Cascavel modernizado é apresentado ao Estado-Maior do Exército

Na última quinta-feira, dia 09 de novembro, o primeiro protótipo da viatura blindada de reconhecimento – média sobre rodas (VBR-MSR) 6X6 EE-9M Cascavel, o P01, foi apresentado para os oficiais do Estado-Maior do Exército (EME), na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

O projeto de modernização do Cascavel, de responsabilidade da Diretoria de Fabricação (DF) e cuja concorrência foi vencida pelo consórcio Força Terrestre (Akaer, Opto e Universal), refere-se ao desenvolvimento do projeto, a construção de dois protótipos e um lote piloto com sete viaturas. Porém esta é apenas a primeira etapa de um programa mais amplo, envolvendo a modernização, ao todo, de um número entre 98 e 201 viaturas, das atuais 409 em carga no Exército Brasileiro, desde que, o custo final das viaturas fique em, no máximo, 30% o valor de uma VBC Cav Centauro II.

Diferentes fases de construção do protótipo no AGSP

A apresentação oficial para a imprensa do P01 está prevista para ocorrer no final deste mês, nas instalações do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP). Já o segundo protótipo, equipado com mísseis anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM), que se pretendem ser os Spike LR, ficará pronto no próximo semestre.

Imagens: Diretoria de Fabricação

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Respostas de 37

  1. Uma excelente tarde de sábado a todos os Senhores camaradas do Tecnodefesa!
    Mais uma vez parabéns Bastos e demais senhores da equipe Tecnodefesa pelo furo de reportagem!

    Aliás, digno de mencionar que o Tecnodefesa e somente mais um site de assuntos de defesa (do Nelson Düring) aqui no Brasil, estão dando a devida cobertura ao programa “Nova Couraça” do meu invencível EB.

    Ansioso pela continuação da reportagem e dos desdobramentos quanto a modernização de peças da cadeia de manutenção do LEO1A5BR.

    NOTA:
    Caro Bastos, seria conveniente uma reportagem exclusiva sobre o MBT TAMOYO III? Penso que esse será a saída do EB, pois o cenário mundial e até político favorece.

    Sgt Moreno

  2. Os optrônicos, colocados sobre o tubo do canhão e sobre a torre, sao bem maiores do que foi apresentado nas ilustrações (como a colocada na última imagem). Torço para que esse programa tenha sucesso e consiga-se modernizar as 201 viaturas propostas. É o ideal? Não. É a última palavra em termos de viatura? Também não. A resposta para as duas perguntas é o Centauro II, o qual também vai equipar as Unidades de Cavalaria Mecanizada do EB. Num mundo ideal, o Centauro II seria adquirido em quantidades suficientes para substituir todos os EE-9, mas isso não é possível. Assim, o Cascavel modernizado consegue ser um complemento aos Centauro II. É o que se tem para o momento. De qualquer maneira, hoje temos EE-9 em configuração original e no futuro próximo teremos Centauro II e Cascavel modernizado. Um upgrade que, mesmo não sendo o ideal, é bastante significativo.

  3. Alguma informação se o 90mm vai vir a ser estabilizado em movimento? com tantas mudanças nos sistemas de giro e elevação e tambem da modernização do sistema de tiro é até interessante o quanto vai mudar o poder de ataque por inteiro da viatura sendo estabilizado(do tipo estabilização de dois planos) ou não

  4. Caro Bastos, foi divulgado pelo EB os preços das outras propostas para o VBC CAV?
    Digo isto porque foi condicionada a viabilidade da modernização do Cascavel desde que o valor não ultrapasse 30% do valor do Centauro 2.

    Porém tenho a impressão que a proposta da Norinco com o ST-1 poderia custar “próximo” de 30% do valor de um Centauro 2.

    Em vez de modernizar 98 ou 200 Cascavel, não seria muito mais interessante adquirir o ST-1 Novo com quase o mesmo valor?

    1. Luís os valores apresentados não foram divulgados publicamente, mas posso lhe dizer que não houve nenhuma diferença exorbitante como esta que citou.
      Sim, o Norinco foi o mais barato, e o LAV 700 o mAis caro, mas isso não era o faTor determinante, pois não era uma pregão, mas sim uma concorrência onde a parte técnica pesava mais que o valor de aquisição. Aliás o valor computado foi baseado no chamado “custo de ciclo de vida util”, que é uma estimativa de quanto a frota irá custar em um prazo de aproximadamente 30 anos (incluindo atualização de meia vida), e neste ponto, os três candidatos finais estavam muito próximos.
      Essa “estória” que produto chinês é barato não condiz totalmente com a realidade. Eles oferecem versões de acordo com o que o cliente busca.
      Lógico que o ST-1 vendido para a Nigéria era bem mais barato que a versão ST-1BR ou do ZTL-09 (versão chinesa), pois ele é muito mais limitado (na parte de optrônicos e outros sistemas).

