O mercado de morteiros de 120 mm embarcados apresentou durante a LAAD Defence and Security 2019 propostas para atender a requerimentos futuros do Exército Brasileiro (EB) com relação a modernização de suas brigadas mecanizadas (previsto quatro carros porta-morteiros do tipo Guarani por batalhão).
Sistemas Automatizados
As empresas RUAG e ONIRIA já ofereceram ao EB, respectivamente, o morteiro pesado de 120 mm RUAG Cobra, e o VRTS, sistema de realidade virtual para treinamentos (virtual reality training system) projetado para apoiar a instrução de futuros operadores.
O simulador reproduz os procedimentos para o tiro do sistema de morteiro acoplado ao blindado Guarani utilizando a tecnologia Virtua Workshop, que converte equipamentos e procedimentos em realidade virtual.
Na LAAD 2019 a ST Engineering apresentou o Super Rapid Advanced Mortar System (SRAMS) de 120 mm, montado em um VBTP-MR 6×6 Guarani.
Pesando apenas 1.200 kg,o SRAMS atira com uma força de recuo inferior a 30 toneladas ao disparar uma carga máxima (alcance confirmado de 10 km), único no mundo com essa capacidade, especialmente importante ao se considerar os esforços (e danos) que o blindado está exposto durante o fogo contínuo.
Outro morteiro de 120 mm com a capacidade de recuo atenuado é o Cardom de 120/81 mm, exibido pela ARES Aeroespacial e Defesa em seu estande.
Segundo Marcus Tollendal, diretor geral da empresa, esse equipamento traz uma vantagem para sua manutenção pela quantidade em uso. “Temos mais de mil unidades vendidas. Isso é importante para a gestão de obsolescência dos equipamentos, pois significa a oferta de peças de reposição”, explica.
A empresa de Defesa sueca Saab também atua nesse mercado oferecendo as modernas munições inteligentes para morteiros 120mm THOR.
Anunciada oficialmente pela Saab durante a feira DSEI 2017, pode ser disparada por qualquer um dos morteiros citados nesse artigo, sendo capaz de causar danos direcionados ao explodir e fragmentar-se.
A THOR oferece uma chance muito maior de neutralizar ou destruir o alvo, dispensando o uso de apoio de fogo mais pesado (e mais oneroso).
Com design único, combinando diversos formatos, materiais e área de fragmentação para obter o efeito desejado no alvo, a munição foi desenvolvida pela Saab Bofors Dynamics Switzerland (SBDS), uma subsidiária da Saab e integrante da área de negócios Dynamics.
Alta Cadência de fogo no apoio
Instalado em um 6×6 Guarani, o morteiro de 120 mm é uma arma extremamente letal devido a sua alta mobilidade, profundidade e densidade de tiro (múltiplos impactos de direções diferentes) e capacidade de apoiar por fogos tropas blindadas e mecanizadas durante seu deslocamento, cobrindo os flancos e a linha de frente.
O VBTP-MSR 6×6 Guarani atuando como porta-morteiro pode levar uma grande quantidade de munição e efetuar grande número de disparos cobrindo uma enorme área.
A alta velocidade e capacidade todo terreno (incluindo anfíbio) do VBTP-MSR brasileiro é mais um diferencial quando se pensa em equipa-lo com armas de tiro elíptico de grande calibre.
Frente a plataformas mais complexas e com armas maiores e mais pesadas (de maior alcance), os morteiros de 120 mm semi-automáticos montados em blindados 6×6 oferecem a vantagem adicional de custo de aquisição, manutenção e compra de munição extremamente mais baixos, e a capacidade aerotransportável “ready for KC390″ sem a necessidade de desmontagem de partes ou componentes.
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Já houve algum teste para esta versão dos blindados Guarani? Digo, até mesmo para o estabelecimento de algum ROB?!