é ofertado pela BAE Systems Hägglunds e se encontra em sua 4ª geração é considerado um dos mais capazes de sua categoria, possuindo 15 variantes em operação em sete nações, incluindo quatro membros da OTAN, tambem foi adquirido por Eslováquia e está sendo negociado com a Tchéquia. Este ano também foi divulgado que a Ucrânia receberá 51 doados pela Suécia.

CV90120-T, com canhão RUAG CTG, de 120 mm

A viatura esta na faixa das 35 a 37 toneladas e possui versões de combate com armamentos que vão desde o canhão Bushmaster II, de 30×173 mm (o mesmo da UT30BR), ao Ruag CTG, de 120 mm e 50 calibres. Atualmente está em estudos, com empresa Leonardo, uma versão com a torre HITFACK Mk2, para ser ofertada ao Exército Italiano, que há tempos estuda adquirir uma VBC Fuz e um carro de combate médio (“Medium Main Battle Tank” – MMBT), para complementar seus VBC CC pesados. Caso isso realmente ocorra, os custos de desenvolvimento desta nova viatura, que atende os requisitos do EB, poderiam ser fortemente reduzidos.

A BAE Systems promove o CV90 no EB desde a publicação dos estudos do GT NOVA COURAÇA, com diversas palestras e apresentações e levando militares da Força para conhecer estas viaturas na Suécia, sendo a última promovida em setembro do ano passado. A empresa também apresentou o desejo de que uma destas versões seja enviada ao Brasil para uma série de demonstrações.

Família CV90 apresentada para comitiva do EB, em setembro de 2022

Por tudo isso, pode-se afirmar que esta viatura seria uma das favoritas para este programa.

Elbit SABRA LIGHT

O Elbit Sabra Light 105/120 foi apresentado na Eurosatory 2022 (Foto: Paulo Bastos)

O Sabrah Light Tank foi desenvolvido pela empresa israelense Elbit Systems e pertence à nova geração de MMBT, com peso de batalha na ordem das 36 toneladas, está equipado com a torre Sabrah, para dois homens, armada com um canhão Elbit de 105 mm e 52 calibres, mas podendo receber um de 120 mm. Possui sistema de carregamento automático (similar à empregada no Eitan 8X8, ofertado pela Ares Aeroespacial e Defesa para o projeto VBC Cav), podendo ser equipada com mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM). Possui sistema de comunicação digital E-LynX e sistema de gerenciamento de batalha Torch-X, ambos da Elbit. Também existe uma versão VBC Fuz, equipada com a torre UT30 MK2.

Versão IFV com torre UT30 MK2 equipada com mísseis Spike LR

Baseado no chassi do ASCOD, uma família de blindados operados por diversos países da OTAN, possui proteção balística formada por chapas de aço laminado e materiais compósitos que  resistem a munições perfurantes de 14,5×114 mm (STANAG 4569 Level 4), podendo receber  placas de blindagem reativa explosiva (“explosive reactive armour” – ERA) e sistema de proteção ativa (“active protection system” – APS) Iron Fist.

Este veículo já está em produção, como confirmado pela equipe de T&D em recente viagem a Israel, e já teve seu primeiro exemplar entregue ao Exército das Filipinas, que adquiriu 20 viaturas, sendo 18 VBC CC, um posto de comando e um recuperador.

Deverá ser ofertado ao EB pela empresa ARES e AEL Sistemas, subsidiárias da Elbit Systems no Brasil, e que possuem grande experiência em tecnologias críticas de defesa, além de uma sólida estrutura de projetos e fabricação, que podem auxiliar no desenvolvimento de uma versão nacional.

ST Enginering HUNTER

Hunter Light Tank, com torre Cockerill 3105, com canhão de 105 mm

O Hunter Armored Fighting Vehicle (AFV) é uma viatura produzida pela empresa ST (Singapore Technologies) Enginering, de Singapura, e apresentado como “uma das mais avançadas plataformas de combate totalmente digitalizadas, projetada para atender aos requisitos operacionais do futuro campo de batalha”.

