ARES fornecerá simulador do SARC UT30 para Indonésia

A empresa brasileira ARES Aeroespacial e Defesa, do Grupo Elbit Systems, nos próximos meses, entregará um simulador do sistema de armas remotamente controlado (SARC) UT30 ao Exército da Indonésia, representando na primeira exportação deste importante sistema, que em breve estará em operação também no Exército Brasileiro (EB).

Esta será a primeira entrega da empresa de um contrato assinado para o fornecimento de 23 SARC UT30Mk2, de 30x173mm, que também serão produzidas na ARES e instaladas nas futuras viaturas blindadas sobre rodas 8X8 Pandur II, da General Dynamics European Land Systems (GDELS). A previsão é que todos os SARCs sejam entregues até o quarto trimestre de 2023.

O desenvolvimento deste simulador foi feito pela ARES como parte do acordo de compensação (“offset”) entre a empresa e o EB quando da aquisição destes sistemas para atender as necessidades do Programa Estratégico do Exército (Pgr EE) GUARANI, com os requisitos da Força Terrestre, e que foi apresentado ao público pela primeira vez na Festa Nacional da Cavalaria, em maio, no Parque Osório, em Tramandaí (RS).

De acordo com uma condicionante do Estado-Maior do Exército, o EB só receberia este simulador após a adoção oficial do sistema, cujos testes finais foram concluídos em abril deste ano e os documentos estão em fase final de análise, porem, no dia de hoje, 3 de novembro, o general de Exército Tales Eduardo Areco Villela, diretor de Fabricação do EB, assinou um documento solicitando seu recebimento imediato, haja vista o processo já estar próximo de seu término e, após sua conclusão, as atuais UT30BR serão atualizadas e existe a previsão para novas aquisições.

Visita para verificação

No último dia 28 de outubro de 2022, a ARES recebeu a visita de militares da Diretoria de Fabricação (DF), Arsenal de Guerra do Rio (AGR), Instituto Militar de Engenharia (IME) e Centro de Instrução de Blindados (CIBld) para acompanhar a situação do simulador da UT30.

Os militares interagiram com o simulador e puderam conferir todas as funcionalidades e capacidades do sistema, com destaque para os treinamentos operacionais e a análise pós-ação, (“debriefing”), a qual é de extrema importância para a instrução militar. Nesta função todos os eventos ocorridos durante o exercício de treinamento simulado são reproduzidos na estação do instrutor, incluído o vídeo e o áudio da fonia. O instrutor então pode analisar os eventos ocorridos e corrigir prontamente os alunos e com isso aumentando a eficácia e a performance nos futuros treinamentos.

Durante essa visita, a comitiva pôde também conferir o simulador que será entregue à Indonésia no final deste ano e que possui características similares ao simulador da UT30BR.

“Fico orgulhoso do trabalho que estamos realizando e da posição que alcançamos. Atualmente, A ARES está apta a atender não somente os projetos da empresa no Brasil, mas também os programas de sistemas de armas do grupo Elbit ao redor do Mundo”, destacou Gutemberg França Jr, líder do departamento de engenharia de software e simuladores da empresa.

Com informações da ARES e DF
Imagens: ARES e sargento Evaldo Fialho (AGR)

 

Copyright © 2022 todos os direitos reservados

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônica ou mecanicamente, exceto nos termos permitidos pela lei, sem a autorização prévia e expressa do titular do direito de autor.

Artigos Relacionados

Formulação Conceitual dos Meios Blindados do Exército Brasileiro ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO-PORTARIA Nº 162-EME, DE 12 DE JUNHO DE 2019 Documento...

Pela primeira vez no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) por helicóptero, foi a chamada Operação MANGA. Na...

A empresa grega EODH, em parceria com a belga-espanhola DUMA e a alemã KNDS Deutschland (antiga Krauss-Maffei Wegmann), apresentou um novo...

No dia 08 de maio de 2024 acontecerá Helipark, em Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo (SP), a Conferência de Aviação Policial –...

Os anos pioneiros da era do jato na Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira foram marcados pela operação de...

A Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) publicou, na última sexta-feira, dia 19 de abril, um pedido de cotação...

Comentários

8 respostas

  1. Bastos, tem uma quantidade específica a ser adquirida de torres pelo EB para complementar as já em uso ???

    1. Inicialmente a quantidade prevista era de 214, porém esse numero foi revisado e não foi informada a nova quantidade, mas a empresa espera fornecer, no mínimo, mais 30.

  2. ” um contrato assinado para o fornecimento de 23 SARC UT30Mk2, de 30x173mm, que também serão produzidas na ARES e instaladas nas futuras viaturas blindadas sobre rodas 8X8 Pandur II”…………. Pera a ARES não e brasileira e a UT30MK2 da Elbit Systems, porque as torres seram feitas no Brasil e depois enviadas a indonésia e não em Israel pela Elbit?, pera a ARES abriu fabrica no exterior?

    Eu fiquei perdido agora kkkkkk

    1. Se esta perdido, vou lhe dar um caminho 😉

      1. “A empresa brasileira ARES Aeroespacial e Defesa, do Grupo Elbit Systems…”
      A Ares é uma empresa nacional, que emprega mão de obra de brasileiros e que capacita fornecedores locais, fomentando o desenvolvimento de tecnologia nacional. É definida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa (ED), porém de capital estrangeiro, pertencente ao Grupo israelense Elbit.

      2. A Ares é a única empresa nacional (e Sul-Americana) com tecnologia e capacidade técnica (capital humano) para produzir SARCs e, para manter sua linha de produção aberta, fabricará aqui as UT30MK2, pois domina sua produção, enquanto aguarda novas encomendas do EB, já que são similares as UT30BR.

      Espero ter ajudado.

    2. A Indonésia é o país com a maior populaçāo muçulmana do mundo, e por razōes óbvias nāo mantem laços formais com o Estado de Israel, mesmo que mantenham relaçōes cordiais.
      Por outro lado, os sistemas são muito bons e competitivos…valendo-se do fato que o Brasil tem boas relaçōes com mercados como a Indonésia, é bastante interessante projetar daqui as vendas e sob outra marca.

  3. Bastos, há algum ganho de desempenho da UT30 MKII em relação a UT30BR? ou só uma redução do tamanho msm?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

DISPONÍVEL