China aposta nos blindados pesados para o Exército Brasileiro

Na LAAD Defence & Security 2023, a maior feira de defesa e segurança da América Latina, que ocorreu no mês passado no Rio de Janeiro, a empresa China North Industries Corporation (NORINCO), revelou que também irá oferecer a viatura blindada de combate carro de combate (VBC CC) VT4 e a viatura blindada de combate de fuzileiros (VBC Fuz) VN20 para os novos projetos de aquisição de blindados sobre lagartas do Exército Brasileiro (EB).

Estes projetos são resultados dos estudos iniciados em 2019, com a criação do grupo de trabalho multidisciplinar (GT) NOVA COURAÇA, que tinha como objetivo apresentar soluções para o curto, médio e longo prazos, alinhadas com as diretrizes de modernização da Força, que atendessem suas demandas e adaptadas à realidade nacional, sedo que, no longo prazo, foram apresentadas os requisitos da viatura que o Leopard 1A5BR, VBC CC padrão da Força Terrestre, e a introdução de um novo sistema de armas, a VBC Fuz, que seriam complementares no novo perfil operacional proposto.

Estande da NORINCO na LAAD Defence & Security 2023 (Foto: Roberto Caiafa)

No caso da VBC CC, os requisitos que mais se destacaram foram em relação ao seu peso, que os estudos apontaram para possuir peso inferior a 50 toneladas, o que facilitaria seu transporte com os meios já disponíveis, bem como a possibilidade de ter como armamento principal um canhão de 120 mm, com tubo de alma lisa, e uma grande gama de optrônicos de aquisição de alvos e computadores, permitindo o combate em qualquer tempo, com grande probabilidade de acerto no primeiro tiro, e completa suíte C4I.

Já para a VBC Fuz deveria possuir peso inferior a 45 toneladas, que fosse operado por uma guarnição de três militares, capacidade de transporte de um grupo de combate (GC) de sete militares e estivesse equipado com um canhão automático de 25 mm (no mínimo), sendo desejável a utilização da mesma plataforma da VBC CC (conceito de horizontalidade), visando à facilitação logística.

No dia 26 de dezembro de 2022, o Estado-Maior do Exército (EME) publicou a Portaria Nº 877, que aprovou a diretriz para a prospecção inicial para aquisição das novas viaturas, objetivando a obtenção inicial de até 65 VBC CC e 78 VBC Fuz até 2040.

Com estas informações, logo imaginou que o EB se utilizaria um “Medium Main Battle Tank” (MMBT), ou carros de combate médios, porem algumas correntes dentro da própria Cavalaria colocaram em dúvida este conceito, principalmente por conta dos últimos embates entre estes sistemas de armas, e os chineses viram nisto uma excelente oportunidade para oferecer mais um item de seu enorme portfólio.

VT4

O VT4 é um Main Battle Tank (MBT) de terceira geração, desenvolvido e fabricado pela Norinco, destinado ao mercado de exportação, que integra recursos avançados para oferecer maior poder de fogo e proteção no campo de batalha.

Uma maquete em escala foi apresentada na feira de defesa Eurosatory de 2012, em Paris, França, com o nome de MBT-300, porém seu primeiro protótipo só foi revelado dois anos depois, na China International Aviation & Aerospace Exhibition de 2014,em Zhuhai, China.

Maquete do MBT-3000 apresentada na Eurosatory 2012

Trata-se de uma viatura com peso de combate da ordem de 53 toneladas, equipado com um motor diesel turbo de 1.200 hp (883 KW), montado na parte traseira e acoplado a um sistema de acionamento hidromecânico , com um sistemas de suspensão com barra de torção que permite uma velocidade máxima de 70 km/h em estradas e 40 km em condições off Road, com uma autonomia de 500 km, podendo subir gradientes de até 60 % e superar obstáculos verticais de até 1,2 m.