Foi desenvolvido em conjunto pela empresa ST Enginering, Agência de Ciência e Tecnologia de Defesa (“Defence Science and Technology Agency” – DSTA) e o Exército de Singapura para substituir os antigos M113 Ultra (uma versão de combate do VTP M113). A empresa utilizou  toda sua experiência no desenvolvimento da família BIONIX (com cerca de 800 produzidos) e o primeiro exemplar foi entregue em 2019, considerado operacional em 2022.

A VBC Fuz, em operação atualmente, esta equipada com um canhão Bushmaster II, de 30×173 mm, e dois mísseis anticarro Spike LR2 (recentemente adquiridos pelo EB e em vias de recebimento), e a versão VBC CC (protótipo) está equipada com a torre Cockerill 3105, equipada com um canhão de 105 mm e 53 calibres, que inclusive participou da concorrência do programa MPF (“Mobile Protected Firepower”), do US Army.

A ST Enginering possui uma subsidiária no Brasil, a ST Enginering Latin America (ex- Technicae), e esta garantirá todo suporte a oferta da empresa  a viatura, caso seja escolhida.

Hunter AFV, com Samson MkII RWCS, com canhão de 30 mm

NORINCO VT5 / VN17

ZTQ-15, equipado com canhão de 105 mm

Dentre as diversas soluções presentes no portfólio da empresa China North Industries Corporation (NORINCO), os veículos da família “Tipo 15”, em um primeiro momento, parecem ser os mais interessantes, mas outras podem ser ofertadas.

O VT5 é a versão de exportação do carro de combate leve, de 3ª geração, ZTQ-15 (também conhecido como “Tipo 15”) teve seu projeto começado no inicio da década de 2010, com sua produção iniciando poucos anos depois, e é utilizado pelo exército, fuzileiros navais e corpo aerostransportado chinês. Foi concebido para atender os requisitos para uma viatura de combate moderna, leve e de alta mobilidade, mas com grande mobilidade e poder de fogo, para operar em regiões de montanha e florestas pantanosas chinesas, ambientes os carros de combate pesado possuem dificuldades, e m forças de deslocamento rápido. São muito vistos no Tibete e nas regiões montanhosas de complicada fronteira com a Índia.

Com um peso de cerca de 33 toneladas, seu armamento principal é um canhão de 105 mm, similar ao utilizado no ST1, de carregamento automático e capaz de utilizar modernas munições de alta velocidade, como as chinesas DTW-2 e BTA2, do tipo APFSDS (“armour-piercing fin-stabilized discarding sabot”), e DTP1A, do tipo HEAT (“high-explosive anti-tank”) ou o míssil GP2.

Além da China, o Exército de Bangladesh utiliza uma versão chamada de VT5BD, com algumas modificações.

O VN17 é a versão VBC Fuz da família. Apresentado em 2018, com peso estimado em 30 toneladas, está equipado com um canhão ZPT99, de 30×165 mm, e dois mísseis anticarro HJ-12E “Red Arrow”, de terceira geração, mas essa configuração pode ser alterada.

Durante a visita de uma comitiva do EB na China, em 2021, para conhecer o ST1, o VT5 também foi demonstrado

 

Outras empresas também foram prospectadas, ou possuem produtos que podem atender a demanda do EB, como a KMW, Rheinmetall, IDV, GDELS, FNSS, Hanwha, Obrum e outras, o que nos leva a acreditar que mais viaturas possam ser ofertadas.

E o Leopard?

A modernização elevaria a vida útil operacional dos Leopard 1A5 BR, como este do 3º RCC flagrado em 2012, até a chegada de seu sucessor (Foto: Hélio Higuchi)

Um questionamento que fica, após o lançamento da prospecção de um novo VBC CC, é se haveria  algum risco de descontinuidade do projeto das VBC CC Leopard 1A5BR (chamado de projeto VBC CC Corrente), aprovada em setembro do ano passado, que prevê a modernização de 52 viaturas, entre 2024 e 2030, e cujo requerimento das propostas (“request for proposal – RFP) é esperado para o final de junho deste ano.

