Na última quinta-feira, dia 12 de dezembro, o Ministério da Defesa da índia informou que o carro de combate leve (CCL) Zorawar, projetado pela Defence Research and Development Organisation (DRDO) para ser rapidamente deslocado para regiões de difícil acesso, passou nos testes operacionais em alta altitude realizados em Nyoma, região de Ladakh, na Caxemira.
Durante os testes, o protótipo realizou disparos de seu armamento principal, o Cockerill® 105 mm HP contra alvos situados a diferentes distâncias, a uma altitude superior a 4.200 metros, demonstrando grande precisão, e testes de transporte aéreo em uma aeronave Il-76 da Força Aérea Indiana, aspecto fundamental para operações nas cordilheiras da Índia. Estes testes seguiram-se à conclusão bem-sucedida de testes em ambiente desértico realizados em setembro deste ano.
Este projeto está sobre a responsabilidade do Combat Vehicles Research & Development Establishment (CVRDE), departamento da DRDO voltada para viaturas de combate, e será fabricado pela empresa Larsen & Toubro Precision Engineering & Systems, sob a iniciativa ‘Make in India’.
O Zorawar possui um peso de cerca de 25 toneladas e está equipado com motor diesel Cummins VTA903E-T760, com 760 cv, que garante uma relação peso-potência de 30,4 KW/T . Seu sistema de armas consiste na torre belga Cockerill® 3105, equipada com um canhão de 105mm e 53 calibres, sistema de armas remotamente controlado (SARC) com uma metralhadora .50 BMG, sistema de proteção ativa (APS) e optrônicos de última geração.
O seu desenvolvimento foi um contraponto aos carros de combate leve chineses ZTQ-15 (fabricados pela NORINCO e cuja versão de exportação é chamada de VT5) que estão sendo implantados na região de fronteira. Além disso, com as suas capacidades operacionais em alta altitude e a sua prontidão para desdobramento mesmo por via aérea, representam um passo significativo na modernização das forças blindadas indianas.
O Exército Indiano pretende colocar em operação o primeiro lote do CCL Zorawar até 2027, com uma implantação em fases para garantir uma integração suave aos regimentos blindados. Um pedido inicial de 59 unidades está planejado, com potencial para expansão com base no desempenho operacional, sendo que o requerimento é de 354 deles sejam implantados da fronteiras ao norte.