Comitiva do Exército visita a BAE Systems visando à produção de obuseiros no Brasil

Ao longo do dia de hoje,  14 de novembro, integrantes da Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro (EB), liderada pelo diretor de fabricação, general de divisão Tales Eduardo Areco Villela, visitou as instalações da fábrica de munições de armamento pesado da empresa BAE Systems, localizada na cidade de Glascoed, País de Gales.

A visita começou com uma apresentação institucional das capacidades da fábrica de Glascoed e, em seguida, a equipe da DF percorreu parte planta fabril da BAE Systems, com destaque para as áreas de carregamento, montagem e embalagem de munições de obuseiro e montagem e embalagem de munições de morteiro 81 mm.

Posteriormente, foi realizada uma reunião com representantes da empresa para debater sobre a possibilidade de fabricação sob licença no Brasil de obuseiros de 105mm L119 Light Gun, que foi ofertado na consulta pública 03/2024-EME, pelo sistema de fabricação e seus Arsenais de Guerra.

A reunião com a BAE Systems representou um avanço significativo no aprofundamento do tema, conduzido pela DF como parte da estratégia para a obtenção dos obuseiros 105mm AR destinados ao EB. Esse esforço visa alcançar a autonomia tecnológica na Artilharia de campanha, contribuindo para o aumento do poder de combate e para a garantia da soberania nacional.

O L119 é uma versão mais moderna do L118, utilizado pelo EB (Imagem: AGSP)

Com informações da Diretoria de Fabricação

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Respostas de 16

  1. Um comentarista levantou uma questão interessante certa vez.
    Se o EB busca nacionalizar Obuseiros, isso não torna o prejeto genuinamente nacional.
    E sim, nacionalizado!

      1. Fabrica sim. Depende da missão. A solução que encontraram na guerra da Ucrânia por ex. foi enterrar eles nas trincheiras (dos dois lados) e tem funcionado razoavelmente bem. Os EUA também tem na doutrina o desdobramento rápido usando blackhawks, chinooks na airborne. Depende muito da missão e da doutrina. Nenhuma guerra é igual a anterior.

      2. Concordo, hoje a guerra moderna tem que dispor de mísseis e Drones, até mesmo o tanque de guerra passa a ser um alvo facil

  2. Acho que a artilharia nunca será substituída. Em pleno 2024, continua sendo decisiva. Essa tecnologia é fundamental para completar o último estágio da nossa artilharia. Temos foguetes e morteiros, com obuses nacionais, nossa tríade estará completa.

  3. O processo que culminou na escolha do obuseiro Atmos evidenciou o interesse do EB pelos autopropulsados que representam o presente já que muitos países já contam com esse sistema, mas a pergunta que fica é: Qual a situação de combate a qual o sistema autorebocado é util ? Sobretudo porque não dispomos de um radar de contra bateria. Como deter a resposta do inimigo já que você utilizando do poder de fogo desses obuseiros tambem vai mostrar a sua posição ?

  4. Se não tivesse rolado aquela polêmica com Israel, isso poderia ser muito bem feito pela SOLTAM que já é da ELBIT. Daria pra fazer tudo na mesma fábrica que faria os ATMOS. Mas enfim, fica rodando aí então

    Se for desistir da nacionalização, os EUA tavam se desfazendo de M198 a 500 mil dolares por unidade via FMS (usados). O Iraque correu atrás de alguns e acho que Jordânia também (mas esse não tenho certeza, o Iraque eu tenho).

  5. No campo de batalha cada meio de apoio de fogo tem sua importância, seja ele Ob, Can, Mrt, LMF ou Msl. O importante a destacar é a capacitação que o Gen Talles e sua equipe estão procurando empreender na BID. Parabéns!

  6. Paulo Bastos , a BAE Systems não tem um modelo 155 mm AR . Quem vc acredita poderia ser um parceiro para o projeto do 155 mm construído no Brasil ?

  7. Fabricar no Brasil, mesmo sob licença, é uma boa notícia, principalmente se for adquirido experiência. Governo deveria comprar mais produtos de empresas nacionais, principalmente Helicópteros da Helibrás.

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