Tem que ser levado em conta que o projeto da VBC CC Futura, nas palavras do próprio EB, “considerando que o escopo do GT contempla a atualização de documentos da Formulação Conceitual, ainda conforme a 1ª Edição das EB10-IG-01.018, mas exclui a elaboração de estudo de viabilidade, será necessário ao EME debater e estabelecer as linhas de ação visando a melhor abordagem para conduzir à obtenção dos SMEM (N.A.: Sistemas e Materiais de Emprego Militar)”.

Ou seja, este programa ainda está em sua fase inicial, havendo sido feita apenas uma sondagem ao mercado para verificar as opções, antes da tomada de uma decisão sobre o mesmo. Caso seja decidido levar adiante e lançar efetivamente uma consulta pública visando sua aquisição (request for information – RFI), esta, na melhor das hipóteses, ocorrerá somente em 2024 ou 2025, além do fato do desenvolvimento da versão com os requisitos para a Força e todo o processo de seleção, aquisição e recebimento, estas viaturas começariam a ficar operacionais somente no após a virada desta década, e o EB não pode ficar sem um carro de combate até lá. Porém, as mudanças no cenário internacional causadas pela invasão russa na Ucrânia, levantam suspeitas sobre a disponibilidade de peças de reposição (“spare parts”) para estas viaturas, e isto deverá ser levado em consideração pela EME, mas isso será o assunto de um artigo futuro.

 

Nota do Editor: a revista Tecnologia & Defesa agradece à Agência Verde Oliva e às empresas AEL, ARES, BAE Systems, CIO, KMW, NORINCO e ST Enginering pela disponibilização de informações que permitiram a confecção deste artigo. 

P.R.B.J.

 

 

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Comentários

45 respostas

  1. Minhas fixas estão apostadas no CV90. Alguém mais?

    Bastos, me estranhou o ASCOD II não estar nessa matéria… ele não participará dessa licitação?

    1. Estas viaturas apresentadas foram apenas aquelas que eu consegui conversar com os proponentes.
      Outra coisa, ele está sim, com a Elbit.

  2. Paulo acredito que o país que recebeu os tanques Sabrah foram as Filipinas e não a indonésia, que está desenvolvendo com os turcos da FNSS o Harimaru.

  3. Se os Leo’s 1A5BR vão dura 15 anos após o último significa 2045. Considerando isso o ano 2040 e que estamos em 2023 indica que pelo menos a montagem ou produção será feita aqui e/ou seria os IFV deixando os MBT para ser feito fora.

    Considerações pelos números e seguindo a atual organização do EB

    começando com o número de IFV pode indicar daria para montar 3 RCB (26 veículos cada) ou 1 RCB + 1 BIB o que ou ainda 4 RCB (26 IFV + X APC). Já o MBT pode indicar 1 RCC + 1 Cia MTB ou 2 RCB + 1 Cia.

    levando tudo em conta talvez seja 1RCC + 1 BIB + 1 RCB* (com só uma companhia de MBT?)

    1° de abril desses…. quer fazer o coração da gente sai pela boca???

  4. O Leopard 2a7 é o substituto ideal do nossos Leopard 1a5 que podem ser modernizados com canhão de 120 mm do Leopard 2a4 ou do centauro 2 ambos produzidos localmente e quando forem substituídos no Sul,podem ser transferidos para batalhões blindados no Sudeste como o 13 RCB em Pirassununga-SP,o 37 BIL em Lins-SP,Uberlândia-MG,Montes Claros-MG e também podem ser baseados Leopards 2 no Nordeste.

