EUROSATORY – Leopard 1A5 com torre Cockerill 3105

Uma das novidades apresentadas na EUROSATORY 2022 foi a proposta da empresa belga John Cockerill Group para a modernização da viatura blindada de combate – carro de combate (VBC CC), o Leopard Medium Tank 3105.

Trata-se do chassi de um exemplar do Leopard 1A5 BE, ex- Exército Belga, com uma moderna torre Cockerill 3105, a mesma que equipa o blindado 8X8 LAV 700, que está sendo ofertado ao Exército Brasileiro no Projeto da viatura blindada de combate de Cavalaria (VBC Cav), e diversos outros modelos sobre rodas e lagartas, como o MMBT turco-indonésico Kaplan MT.

É um projeto muito interessante, pois o VBC CC Leopard 1A5 pesa 42 toneladas, sendo que somente sua torre pesa 9 toneladas. Já a 3105 pesa apenas 5,2 toneladas, ou seja, além de apresentar um sistema de armas completamente moderno, dotado de sistemas de ultima geração, essa troca ainda reduz o peso final da viatura em mais de quatro toneladas, e isso apenas com a instalação de um novo anel dotado de interfaces para o sistema.

A empresa também oferece um pacote de modernização de toda a plataforma, envolvendo a recuperação do motor, transmissão freios, suspensão, etc., que podem atender aos requisitos de seus clientes no que tange o aumento de sua mobilidade.

Atualmente o Exército Brasileiro possui estudos para atualizar parte de sua frota de Leopard 1A5BR e esta poderia ser uma opção de dotar a força blindada com uma viatura moderna até a definição e entrada em operação de seu sucessor, que demorará vários anos.

A empresa está propondo a conversão de um exemplar do nosso Leopard 1A5BR para avaliação.

O protótipo deste novo projeto foi feito utilizando um chassi de um Leopard 1A5BE, muito similar ao modelo BR do EB. Ao fundo, Vê-se a torre original (Foto: Cockerill)

Especificações técnicas da torre 3105

  •  Armamento Principal: um canhão Cockerill 105mm HP, de 53 calibres (Padrão OTAN);
  • Armamento Secundário: uma metralhadora 7,62x51mm coaxial e lançadores de granada fumígenas, podendo receber um sistema de armamento remotamente controlado (SARC);
  • Proteção balística: Nível 4 (STANAG 4569);
  • Elevação: -10º a +42º.

 

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Comentários

27 respostas

  1. Desde de que essa torre saiu eu imaginava como seria colocar ela em um Leopard 1. Agora fico pensando se daria para colocar a torre de Centauro 2 em Leopard 1.

    1. A torre do centauro 2 ja foi instalada num Ariete. Me corrijam, mas o Ariete não é similar ao Leopard 1?

      1. O Ariete entrou em operação em 1995 e é de outra geração em relação ao Leopard 1, que está completamente obsoleto. Acho que seu similar seria o Leo 2A4.

  2. Projeto bem interessante. Como tambem me lembrou daquele “pescocinho” do protótipo do cascavel com a TORC30.

  3. Tinha visto uma foto dessa viatura em meio internacionais. Fiquei esperando seu artigo, nem uma trabalho sobre a viatura.

  4. Uma Vantagem dessa torre é a sua modularidade, podendo usar outro calibre dependendo do tipo de missão. Daria para usar o Leopard em missões padrão de CC ou de apoio a infantaria (AFV), algo similar ao BMPT Terminator.

  5. Essa solução com um “pescoço” para colocar uma nova torre, como fizeram com aquele Cascavel da Equitron, não me agrada para nada.

  6. Se for viavel tecnicamente e em relação ao custo , pronto… ai é Com o EB.

    Quanto tempo leva pra fazer este trabalho?

  7. Fiquei com 2 duvidas, em uma eventual troca de torre e com a perda do peso, pode-se adicionar blindagem estra do tipo gaiola e reativa no chassi sem que o carro perca desempenho, correto?

    A blindagem da torre da cockeril possui proteção nivel 4, esta so aguenta munição ate Calibre 14,5, seria equivalente a da torre atual do 1A5?

  8. Paulo, por ai foi abordado o veto da Alemanha a transferência dos LEO 2 da Espanha para a Ucrânia ? Parece que o governo ucraniano tá uma arara por causa disso, qual seria a justificativa ? Já estão querendo abrir mão da Ucrânia assim ? Incitam a confusão e depois abandonam os caras…..