Míssil GP125

Seu armamento principal é o canhão de 125 mm, de 50 calibres, alma lisa, com sistema de carregamento automático e capacidade de disparar projéteis cinéticos (APFSDS), explosivos (HEAT, HESH e HE) e mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM) GP125, com guiamento por feixe de laser (“line of sight beam riding” – LOSBR), alcance efetivo entre 200 a 5.000 metros e uma ogiva do tipo HEAT em tandem (que anula as blindagens reativa explosiva), que a empresa alega ter uma capacidade de penetração de 850 mm em aço balístico homogêneo. Como secundário possui uma metralhadora coaxial de 7,62 mm, um sistema de armas remotamente controlado (SARC) sobre a torre com uma metralhadora de 12,7 mm (.50’) e 12 lançadores de granadas fumígenas.

Sua torre é completamente estabilizada em todas as direções, independente do sistema de miras, com optrônicos de ultima geração e possui um sistema de rastreamento e aquisição de alvos com miras ópticas (com zoom contínuo), térmicas e sensores em outros comprimentos de onda e telêmetro laser com design integrado, além miras ópticas auxiliares, para uso em condições de degradação do sistema. Pode ser equipado com blindagem reativa explosiva (“explosive reactive armour” – ERA) e sistema de proteção ativa GL5, montado na parte superior da torre e composto por quatro radares de controle de tiro, com um alcance de detecção de aproximadamente 100m, e que oferece um alto nível de proteção contra mísseis guiados e granadas propelidas (“rocket-propelled grenade” – RPG).

VT-4 no AirShow China de 2016, em Zhuhai

A tripulação é composta por três membros: o motorista, localizado no centro do casco dianteiro; comandante, sentado à direita da torre; e atirador, no lado esquerdo, com uma escotilha de escape para cada um deles, sendo que o comandante e o atirador tem a sua disposição miras termográficas estabilizadas para identificação e reconhecimento de alvos e  motorista tem três periscópios de observação. Possui sistema de proteção nuclear, biológica e química (NBC).

Seu cliente inicial foi o Real Exército da Tailândia, que adquiriu o primeiro lote de 28 viaturas em 2016, 10 em 2017 e 14 em 2019. O Exército do Paquistão adquiriu 176, em 2019, e o da Nigéria uma quantidade não divulgada, em 2020, e estes já foram empregados em combate  nos enfrentamentos ao grupo terrorista Boko Haram. De acordo com a empresa, também está em uso no Exército de Libertação Popular, da China.

A NORINCO pode fazer a integração da torre Leonardo HITFACT Mk2 no VT4, conforme questionamento do EB, ou adaptar um canhão de 120 mm em sua torre, conforme for mais interessante para a Força, afirmando que “está aberta para negociar quaisquer adaptações, bem como a transferência de tecnologia da viatura ou partes dela para o Brasil, pois possui a propriedade intelectual completa do sistema”, conforme foi dito durante a LAAD.

VN20

VN20 no AirShow China 2022, em Zhuhai

O VN20 é uma viatura de combate de infantaria pesado (“heavy-duty infantry fighting vehicle” – HIFV), com peso de batalha da ordem de 55 toneladas, desenvolvido a partir da plataforma do VT4. Foi apresentado no na feira China International Aviation & Aerospace Exhibition, de 2022.

Sua tripulação é composta por três membros (motorista, comandante e atirador) e tem capacidade de transportar um GC de até oito militares, completamente equipados, e protegidos por uma proteção balística equivalente a de uma VBC CC e que pode ser equipado com dos mesmos sistemas de defesa (ativas e passivas) da VBC CC VT4.

Foram apresentadas duas opções de armamento: um SARC equipado com um canhão automático de 30×165 mm e uma metralhadora 7,62 mm; e com um sistema de armas similar ao do blindado russo BMP-3, equipado com um canhão de 100 mm, um de 30×165 mm e mísseis anticarro HJ-12E. Porem, assim como o VT4, este pode ser configurado conforme os requisitos do EB, podendo receber os SARC UT30BR2 (ou UT30 MK2) e REMAX.