      1. Obrigado pela resposta Paulo.
        Realmente imaginei uma grande diferença de preços devido à contratos de exportação com outras países em versões IFV.
        Se não me engano a Tailândia adquiriu uma versão denominada VN-1 com canhão de 30 mm e míssil antitanque por cerca de U$ 1,69 mi a unidade.
        Imaginei que uma versão com canhão 105 mm poderia custar não muito mais que o Dobro. Portanto algo próximo de U$ 3,5 mi. E como o Centauro 2 custou mais de U$ 9 mi a unidade…
        Mas agora está entendido.
        Se no futuro o EB resolver divulgar os valores das outras propostas, saberemos mais precisamente.
        Obrigado.

  5. infelizmente, no meu ponto de vista uma opção errada. Estão colocando dinheiro bom em defunto.
    A solução em função da questão financeira que impede a compra de Vtrs Centauro na quantidade 1×1, passa pela readequação, racionalização, redução das unidades de cavalaria do EB e utilizando o binômio Centauro e uma versão do Guarani com torre de 30mm com montagem de lançador de ATGM.

    1. Não existe solução boa quando não temos orçamento para sustentá-la.

      Embora ache que você está certo, acho que o EB tá preocupado e manter o serviço tanto quanto possível. Se ele parar um para comprar outro, vai ficar um tempo sem nada. E pode ser crítico.

      1. Eu tenho minhas dúvidas se um Guarani com canhão de 30mm é tão mais caro que essa modernização do Cascavel.
        E obviamente o Guarani é um veículo muito melhor que o Cascavel modernizado.

          1. Atualmente, as únicas versões previstas para o Guarani são: Ambulância, Antiaérea, Central diretora de tiro, Comunicações, Engenharia, Porta Morteiro e Posto de Comando.

    2. Rapaz, vou ter que concordar, por mais que acho bacana a modernização,tardia mas merecida desse carinha que carrega o piano a décadas, o ideal seria aplicar verba no Guarani com ATGM junto ao canhão 30mm.

    3. Juarez, serão usos diferentes.

      Conforme dito na matéria, o Cascavel é uma viatura blindada de reconhecimento – média sobre rodas, já o Centurion será uma viatura blindada de combate de Cavalaria média sobre rodas.

    4. opa…muito mais que adquirir um veiculo blindado, é dominar todo processo mecânico, nacionalização de peças e engenharia.

      teremos 98 centauros, o que trará grande apoio, mas os cascaveis modernizados além de apoio a cavalaria, trará grande desenvolvimento tecnológico para a indústria nacional, isdo sim é muito valioso.

      comprar armamentos só por comprar como os Gigantesco e Pesados Helicópteros russos, não vale a pena.

  6. Os sensores não são refrigerados, por isso esse tamanho. Realmente muito grande. Isso vai atrapalhar a estabilidade do canhão e direção offroad do veículo.

  7. o Brasil. ao está andando na contramão dos outros países ? não seria melhor equipar com drones de reconhecimento e ataque , helicópteros de transporte e ataque, pois, tanques já mostrou que são obsoletos , que explodem com um drone de 5 mil reais.

  8. Parabéns Paulo pela excelente matéria. Eu não sei se será possível, mas eu adoraria ver uma comparação mais detalhada dessa viatura modernizada e a viatura modernizada pela Equitron, só para comparativos.

  9. Na minha humilde opinião, poderia-se retirar aquela torre com metralhadora e por a ótica do atirador em cima da torre e instalar uma Remax no lugar daquela outra instalação, integrando a própria Remax ao SCT e melhorando a silhueta do veículo.

    Fora isso está excelente.

  10. Para evoluir, precisamos começar de algum ponto. Os optrônicos não são tão pequenos quanto os europeus, porém já é uma vitória. Isso demonstra nossa capacidade de desenvolvimento interno, e após a industrialização, poderemos evoluir e miniaturizar ainda mais. Todo esse projeto será uma base sólida para o futuro desenvolvimento de veículos de esteira, seja para uso na infantaria ou em combate, nacional (ou a ser nacionalizado).”

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