  9. Uma solução que não deve sair barato, um paliativo que não melhora na proteção blindada, um gasto de dinheiro que talvez não justifique.

    1. Concordo. Temos é que pensar em ampliar proteção talvez com blindagem reativa. Não em por algo mais vulnerável.

  10. Ficou uma tremenda “Gambiarra”!!! Alterou demais o perfil do veículo, não acredito que venha a ter sucesso, lembra muita os Centurion Ingleses…

  11. Não sei não, talvez seja uma boa solução comercial para a Cockerill, no entanto, não sei se é adequada para um exército. O problema não é somente estético (até aí tudo bem), o fato é que esse anel torna o tanque mais vulnerável. Se eu tenho armas anti tanques modernas, é bem ali que eu vou mirar, no local onde está boa parte da tripulação. Acho que seria melhor, e até mais barato, a modernização da torre original.

  12. Dependendo dos preços e dos prazos, pode ser uma interessante solução de mid life upgrade do Leopard 1A5BR. Se demorar mais do que o prazo requerido para viabilizar um MBT novo e, logicamente, mais moderno e eficaz, não deve ser considerada.

    Por outro lado, caro BASTOS, seria interessante, se possível, postar uma comparação com a modernização prevista pelo fabricante/filial brasileira da versão original.

    O “pescoço” também em princípio não agrada muito, mas pensando nos carregamentos impostos durante operação/combate, pode ser equivalente à torres original; veja, caro PEDRO, que as guias/mancais de escora e contraescora que permitem o giro do canhão e mantem a torre em sua posição devem resistir ao impacto de um projetil que atinja o topo da torre, criando um momento de “arranque” da mesma. Como a torre da Cockerill é mais baixa, o maior problema seria na realidade se for atingido o pescoço em si; esse pescoço é soldado na blindagem principal e dependendo da geometria etc pode até ser mais resistente.
    ABs

    1. Exatamente, o maior problema seria atingir o “pescoço” em si, e convenhamos que é um prato cheio para um ATGM, o projetil pode encontrar o “pescoço” e “para ali” por conta da distância torre-chassi, sem nenhum método de proteção complementar que favoreça a aerodinâmica ou desvio por ricochete.

  13. Eu vejo um pessoal falando a respeito dessa questão da junção da torre com o chassi do carro de combate, algo que também poderia ser visto no protótipo “cascavel TORC 30”. E eu sou obrigado a concordar…esse pequeno espaço entre a torre e o chassi, deixa o veiculo bem vulnerável contra ataques inimigos em minha visão.

  14. Se ate hoje usam-se versões modificadas ate o talo do M60 e T62/64 por que não deveriamos fazer o mesmo com os nossos Leopard 1A5BR?

    Uma ótima solução tapa buraco pra quem está atrasado na modernização completa da atual frota e que não possui grande disparidade entre os homologos vizinhos e nem um inimigo potencial de imediato com os mesmos.

  15. Essa torre deixa o leo com cara de centurion, mas acho ela um pouco alta. No mais, proposta interessante, mas seria bom analisar as outras possibilidades pois poderíamos tentar uma padronização com os programas VBC-Cav 8×8 e o novo CC nesse aspecto.

  16. Reportagem muito interessante mesmo. Parabéns.
    Fica minha preocupação com o canhão que continua com 105mm. A ideia não é passar para o 120mm?
    Acho que essa adaptação só faria o exército usar o pouco dinheiro que tem e demorar ainda mais no projeto da nova couraça.

    Só uma curiosidade. Eu moro no exterior. Tem como assinar para receber revista em forma digital?

    Um abraço.

  17. Seria interessante se desenvolvessem uma versão com essa torre no calibre 120mm. Trocar de torre, mantendo o mesmo calibre, não vejo vantagem.

  18. Em vez de ficar gastando dinheiro em carros de fora exemplo modernização ou atualização que talvez não dê certo porque não ativar o projeto Osório,já temos o carro,já temos o projeto, temos engenheiro capacitado no Brasil, talvez ficaria mais fácil lança Osório 2025 como carro do futuro doque gastar dinheiro com os carros do passado, minha opinião só

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