VN20 em testes nos Emirados Árabes Unidos com uma torre similar a do BMP-3 e disparando um míssil HJ-12E

É importante salientar que os estudos apresentados pelo GT NOVA COURAÇA ainda não são os requisitos destas viaturas e que os mesmos estão ainda sendo analisados pelo EME, utilizando das respostas da prospecção, iniciada em dezembro de 2022, o que implica em afirmar que as limitações de peso sugeridas possam ser alterados. De qualquer forma, foi muito inteligente da NORINCO em sair na frente ao oferecer também plataformas mais pesadas, pois isso pode impactar as decisões sobre a futura família sobre lagartas do EB.

Durante a visita de uma comitiva do EB na China, em 2021, para conhecer o ST1, o VT4 e o VT5 também foram demonstrados

 

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Comentários

46 respostas

  1. Será que o EB vai quebrar paradigmas e olhar com bons olhos a oferta dos chineses? Principalmente pela possibilidade de adaptar a torre, SARC e misseis ao gosto dos brasileiros. Aguardando ansioso os próximos capítulos.

    1. Há relativamente pouco tempo, a FAB ficou muito perto de fechar com o F-7M chinês.

      A ainda menos tempo, operávamos o Mi-35 russo, e ainda operamos o IGLA, temos drones, bombas e misseis israelenses, o A-Darter desenvolvido junto com a Africa do Sul, navios de apoio indianos, lanchas colombiana.

      Os chineses entraram a relativamente pouco tempo no mercado de equipamentos militares de ponta e se eles conseguirem se enquadrar nas exigências das forças armadas brasileiras e apresentarem boas ofertas, com certeza veremos equipamentos chineses por aqui. A integração do VT-4 com a torre italiana pode ser uma boa opção neste caso.

  2. aço por aço… a grosso modo de falar.. a questão principal está relacionado a motor e os demais sistemas mecânicos do veículo. No mais a opção é valida por ser possível a integração dos sistemas desejáveis pelo EB.. a parte mecânica não se pode desprezar porém acredito que o principal em qualquer um desses veículos é a torre… quanto mais confiável melhor.

    1. Tailândia/Paquistão/Nigéria/Argentina/Vietnã vai por mim os produtos chineses estão ficando cada vez melhores segundo alguns especialistas pelo que sei mas não e minha opinião

  3. Há uma real possibilidade da proposta chinesa ser aceita pelo exército? Fora o Napant que está sendo construído no Rio de Janeiro, não há nada chinês nas forças não é?

    1. NaPAnt está sendo construído no Espírito Santo pelo estaleiro Jurong de Cingapura.
      O NPqHo “Vital de Oliveira” foi fabricado na China.

  4. O EB vai ter que muda os requisito ou vai fica sem MBT porque hoje não há um veiculo capaz de atender todos os requisitos absolutos. Até o Type 10 teria que sofrer ajustes (!)

    1. já passou da hora do EB se livrar da dependência psicológica europeia e passar a olhar para equipamentos chinêses e russos sem preconceito

  5. Dois veículos interessantíssimos pro EB, gostaria de ver ambos ,devidamente dentro dos requisitos do EB, por estas bandas e as centenas.

  6. Se for pra comprar MBT chinês, prefiro que adquiram um MMBT europeu. Não faltam ótimas opções:

    CV90120
    Lynx 120
    ASCOD 2 MMBT

    1. A questão é comparar um MMBT europeu com uma MBT chinês. Existe uma diferença grande de proteção blindada entre os dois. O MMBT possui alto poder de fogo, agilidade, porém a capacidade de sobrevivência reside mais em operar escondido, baixa assinatura térmica, velocidade, etc. Não resistem a disparos diretos, nem de canhões de 105 mm.
      Já os MBT possuem uma blindagem bem superior, alguns são capazes de resistir à maioria das munições de 105 mm e até muitas de 120 mm dependendo da distância, etc.
      Eu sou leigo, mas acho que o efeito de choque de um MBT é superior à de um MMBT.