    1. Particularmente eu já acho erradíssimo o EB gastar dinheiro para modernizar 57 (?) CC e EE-11. Não vale a pena modernizar esses carros que já são obsoletos. É jogar dinheiro fora! Mas o EB faz aquilo que acha melhor fazer. Agora, o EB, substituir seus atuais carros pelo 2A7 só por ser o ”substituto ideal” não faz sentido algum. Teriam que gastar rios de dinheiro para desativar os atuais; gastar mais rios de dinheiro para a compra dos 2A7 usados; e mais rios de dinheiro para modernizá-los. Sério, pra quê? Não vale a pena!

  5. O exército deveria levar em consideração os Abrams estocados a um preço mais acessível se houver, quando vejo as forças armadas buscando aquisicao com ToT tenho os meus receios.

    1. A Polônia adquiriu M1A2 SepV3 ao custo de U$ 19 mi a unidade (U$ 4,75 bi pra 250 unidades).
      Depois a Polônia adquiriu M1A1 (uma versão mais antiga) dos estoques americanos ao custo de U$ 12 mi. Claro que esses contratos incluem munições, treinamento, pacotes logísticos, etc. Então não podemos fazer essa conta de padaria e determinar o custo unitário, mas serve para ter uma base.
      A Polônia também adquiriu 180 K2 MBT da Coreia do Sul ao custo de U$ 18,88 mi cada. Praticamente o mesmo valor do M1A2 SepV3. (U$ 3,4 bi para 180 unidades do K2).
      Em outros contratos vemos que os MMBT como o CV90 devem custar cerca de U$ 10 mi

      Portanto, tenho a impressão que os MMBT novos devem custar aproximadamente a metade do valor de um MBT novo e quase o mesmo valor de um M1A1 usado. Isso considerando os principais fornecedores ocidentais. Já se formos considerar fornecedores como Rússia e China, os valores mudam bastante. A Índia produz T-90 MBT sob licença por cerca de U$ 6 mi a unidade, praticamente 3x mais barato que um K2 ou um M1A2 Abrams.

      Resta saber o que é melhor.

      1. Se o EB for esperto, aproveita a fabricação indiana e pega T-90 , leve ,moderno e é um MBT poderoso e mais barato q M’MBT, nas mãos dos operadores de CC do EB seriam os T-90 mais mortais e os mais poderosos da AL sem dúvida .

      2. Eu nunca entendi a ideia de muitos de que o EB investir 4 ou 5 bilhões de dólares em MBT’s novos e de primeiríssima linha, seja algo impossível e inalcançável. A FAB não investiu o mesmo em seu novo caça? A MB não fez o mesmo com seu PROSUB? Então, por que o EB não pode fazer o mesmo com seus MBT???

        1. Exato Santamariense! Essa questão sempre me vem em mente. Que o EB compre o que tem de melhor no mundo, pois provavelmente os equipamentos vão ficar na ativa por pelo menos 30 anos.

        2. Acho que não é uma questão de valor total, mas de que nenhuma das Forças compra o que há de melhor e mais caro, mas produtos que até são ótimos, mas não são os melhores.
          A FAB comprou o Gripen e não o F-35.
          A MB comprou fragatas leves em vez de pesadas (que eram seu objetivo inicial).
          Por isso que o EB não vai comprar Leopard 2 ou Abrams (MBT) novo. Vai comprar veículos usados ou, no máximo, CV90-120 ou similar novo (MMBT).

          1. Eu me refiro aos valores, sim. 5 bilhões de dólares para FAB e para MB, nos programas que citei de cada uma. E com US$5 bi, daria para comprar MBT top e em quantidades críveis.

        3. Eu acho que a diversidade de equipamentos para combate é maior no EB do que nas outras duas forças. A MB possui 2 grandes contratos para meios de combate, um dos submarinos e outro das fragatas Tamandare.
          A FAB apenas um com os caças Gripen.
          Já o EB fechou contrato de quase U$ 1 bi para 98 Centauro 2. Aí tem a questão dos MBT, tem também os IFV, também tem os desejados obuseiros autopropulsados sobre rodas, poderá ter também um obuseiro sobre lagartas, tem o contrato dos blindados Guarani em diversas versões, tem a necessidade de sistemas antiaéreos de médio e longo alcance, tem também os de curto alcance, tem os helicópteros de ataque, etc.
          Os sistemas de combate são vários na força terrestre. Creio que seja isso que dificulte um grande contrato de vários bilhões em um único sistema.

