O Irã pede Vingança pela morte do seu mais poderoso comandante militar (Golfo).

O general Qasem Soleimani morreu quando o comboio de veículos no qual viajava foi atingido por um míssil disparado de um drone dos EUA, na saída do aeroporto de Bagdá, capital do Iraque.

O general era o comandante da força de elite iraniana, a Guarda Revolucionária do Irã, responsável ​​por operações militares no estrangeiro e respondendo ao comando direto ao líder supremo do país, Aiatolá Ali Khamenei.

Soleimani, para muitos no Oriente Médio era visto como um herói nacional carismático. Sua morte deflagrou manifestações indignadas de milhares de iranianos nas ruas de Teerã e outras cidades do País.

Enquanto eles denunciam o que chamam de “mais um crime de Washington”, o Governo Trump informou a comunidade internacional que decidiu matar o general porque ele estava desenvolvendo planos para atacar americanos no Iraque, incluindo diplomatas.

Um enigmático post no Twitter com a bandeira dos EUA foi a explicação dada por Trump para a morte do general iraniano.

O Irã diz que haverá graves consequências, o porta-voz da Guarda Republicana, general Ramadan Sharif, afirmou em nota oficial que a alegria americana pela morte de Soleimani teria vida curta e prometeu vingança.

O Pentágono disse que o assassinato foi um ato defensivo para evitar a morte de pessoal dos EUA na região. Os americanos residentes foram instruídos a deixar o Iraque o quanto antes.

Entre líderes ocidentais, tradicionais aliados dos EUA, a palavra de ordem é de não escalação do conflito, essa tem sido a posição da Grã-Bretanha, da Alemanha, de Bruxelas (sede da NATO/OTAN), ninguém quer uma guerra.

Os Aliados dos EUA, inclusive aqueles que mantém tropas em zonas de conflito na região queixaram-se pois não receberam qualquer aviso sobre as ações norte-americanas em Bagdá. O Congresso dos EUA também não foi consultado pelo Alto Comando dos EUA.

O processo que levou o Comandante em Chefe, Presidente Donald Trump, a tomar uma decisão que os presidentes antes dele refutaram várias vezes, incluindo Bush e Obama, precisa ser melhor compreendido, ainda mais que o secretário de defesa Marcus Burr deu uma declaração afirmando que a lógica para este ataque foi um movimento para evitar mais ataques iranianos depois dos recentes incidentes envolvendo milícias pró-iranianas contra a Embaixada dos EUA em Bagdá, no Iraque.

A China, um grande comprador de petróleo iraniano e um Membro do Conselho de Segurança da ONU pediu moderação de ambos os lados, especialmente dos Estados Unidos e Reino Unido.

Nas próximas horas, e especialmente, durante a cerimônia de enterro do corpo do general iraniano, as manifestações anti-América deverão crescer exponencialmente em toda a região, e o risco de uma escalada militar da situação não pode ser ignorado.

No momento em que a Turquia decide pelo envio de tropas para a Líbia, em meio a promessa de um bloqueio aéreo e naval ítalo-egípcio no Mediterrâneo, a explosão de um conflito no Golfo Pérsico e a consequente disparada do preço do barril de petróleo e o risco de fechamento do Estreito de Ormuz podem produzir efeitos nefastos sobre a economia mundial ao longo de 2020.

Perto desse cenário, os ataques as refinarias sauditas por rebeldes Houtis, no final de 2019, podem ser considerados “atos isolados”.

É fato, a morte de um iraniano comandante militar de alta patente em outro País (o ataque se deu em Bagdá), e o consequente estupro da combalida soberania iraquiana pelos drones dos Estados Unidos, mais uma vez, tem potencial de lançar todo o Golfo Pérsico e Oriente Médio em uma guerra de consequências imprevisíveis.

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