      O problema é que um MBT ocidental (americano ou europeu) custa cerca de U$ 18 ou U$ 20 mi a unidade. E um MMBT europeu custa METADE disso. Porém, existem outros forncededores. A Rússia vendeu T-90 para a Índia por cerca de U$ 6 mi a unidade, ou seja, 3x mais barato que os principais MBT ocidentais como o Abrams ou o K2 sul-coreano.
      E os chineses também possuem preços bem atraentes. A Tailândia comprou 38 VT-4 por cerca de U$ 150 mi, ou seja, cerca de U$ 4 mi a unidade. Mais recentemente compraram mais 10 VT-4 por U$ 58 mi, ou seja, U$ 5,8 mi a unidade.

      Um MMBT como o CV-90 vai custar praticamente o mesmo que o Centauro 2, ou seja, U$ 9 mi talvez um pouco mais.

      1. Os modelos chineses apresentados nesta matéria são bem interessantes e creio não deixa nada a desejar pros veículos ocidentais super caros. A questão é preço político(medo das sansões dos EUA/Europa) por um lado e alinhamento político militar de outro(sempre inclinado pra “democracia” ocidental, exercícios e uso de equipamentos padrão Otan etc).

        1. Caro,

          Ninguém irá impor sanções ao País se este vier a adquirir equipamento militar alheio ao ocidental; não apenas por isso…

          A questão real passa primeiro pelo alinhamento pleno que se deve ter com o comprador, e a certeza de que, no mínimo, não se será potencial adversário deste ultimo em um futuro previsível; tudo para assegurar um fluxo logístico constante (e sem ilusões, pois não haverá ToT que garanta a produção integral de tudo o que se precisa no próprio País).

          Seguinte: há questões referentes a doutrina a ser desenvolvida para a força alvo da compra. O equipamento tem que se adequar da melhor forma possível a todas as táticas a serem desenvolvidas, dentro de uma estratégia coesa… o que pode incluir detalhes variados que vão deste o tipo de munição a ser empregado, custo de operação a longo prazo e até mesmo proximidade física com o comprador e instalações disponíveis no País para lidar com o itém em questão!

          Nada é tão simples, caro Tomcat…

          1. Pois é meu caro, tem muita coisa envolvida mas bem que poderíamos dar uma de Índia e ter mais de um fornecedor de um mesmo tipo de equipamento.

      2. Um MMBT não resistir nem ao canhão de um velho cascavel…. na verdade a maioria no máximo a 30mm (os baseados em IFV) Com kit extras porém seria em todo o blindado nós mais pesados….o que seria um pequeno upgrade sobre o Leopard (a exceção seria a blindagem do arco frontal e a da torre que acho eu que seja maior).

        Os chineses uma hora vão vender aqui (AL) e pode apostar que um dos produtos será MBT’s seja ele com um cópia licenciada do L7 ou um canhão de 125 mm que mesmo com munição de performance “obsoleta/degradada” será o suficiente para um MMBT em qualquer ângulo…

        1. O SABRAH que Israel vendeu para as Filipinas é baseado no ASCOD2… Acredito que possa ter outra empresa para “montar” um MMBT baseado neste veículo também. Assim como a ELBIT fez.

  7. Eu sou muito desconfiado com qualquer coisa que venha da china. Mas, se eles aceitam integrar a torre HITFACT e um SARC brasileiro ou outro ocidental, o que seria chinês é o casco/chassi e a parte mecânica/elétrica/hidráulica. Se isso for de qualidade suficiente e, principalmente, com suporte logístico e de manutenção adequados, seria algo a ser pensado.

    1. Também penso que as partes críticas são os armamentos e sistemas eletrônicos de mira, comunicação e defesa.
      Mas será que compensará comprar a base chinesa e instalar as torres e outros sistemas ocidentais? Vamos economizar bastante dinheiro fazendo isso? Não tenho ideia e só saberemos se o EB resolver fazer isso, o que acho difícil.

