Por Webinfomil (*)
O Exército equatoriano comprou 137 veículos blindados Shaldot Tiger MKII e Paramount MBombe 6 por 65 milhões de dólares para realizar operações militares de combate a grupos terroristas, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e organizações do narcotráfico, que atuam na fronteira norte.
A aquisição foi feita através da empresa israelense Elbit Systems, que equipará os veículos com o sistema de comunicações e combate, com a solução de rede de rádio definida por software móvel E-LynX e um conjunto de aplicativos de gerenciamento de batalha, e o mini-UAS de decolagem e pouso vertical Magni. De acordo com o contrato, a empresa Elbit Systems fornecerá ao Equador as unidades mecanizadas totalmente em rede nos próximos 30 meses.
“Estamos testemunhando um crescente reconhecimento por parte das Forças Armadas da necessidade de adquirir a capacidade de conduzir operações interoperáveis. Esta adjudicação de contrato valida ainda mais a posição de liderança que mantemos na crescente área de guerra de combate em rede”, disse Haim Delmar, gerente geral da Elbit Systems C4I & Cyber.
O Tiger é um modelo 4X4, fabricado pela empresa israelense Shladot Ltd e desenvolvido a partir do chassi do Ford F550 ou Dodge RAM 5.7. Com capacidade para transporte de 8 a 12 ocupantes, possui cinco portas e um posto de armas para fixação de metralhadoras ou lança-granadas.
O Mbombe 6 é um veículo blindado 6X6, fabricado pela sul-africana Paramount Group, tem capacidade para transportar até 11 militares equipados, protegido por uma blindagem tipo STANAG 4569 nível 4, que lhe permite, segundo seu fabricante, resistir a minas e artefatos explosivos improvisados (“improvised explosive device” – IED) de até 10 quilos de TNT e granadas lançadas por foguetes com peso de até 50 quilos a distâncias de cinco metros.
O general Gustavo Acosta, comandante do Exército, declarou que os veículos blindados “têm proteção contra Minas. Isso é especialmente importante na fronteira norte onde encontramos recentemente várias minas que causam muitos danos, mas com esses veículos vamos teremos maior segurança e poderemos entrar em mais lugares.
Para apoiar as operações dessas equipes blindadas, será criada uma brigada de cavalaria mecanizada, que terá seu centro de operações na província de Manabí, de onde melhorará a capacidade de reação contra as ameaças do narcotráfico.
Enquanto isso, as operações militares continuam nas áreas de San Lorenzo, Mataje, Magüí Payán, Cumbal e Jardín de Sucumbíos. As patrulhas são realizadas em áreas rurais para neutralizar as operações de subversão armada de dissidentes colombianos das FARC e organizações criminosas que utilizam essas áreas e as rotas fluviais para o narcotráfico até a costa do Pacífico, de onde a droga é transportada para o exterior.
(*) O portal Webinfomil foi criado em 2010 e é o principal portal de notícias de defesa e segurança da Colômbia.
Respostas de 11
Gostei do texto, leitura rápida e explicativa. Penso q as forças armadas do Brasil deveria comprar ou fabricar veículos iguais ou parecidos como do texto acima p complementar as forças. Comprar veículos caros ou de “glamour”, é chutar o “pau da barraca…”, abraços.
mas fabrica , o GUARÁ é um exemplo …
Não fabrica.
Fez um protótipo.
Fabricar significa ter um linha de produção de um produto pronto e vendido para clientes e isso não ocorreu com o Guará (nem com o Tupi).
Ninguém ofereceu o Guarani pra eles?
Acho que o Guarani sai de fabrica com blindagem nível 3, e deve ser bem mais caro.
Impressionante como os demais países compram em grande quantidade, para baratear o preço fial, aqui no Brasil compramos meia-dúzia, a conta-gotas, isso num país continental como o nosso.
E mais eles compram uma caixa preta. Não sabemos como foi o processo de compra, isso pode estar amadurecendo há tempos.
Carlos Crispim, mais otimismos meu a caro.
O Guarani 6X6 já foram entregue mais de 500 Unidade, sendo fabricadas no Brasil e também são vendidas
http://tecnodefesa.com.br/entrega-do-guarani-500-das-lmv-br-e-anunciada-a-fabricacao-dos-guarani-das-filipinas/
LMV-BR de 186 , 32 unid já foram entregues com previsão de Fabricação no Brasil, fora as 16 unidade Iveco Lince compradas de emergência para intervenção Rio.
http://tecnodefesa.com.br/lmv-br-o-exercito-finalmente-incorpora-sua-nova-viatura/
Para o VBC Cav. , para o escolhido tem se a previsão de produzir/Montar no Brasil,
Todas esta aquisições a quantidade passa de 10 meia-dúzia e com capacitação da Industria de defesa do Brasil produzir e vender. ,
Exatamente as aquisições do Brasil envolvem domínio técnico de fabricação e de manutenção, tal conhecimento leva tempo e tem um $$ a ser pago a mais. Nossas aquisições já vem com uma visão de em caso de embargos termos uma capacidade de mantermos os veículos rodando com independência.
Quanto ao Guarani, ok.
Mas em relação ao Lince, 186 é a expectativa. Por ora, foram comprados apenas os 16 usados e os 32 novos. Não há contrato para novas unidades.
Acho muito difícil fabricar e até mesmo montar (CKD) a VBC Cav no Brasil, principalmente se fecharem a compra de apenas 98 unidades. Ficaria um preço ainda mais alto para um veículo que já é naturalmente caro. Seria um péssimo custo-benefício. Muito mais inteligente seria negociar offsets, em especial, caso vença o Centauro II, de exportações de veículos da Fiat para a Itália, por exemplo. Geraria empregos aqui sem aumentar demasiadamente o valor da compra dos Centauros II.
Interessante é a Elbit vende frotas heterogêneas de veículos blindados e com fontes diferentes, até pouco tempo esse tipo de compra seria só de veículos da mesma família…