Empresa brasileira pretende fabricar aviões no Paraguai

A empresa brasileira Wega Aircraft, de Palhoça (SC), por meio do Sindicato dos Empresários Brasileiros do Paraguai, realizou o voo de exibição da aeronave leve Wega 180 para autoridades da Direccion Nacional de Aeronautica Civil (DINAC), Ministerio de Industria y Comercio (MIC), Red de Inversiones y Exportaciones (REDIEX) e Fuerza Aérea Paraguaya (FAP), na pista da Brigada I, na cidade de Luque, no Paraguai.

A aeronave se destina ao treinamento de pilotos militares e civis e ao monitoramento do espaço aéreo, possui de asa baixa e tem capacidade para dois ocupantes, sentados lado a lado e incluindo o piloto. A intenção da Wega Aircraft ao conseguir uma autorização junto ao MIC, por meio da REDIEX, e criar uma nova indústria no Paraguai para a fabricação das aeronaves.

A demonstração acrobática, que ocorreu ontem, dia 11, apresentou o desempenho da aeronave, destacando suas capacidades, com diversos pilotos da FAP expressando seu desejo de pilotá-la.

 

A solenidade contou com a presença do ministro da Indústria e Comércio, Luis Alberto Castiglioni, que destacou o esforço da REDIEX, na pessoa de seu diretor Nacional, o embaixador Estefanía Laterza, por ter conseguido articular a demonstração de voo, assegurando que a possibilidade de uma aeronave ser fabricada no Paraguai será um fato concreto a curto ou médio prazo.

“Estamos falando de uma indústria que virá formar nossa gente, profissionais paraguaios e paraguaios em uma indústria que utiliza a mais alta tecnologia. Ao mesmo tempo, o Paraguai com a possibilidade de ser a sede de uma indústria que nada mais oferecerá. e nada menos que aviões para todas as partes do mundo”, disse o ministro, destacando que as aeronaves serão construídas com elementos de última geração, como fibra de carbono.

Participaram também o ministro da Defesa Nacional, Bernardino Soto Estigarribia, o presidente da DINAC, engenheiro Félix Kanazawa, o chefe do Estado-Maior General, Arturo González, o sócio acionista da Wega Aircraft, Paulo Falcao, e o presidente do Sindicato dos Empresários Brasileiros do Paraguai, Rodrigo Maia.

Fonte: DINAC

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Respostas de 11

  1. O país sofre há anos um forte processo de desindustrialização que, neste atual governo, também não houve interesse nenhum de reversão. Estamos perdendo cérebros, tecnologia e empregos para o mundo todo, até para o Paraguai.

    1. Os caras só vão montar e, no mais, o Brasil não pode ter multinacionais?
      Quanto ao processo de desindustrialização, sugiro ver a live de ontem no canal Arte da Guerra com o deputado Federal Luiz Philippe que por sinal, é muito esclarecedora.
      Já adianto, não espere uma mudança drástica do dia para noite com o processo de retorno da indústria.

      1. Multinacional tem sede e produção em um pais e parte producão em outros. Neste caso a matriz sera lá. Triste esta situação, estamos perdendo os melhores meios de geração de riqueza que e a industria. Traz tecnologia, salários melhores, etc… Tínhamos Tamoio e Osório, matamos os dois e compramos dez anos depois m60 e leo1a1, o guarani e produzido por multinacional italiana. Fabricamos as Niterois e a Barroso foi uma ótima continuação , matamos tudo e vamos comprar projeto novamente com montagem em estaleiro no Brasil, porem já comprado por multinacional.

    2. Trabalho em indústria no sul do Brasil e estou de acordo falta um programa de Brasil para apoio e crescimento do parque industrial Brasileiro, muitas industrias foram vendidas ou mesmo fecharam vide a Coreia do Sul. Poderia ter sido estudado alguma forma de apoiar o crescimento das empresas nacionais e hoje estaríamos comprando empresas estrangerias e as nossa seria as multinacionais dentro de outros países o que contribuiria para o crescimento da nossa economia, melhores salários para o povo trabalhador, menor déficit previdenciário e menos imposto para pagarmos.

      Tamos juntos pelo Brasil
      SBAS

  2. Boa tarde, Paulo Bastos. Acho que essa notícia está um pouco desvirtuada. Não é fabricação, é montagem. O avião vai ser montado no Paraguai.

    A DINAC (Dirección Nacional de Aeronáutica Civil) do Paraguai em nenhum momento falou de fabricação. Falou que é “ensamblaje” (montagem)

    “La intención de Wega Aircraft en el acercamiento al Ministerio de Industria y Comercio a través de REDIEX es aterrizar una nueva industria en el Paraguay, consistente en el ensamblaje de dichos aviones.”

    1. Pela reportagem do link (abaixo) a empresa vai embora por conta de “alta carga tributária brasileira, excesso de regramento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e falta de apoio das forças armadas do país, que não adquiriram aeronaves locais para instrução inicial de pilotos.”

      https://www.nsctotal.com.br/colunistas/estela-benetti/fabricante-de-avioes-experimentais-wega-muda-de-sc-para-o-paraguai

      Não adianta dourar a pílula. O Brasil vai se tornando inviável para a indústria e não se vê nada para reverter isso.

      1. É que ninguém quer largar os ossos (impostos). Já tem governador pulando casa m a questão da redução do ICMS. Aposto que vai cair no judiciário e existe uma grande chance de ser impedida.

        1. Caso você tivesse lido o link veria, novamente, que a FAB/governo não apoiaram a empresa, além do dólar nas alturas que encarece matérias primas e equipamentos como motores de aviões. Estamos perdendo competitividade, e não apenas por conta de governadores.

          1. Cara onde foi que eu escrevi que a culpa é apenas dos governadores? Eu apenas dei um exemplo sobre a questão dos impostos. Cuidado com stress!

  3. Enquanto o governador de sc, bombeiro aposentado com 48 anos, recebe 28 mil por mês e agora mais 33 mil vitalício de governador.
    Li aqui nos comentários sobre desindustrialização, não vai acontecer, já aconteceu. O atual presidente chegou a vender a Embraer para estrangeiros, graças ao covid os estrangeiros não levaram, coisa de 1 mes. O ministro da economia tem conta fantasmas em paraísos fiscais sem declarar no Brasil.
    Reforma da previdência para civil e caviar para militar.
    Grande dia!

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