      1. Será que o dono do projeto torre vai gostar da ideia? será que os governos vão gostar da ideia?

        1. Boa pergunta.
          A ARES não deve ligar. O importante é vender.
          A Leonardo eu não sei. Mas uma venda de uma centena de torres não é tão fácil justificar por questões ideológicas e por medo de espionagem chinesa (dá para adotar salvaguardas, mas nada que seja 100% seguro).

  8. Alguém faz ideia do que muda entre o Type-99 e o VT-4, além de ser um para uso interno e outro para exportação?

    Será que os chineses, assim como os russos faziam, fazem o “downgrade” das versões de exportação?

  9. É criado um polo industrial no RS baseado nos Leopards, outro da IVECO para VBC de 6 rodas em MG, duas linhas de logísticas diferentes…ainda assim existe a possibilidade de uma terceira opção? Será? Independente das diversas categorias e especificações dos meios…

    1. Não é bem um polo industrial no RS, né?
      É mais uma oficina da Rheinmetall para prestar manutenção aos Leopards e Gepards.
      Com a aposentadoria dos Leopards e Gepards, não faz nenhum sentido comprar produtos da Rheinmetall só para manter a oficina funcionando. A compra dos blindados é muito mais cara que oficina e, de qualquer forma, a empresa fornecedora terá que criar uma infraestrutura de manutenção para os veículos (pode até comprar as instalações da Rheinmetall no RS para isso já que os MBTs/MMBTs ficarão concentrados lá mesmo).

      1. No RS está KMW não a Rheinmetall, agora estou curioso como fica o KF-51 sem chassis, já KMW ia entra em batalha com a Rheinmetall sobre a Propriedade Intelectual do Chassi do Leopard 2A4… no final houve um acordo e a Rheinmetall reconheceu que pertence a KMW…Quem sabe não vão ter que desenvolver um chassi do zero.

        Lembrando que a Rheinmetall tem uma JV com a BAe System e detém 70% dela. Logo o Chassi/projeto do Challenger 2/3 tá ai para isso porém não se fabrica mais.

          1. Sim, eu confundi as empresas alemãs.
            De qualquer forma, o que temos no RS é uma oficina da KMW e não uma fábrica de blindados.

      2. Aqui em Santa Maria existe uma unidade da KMW. Ela realiza manutenção em todos os níveis dos veículos Leopard 1A5 e Gepard. A proposta da empresa, e para o que ela foi contratada pelo EB, era de fazer a manutenção da família Leopard/Gepard, e ela faz isso atualmente. além disso, A proposta também era de desenvolver uma nova família de blindados sobre lagartas, para substituir os Leopard, em conjunto com o EB. Mas, isso depende do próprio EB (doutrina, especificações) e do GF ($$$). A KMW aqui em SM tem bastante espaço e área física para implantar uma linha de montagem de um novo veículo.

  10. Vocês estão esquecendo de uma coisinha. Qual o custo geopolítico do Brasil em aceitar tais veículos? Vale a pena? Sou muito mais as plataformas CV90!!!!

    1. Não vejo custo político algum.
      A população que votou no governo atual, não liga pra isso. Os que não gostam da China votaram no outro candidato.
      Os EUA não gostarem, não muda nada. O difícil é convencer o EB, existem muitos militares que ainda são preconceituosos com equipamentos fora do padrão Otan, tanto equipamentos russos como chineses não são muito aceitos por muitos militares de alta patente. Mas do ponto de vista do governo atual, não teria problema algum.

  11. Minha preferencia musica pra cavalaria do EB seria Eurobeat estilo Initial D, mas se vira um KPOP vou ter que engolir de “boa”…

    Ps.: Eurobeat nasceu na Itália porém foi o tema de Initial D anime de corrida (Type-10), Bem o KPOP já é alto explicativo (K2|K21).

