Por Santiago Rivas (*)
O governo dos Estados Unidos aprovou a transferência dos 24 caças Lockheed Martin F-16A/B Fighting Falcon MLU (“mid life upgrade” ou modernização de meia-vida, em português), oriundos da Força Aérea Dinamarquesa, para a Força Aérea Argentina (FAA), e de três Lockheed P-3C e um P-3N Orion para Comando de Aviação Naval Argentino (COAN) da Armada Argentina (ARA).
Passado o prazo de 30 dias, em que o Senado dos Estados Unidos poderia apresentar objeções e não houve nenhuma, bem como a entrega pela Argentina da carta aceitando as condições da transferência, o subsecretário adjunto de Segurança Regional do Departamento de Estatal, Mira Resnick, indicou em teleconferência com jornalistas, segundo o jornal Clarín, que “comunicamos oficialmente ao governo da Dinamarca a aprovação dos Estados Unidos da transferência para agora trabalhar diretamente com o governo argentino para finalizá-la”.
Quando o Congresso foi notificado da oferta à Argentina pelos F-16, para que pudesse apresentar suas possíveis objeções, foi indicado que seriam oferecidos seis Block 10 e 32 Block 15, por 338 milhões de dólares (apenas para os aviões), mas A FAA solicitou apenas 24 aparelhos, embora também comprasse um grande lote de peças de reposição e ferramentas da Dinamarca e contratasse o treinamento de pessoal, de modo que o contrato com aquele país seria de cerca de 650 milhões de dólares. A isto se soma o contrato de armamento, a ser assinado com os Estados Unidos, juntamente com a compra da aeronave, que incluiria mísseis AIM-9X Sidewinder, AIM-120 AMRAAM, bombas guiadas e pods de designação e reconhecimento de alvos, entre outros equipamentos, por um valor não especificado.
Nesse sentido, Resnik indicou, conforme publicado pelo jornal La Nación, que “Estamos trabalhando no financiamento agora e esperamos notificar em breve 40 milhões de dólares em financiamento militar ao Congresso e acreditamos que isso ajudará a aumentar a competitividade desta solução para modernizar a sua frota envelhecida da Força Aérea e apoiar a sua segurança nacional”.
Internamente os militares da FAA, não acreditam que o atual governo vá avançar na assinatura do contrato e esperam levar o assunto ao poder político após as eleições de 22 de outubro, esperando obter o compromisso de quem vencer para avançar com as compras. Nesse sentido, a Argentina tem pouca margem de manobra, pois existem diversas nações interessadas tanto nos aviões quanto no lote de peças de reposição, portanto a oferta será mantida por pouco tempo.
No caso dos P-3 Orion, a ARA também espera poder assinar um contrato o mais rápido possível, embora também haja pouca esperança de que isso seja feito com o atual governo e certamente também terão que aguardar até 2024, esperando que a oferta permaneça válida.
(*) Santiago Rivas é jornalista e fotógrafo argentino, especializado em defesa, editor da revista Pucará Defensa e colaborador de Tecnologia & Defesa na Argentina
Respostas de 7
Então dessa vez vai.
Vão usar por uns 5 ou 7 anos
Depois se juntam aos A-4’AR no museu de material obsoleto e inutilizável.
falta o principal $$. vai terminar este governo deles e so enrolaram com cartas de intenção
Creio q agora vai, F-16 véio, no osso e hiper desatualizado, mas, melhor q nada♂️
Custo a acreditar que os EUA irão liberar AIM 120 pra eles kkkk. Os ingleses vão turrar os americanos até eles desistirem dessa ideia.
Esperar a contraoferta da China… O problema aí é manter a Argentina sob controle perante a Inglaterra e fora da esfera de influência chinesa… E isso, só conseguirão se conseguirem vender os geriátricos F-16A/B.
É apenas um joguinho geopolítico do Sr: Joe Biden (bidê) com o Brasil, eles sabem que o Brasil está desenvolvendo os seus aviões. Também sabe que a China tem interesse em colocar bases ao sul perto da Patagônia, então, ele quer equilibrar o joguinho com o Brasil e China. Não esqueçam que o Brasil, (ao contário da Argentina) tem uma indústria bélica de defesa que está em crescimento.