Exército assinará o contrato de aquisição das VBC Cav Centauro II BR até o final do ano

No dia 21 de maio, durante o Apronto Operacional da Força de Prontidão da 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª Bda Inf Bld), no Campo de Parada Capitão José Pessoa, em Santa Maria (RS), foi realizado a incorporação das duas viaturas blindadas de combate de Cavalaria (VBC Cav) 8X8 Centauro II BR ao 6º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (6º Esqd C Mec), o “Sentinela da Boca do Monte”.

Essas viaturas, pertencentes ao lote de amostra adquirido em 2022, receberam as matriculas EB54659 (S/N 009) e EB54660 (S/N 010) e foram batizadas de “OSÓRIO” e “SANTA MARIA”, em homenagem ao patrono da arma de Cavalaria do Exército Brasileiro (EB), o marechal Manuel Luís Osório, e a cidade considerada a “Capital dos Blindados do Brasil”.

Nas palavras do general de brigada Marcus Augusto Bastos Neuvald, comandante da 6ª Bda Inf Bld, “é uma das principais viaturas caça tanques existentes em todos os exércitos do mundo”.

AS VIATURAS RESTANTES

A aquisição das VBC Cav é um dos principais projetos do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld), que visa modernizar as brigadas blindadas e mecanizadas, aumentando sua mobilidade, proteção e poder de combate da Força Terrestre.

De acordo com a Agência Verde Oliva, respondendo a questionamentos de T&D, a assinatura do contrato de aquisição do lote de produção das VBC Cav Centauro II BR, que prevê entre 98 e 221 unidades, correspondente à etapa 2 do projeto, está prevista para ocorrer até 30 de dezembro de 2025, com a aquisição inicial de sete viaturas. A contratação será realizada por meio de lotes anuais, compostos por seis ou sete viaturas, até que seja atingido o total de 98 unidades, sendo que cada lote contará com um contrato próprio.

As duas primeiras viaturas, sob responsabilidade do Comando Militar do Sul (CMS), estão aptas a participarem de exercícios militares ainda em 2025, reforçando sua integração às atividades operacionais das unidades às quais estão subordinadas.

A distribuição das viaturas contemplará a articulação das Forças de Emprego Estratégico e Forças de Emprego Imediato do Exército, estando previstas para os Regimentos de Cavalaria Mecanizados das Brigadas de Cavalaria Mecanizada, da 15ª e 11ª Brigadas de Infantaria Mecanizada e da 1ª Brigada de Selva.

As VBC Cav Centauro II BR mobiliarão os Pelotões de Cavalaria Mecanizados, em substituição as viaturas blindadas de reconhecimento (VBR) 6X6 EE-9 Cascavel, onde desempenharão missões de reconhecimento e segurança, com significativo aumento no poder de fogo devido ao canhão de 120mm, estando previsto o recebimento das primeiras viaturas do lote de experimentação doutrinária a partir de 2027, que permitirá avaliar o desempenho da plataforma em diferentes cenários de combate e criar uma doutrina de emprego específico, contribuindo para a mobilidade estratégica e a capacidade de combate das tropas mecanizadas.


Fotos: Comunicação Social 3ª DE e Luciano de Souza


NOTA DO AUTOR

A revista Tecnologia & Defesa agradece ao Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEX) e a Comunicação Social do Comando Militar do Sul pela disponibilização de informações e imagens que permitiram a confecção deste artigo.

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Respostas de 10

  1. Se forem entegues de 6 a 7 viaturas por ano, vai levar mais de uma década para finalizar o primeiro lote de 98!!!
    É isso mesmo ou entendi errado?

  2. Bastos, bom dia, e sobre o Cascavel NG tem alguma informação sobre a aceitação e possível encomenda do veículo modernizado ???

  3. nossa , bem demorado,!! Meu Deus!

    “estando previsto o recebimento das primeiras viaturas do lote de experimentação doutrinária a partir de 2027”

  4. Na marcha que se pretende, o Brasil nunca alcançará a a barreira de defesa plena. Revisões de prazos para restabelecer a defesa é urgente. A irresponsabilidade com a qual a defesa é tratada é abominável.

  5. Quando a FT receber o último lote já terá um grande cemitério de Centauros em algum lugar. Tempo de vida de equipamentos com boa manutenção é entorno de 15 anos. No EB isso será negligenciado, e com certeza a vida útil do equipamento reduzida.

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