    1. Sim possui. Esta no texto da matéria e provavelmente é um item opcional:

      “Pode ser equipado com blindagem reativa explosiva (“explosive reactive armour” – ERA) e sistema de proteção ativa GL5, montado na parte superior da torre e composto por quatro radares de controle de tiro, com um alcance de detecção de aproximadamente 100m, e que oferece um alto nível de proteção contra mísseis guiados e granadas propelidas (“rocket-propelled grenade” – RPG).”

  12. jamais seremos um grande País. Nossa falta de compromisso com o futuro, sempre dependendo dos outros, nunca investindo em equipamentos e armas desenvolvidos no país, seremos sempre colônia. imaginem nos dias de hoje a China dependendo de armas e munições fabricadas fora do seu território? imaginem os Estados Unidos dependendo dos outros. ?

  13. Tanques já não importam tanto como no passado, como se vê hoje na Ucrânia. nenhum dos dois lados teve alguma vantagem. Parece que hoje o que vale é voar e ser rápido!!

    1. Carros de combate são importantes como elemento de choque e ainda são fundamentais em ofensivas convencionais, oferendo poder de fogo com alta mobilidade e munido de considerável proteção.

      Na Ucrânia, no inicio do conflito, os MBT foram empregados de forma algo equivocada pelos russos, avançando por estradas abertas sem que houvesse sequer uma proteção adequada da infantaria, somando-se a isso o efeito negativo de uma cobertura aérea ineficaz.

      Atualmente, os carros russos e ucranianos vem sendo utilizados principalmente para golpear pontos duros, em apoio a uma tropa. Onde os caras sabem que a infantaria não dá jeito por conta própria, chamam o MBT com seu canhão… Na Síria também é o mesmo.

  14. Bem sobre a limitação de peso imposta no processo no próprio ROB se tem com ROA o uso de pontes classe 60 segura o seja 60t se fugi das 50t para antes da 60t… Então por que limitar a 50t? Bem a uns anos atras após a compra dos Leo’s 1A5 houve estudos para ir “Evoluir” para a família Leo 2 sobretudo na variante 2A4 que curiosamente tem 52t, assim como o M60, já o esquecido Leclrec tem 54,5t e hoje tem 57t. O que quer dizer ou que o EB quer um 50t já pensando nos upgrades futuros ou tem algum outro limitador ou os dois.

    Bem considerando os números a serem adquiridos e o fato que só contemplam MBT e IFV. Aí chegamos no limitador “real”, fica claro que não terá nesse momento viaturas especiais, ou seja, sem viaturas para Rec. tendo que ser atendida pelos atuais VBE-REC Leopard e M88A1 sendo essa última vem sendo adquirida aos poucos pelo EB, porém ela tem um limite de 56t para recuperação a não ser que se use outro M88A1 em conjunto. Essas 6t de diferença é um fator extra de segurança do EB

    Um jeito econômico seria, talvez, adquirir e atualizar mais M88, porém numa versão intermediara do A2 já que essa versão ultrapassa as 63t, porém tem uma capacidade de 70t… no caso um versão uma que seja mais leve já que a A2 teve incremento na blindagem, talvez sem isso fique abaixo das 60t.

  15. Já que nunca o EB comprou veículos chineses, acho que eles poderiam, atendendo a um pedido do EB, ceder por um ano 12 veículos de cada tipo, e enviar uma quantidade de munição, sobressalentes e técnicos.

    Com base nos resultados, as chances deles aumentariam muito.

    Imagina um MBT novo em folha no EB… precisamos também do equivalente ao Javelin (acho que é HJ-16) e de um Manpad IR em quantidade.

  16. Tá na hora de o EB dar oportunidade pros Chineses. Amamento europeu está a custo proibitivo fora as esperas, pois tá todo mundo se armando. Na minha opinião um lote de uns 60 desses versão BR adaptada pro nosso terreno e com canhão de 120mm da rheinmetall. Ficaria excelente.

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