          1. Esqueceu do KC-390 na FAB. Mas, todas as Forças necessitam de reposições e modernizações em várias áreas. A MB, além dos subs e fragatas, necessita de navios logísticos, navios patrulha, navios de minagem/contra-minagem, além de várias outras necessidades. A FAB tem o Gripen e o KC-390, mas também precisa de um novo treinador primário para substituir o T-25, um substituto para os C-95M e para o T-27 (ambos em um futuro próximo), etc. Então, todas as Forças tem muitas necessidades. Além disso, pelo que foi divulgado lá atrás, o sistema AAé de médio alcance é um programa que visa dotar as 3 Forças com ele, não se restringindo ao EB.

  6. Ola Bastos, esta aquisição inicial acredito que seja para formação de doutrina com a nova VBC CC no EB. Qual é o número final de viatura que o EB deseja comprar e para você qual seria o número ideal ?

  7. Olá Paulo! Parabéns pelo artigo, se me permite uma pequena contribuição: No texto referente ao Sabrah o operador que está a receber é o Exército das Filipinas e não o Indonésio (eles estão recebendo o Kaplan MT/ Harimau).

    1. Levando em conta que temos hoje 4 RCC e 4 RCB o número ideal seria entre 336 e 350 novos carros de combate.

    1. Não, isso é sério, apenas houve coincidência com as datas.
      Além do mais, não seria de bom tom citar o nome de um general do EB em uma brincadeira, não é? 😉

  8. espero que ocorra uma proposta da general dynamic com o Griffin…afinal pelo que li ele já passou a fase de protótipo e está em fase de produção de lote piloto, correto!?

    1. Grifin II tem canhão de 105mm e foi idealizado para apoio de fogo. O EB ,ao q parece, está deixando, finalmente, este calibre e indo pro canhão de 120mm.

  9. A BAe, numa das apresentações para o EB, apresentou o CV90120 com o canhão Rheinmetall LLR L47 (lightweight low recoil).

    1. Esta é a versão MMBT “stealth” do CV90, o CV90120-T “Ghost”, com o sistema de camuflagem ADAPTIV

  10. Na minha opinião todos os concorrentes salt ótimos, penso que a proposta Chinesa nesse momento pode ter muita força política e econômica a seu favor, enquanto o CV90 deve ter a preferência dos militares.brasieiros, considerando se tratar da oferta de um fornecedor tradicional das forças armadas. Contudo na minha opinião estes veículos não cumprem o papel que o precisa que é o de um MBT realmente eficiente e de um IFV que possa ser entregue em boas quantidades para substituir osM113. Nesse caso minhas opções seriam o Black Pantera Coreano e IFV deveria ser produzido a partir de um projeto nativo que poderia ser produzido no país como na Fábrica da KMW em Santa Maria.

  11. Parabéns pela matéria, o meu preferido para compra de prateleira é o CV 90 120, mas existe alguma possibilidade do exército optar por uma produção local em parceria com estrangeiros? Possivelmente híbrido? abraços.

  12. Paulo, algum posicionamento acerca dos MBT’s asiáticos, principalmente o japonês e os sul-coreanos? Já temos ideia do que Singapura com a ST nos oferece… acho que dobrar o ponto de vista puramente técnico, o MBT japonês também é uma opção válida… já acho os sul-coreanos um sonho… simplesmente pelo custo…ademais, creio que o número de MBT’s que o EB necessita, está subdimensionado…

  13. Bastos, você acha que o type 10 japonês tem chance nessa disputa? já que é um MBT extremamente leve e moderno (44 toneladas) mas claro que ele precisa atender os requisitos de largura e altura do EB.

