Na manhã de hoje, 20 de dezembro, o Exército Brasileiro (EB), através do o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), e a empresa IDV assinaram o contrato de desenvolvimento e produção dos protótipos das viatura blindada de transporte especial Ambulância (VBTE Amb) e da viatura blindada especial Posto de Comando (VBE PC) da família Guarani.
As duas novas viaturas, cuja diretriz de desenvolvimento foi aprovada em outubro deste ano, fazem parte do projeto Guarani, integrante Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld), e o contrato garante seu desenvolvimento conjunto e a construção de um protótipo de cada versão, a ser produzida na IDV LATAM, em Sete Lagoas (MG), e que deverão ser entregues ao EB em 2026, onde iniciarão os processo de avaliação no Centro de Avaliações do Exército (CAEx). Após esse processo, iniciará sua produção seriada, com uma demanda da Força Terrestre de 80 unidades para a versão Ambulância e 74 para a Posto de Comando.
Ambas as versões deverão possuir a mesma proteção balística e mobilidade das viaturas da família Guarani nas diversas situações de emprego operacional previstas, além de capacidade de fornecimento de energia elétrica para alimentar seus os equipamentos e capacidade de utilização de fonte externa.
A VBTE Ambulância 6X6 oferecerá apoio de saúde para a evacuação de combatentes doentes ou feridos na zona de combate e, durante o trajeto, fornecer meios e condições apropriadas para realizar o atendimento pré-hospitalar.
Sua guarnição será composta por quatro militares (motorista, chefe de viatura, médico/auxiliar de saúde e atendente) e configuração, como ambulância básica ou avançada, para o transporte de dois pacientes deitados em macas tipo OTAN, removíveis, e três sentados, contando com sistemas de suporte de vida básicos e avançados, como oxigenoterapia, e barraca retrátil para atendimento externo, possibilitando o trabalho de triagem e atendimento médico para até quatro pacientes.
Já a VBE Posto de Comando 6X6 destina-se a oferecer os meios necessários ao exercício do comando, ou seja, da coordenação e do controle dos elementos de combate e apoio à unidade, proporcionando a consciência situacional aos decisores, assim como a capacidade de ser integrada ao sistema de comando e controle (C2) da Força Terrestre.
Terá uma guarnição de três militares (motorista, chefe de viatura e atirador), além de poder transportar até quatro integrantes do Estado-Maior, em cadeiras individuais e giratórias que possibilitem a realização dos trabalhos de comando previstos para serem realizados no interior da viatura, além de uma barraca externa retrátil, dotada de iluminação e sistemas elétricos, com capacidade para abrigar trabalho de até seis militares. Deverá possuir capacidade de autodefesa com uma metralhadora de calibre 7,62x51mm ou 12,7x99mm (.50 BMG) e granadas fumígenas.
A próxima versão do Guarani a ser desenvolvida será a viatura blindada de combate Antiaérea (VBC AAe), que será composta por viatura radar e lançadora (unidade de tiro), com sua assinatura estando prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2025.
Durante a 8ª Mostra BID Brasil, a IDV apresentou as maquetes das novas versões.
Respostas de 7
Caro Paulo Bastos.
Foi dito algo sobre alteração do casco do Guarani (em especial, o aumento da altura) para essas duas versões? Ou pelas maquetes foi possível observar alguma alteração (claro que sei que a maquete é apenas um esboço, mas a IDV já deve ter trabalhado minimamente no projeto e a maquete deve corresponder às ideias iniciais dela).
Se não precisar alterar o casco, será um trabalho relativamente simples e que deve ser concluído rapidamente.
Boa tarde, Rafael! Acredito que essas versões não devem abranger modificações estruturais nos veículos, pois ficaria mais caro e nessecitaria uma nova avaliação da versão modificada, demandando mais dinheiro e mais burocracia e tempo para todo esse processo.
Paulo , em uma matéria no T&D de 29.09.2021 , foi discutido uma nova versão VBC Mrt 6X6 Guarani . Cito o texto da matéria “ o projeto encontra-se na fase de projeto no EPEx, e teve seus trabalhos preliminares feitos com o auxílio e acompanhamento de um grupo de trabalho envolvendo a empresa Iveco Defence Vehicles e a Comissão de Absorção de Conhecimentos e de Transferência de Tecnologia na Iveco (CACTTIV), subordinada a DF. Atualmente está sobre a responsabilidade do CTEx, sob orientação do COTER.”
Esta versão não é mais uma prioridade ? Ou existem restrições técnicas para usar Mrt 120 mm no Guarani ?
Forte abraço .
O projeto foi deixado para o próximo tranche de 2028-2031 por questões orçamentárias. Não foi por limitações técnicas
Obrigado pelos esclarecimentos .
Pela que a Colômbia não comprou o Guarani
na Verdade só a Argentina e mesmo assim não temos mais noticias
Boa tarde, Bueno! Acredito que no caso da Argentina, essa possibilidade já foi descartada! Eles já têm planos para aquisição, parte da Nova Zelândia, parte dos EUA, via FMS, de veículos Striker.