  14. Caro Bastos, o MMBT Lynx 120 da Rheinmetall me agrada muito e aparentemente atende aos requisitos do EB.
    Sei que estas propostas são as que o senhor pode apurar junto das empresas fornecedoras que possuem interesse em participar da disputa.
    Será que esta viatura teria alguma chance, já que é um projeto muito recente? O CV90120 me parece o favorito…

  15. Especulação sobre os outros

    Os coreanos devem se tiverem interesse oferecer a Família (A concorrência aparentemente é para uma família e não 2 produtos) K-21 e os turcos/indonésios tem o Kaplan e sua contraparte IFV Tulpa.

    A IDV tem duas opções ou oferecer o DARDO modernizado ou se aliar a alguém que tem um produto novo já a KMW também ou se aliar a alguém ou oferece um TBM baseado num “Puma de pobre” ou ainda o BOXER-SL…. Já a duvida a Rheinmetall vai competir com ela mesma trazendo o Lynx ? (na Joint-Venture com BAe Land Systems ela detém 70%) já que tira o CV-90 é muito arriscado.

    Japão hoje não tem produto há oferece em ternos de IFV (o type 89 teve pouca unidades produzidas) já o Type-10 acho que ele é um projeto recente embora já tenha 120 unidades produzidas…Porém devemos lembra que o Japão hoje não tem cultura/experiencia recente em exportação.

  16. Boa tarde Sr. Bastos. De acordo com a matéria, podemos deduzir que o EB abraçou definitivamente o conceito de MMBT ou algum MBT ainda possui chance ? Particularmente acho que o MMBT seja incapaz de substituir um MBT ” puro sangue” em função de sua baixa proteção blindada.

  17. Com essa proposta de poucos cc s , devem abandonar a ideia de RCC ,deveriam focar nos RCB e adotar os CC com armas combinadas , IFV SL ,CC , Guarani e Centauro , além dos Linces e misseis Spike …

  18. O Elbit Sabra Light e o Hunter parecem adaptações, improvisações. Penso, na minha humilde opinião, que deve-se adquirir algum CC puro, mesmo que um MMBT, como CV90120-T.

    1. O CV90 120 também foi uma adaptação do CV90, que surgiu muitos anos depois do início da família. O veículo não foi projetado para ser MMBT, até porque a Suécia tem MBT (Leo2). A BAe desenvolveu o CV90-120 porque notou interesse de países por MMBT com canhão de 120mm.

  19. O número para a dotação atual seria 54 VBCC para os RCC (4 companhias com 13 + 2 para unidade de comando) + 27 VBCC para os RCB (2 companhias com 13 + 1 para a unidade de comando) se adotamos um modelo de VBE que junte a viatura de Engenharia com a de recuperação e adota assim como os alemães de ser 2 desse + 2 lança pontes temos mais 4 unidades. VBC Fuz nos RCB são praticamente iguais a de VBC CC ou seja mais 27 por RCB.
    Somando tudo fica 216 MBT (RCC) + 108 MBT(RCB) + 16 VBLP + 16 VBEsp + 108 VBC Fuz = 448 Viaturas Blindadas

    Porém não estão entrando na conta as viaturas posto de comando e nem as ambulância ou as unidades referentes as BIB, não sei o numero exato, mas supondo que tenha o mesmo número de MBT nos RCC seria mais 216 com isso e mais a unidades de suporte seria 232 viatura o que eleva para 696 Viaturas se tive que bota na conta a substituição dos Gepard (32) são 728 unidades. Considerando que as unidades que já empregam os Leo’s, M60 e Gepard teria quer ser somente modernizadas, porém teria que criar do zero estruturas para suporte para mais 372 veículos de 30t a 45t não será um programa barato.

    No final seria o PROSUB do EB seja em termos de custo e de criação de infraestrutura Isso sem considera a produção local (!)

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