Imagens de satélite de vulcão Taal em erupção (Espaço).

Uma erupção vulcânica de grandes proporções ocorreu no último domingo (12) no vulcão Taal, situado na Ilha Luzon, nas Filipinas.

Aproximadamente 43 mil pessoas foram deslocadas para abrigos pelas forças de segurança e defesa civil do Governo local.

Com a magnitude do acontecimento, os satélites da Airbus Defence and Space posicionados em órbita que passam sobre a região captaram imagens permitindo comparar o antes e depois da erupção.

As imagens foram capturadas nos dias 11 de julho de 2019 e 14 de janeiro de 2020, respectivamente.

o satélite SPOT-7 registrou a imagem de antes da erupção, enquanto a posterior foi feita pelo Pléiades-HR 1A.

A grande quantidade de material vulcânico (cinzas) lançado na atmosfera pelo Taal oferece um risco potencial a navegação aérea internacional na região da erupção.

Esse material deve ser acompanhado do espaço para permitir que voos comerciais possam ser desviados, evitando qualquer perigo.

A posse de satélites de observação da terra permite ao País detentor dessa capacidade atuar em qualquer evento singular com grande velocidade de resposta, abastecendo diversas instituições governamentais federais, estaduais e municipais com informação em tempo real para a realização de busca, resgate e salvamento, controle de área e inteligência estratégica de missão, dentre outras possibilidades.

O Brasil, na atualidade, apresenta forte demanda por esse tipo de sensor baseado no espaço.

O Programa Espacial Brasileiro e a Agência Espacial Brasileira trabalham no sentido de prover essa tecnologia através de parceria com empresa estrangeira para a construção de satélites de observação da Terra com transferência de tecnologia e amplo suporte na operação do satélite e interpretação e tratamento das imagens.

Ficha Técnica Satélites Airbus Defence and Space

SPOT-7

SPOT7 Copyright – Airbus Defence and Space

Lançamento: 30 de junho de 2014 | Sriharikota (Índia)

Inclinação: 98,2º

A órbita do SPOT é polar, circular, síncrona ao sol e faseada. A inclinação do plano orbital combinada com a rotação da Terra em torno do eixo polar permite que o satélite voe sobre qualquer ponto da Terra dentro de 26 dias. A órbita tem uma altitude de 832 quilômetros, uma inclinação de 98,7 ° e completa 14,19 rotações por dia.

O SPOT-7 cobre grandes áreas em tempo recorde. Junto com seu gêmeo (SPOT-6), a capacidade de aquisição é de seis milhões de quilômetros quadrados por dia – uma área dez vezes maior que a da França.

Pléiades-HR 1A

Pléiades Copyright – Airbus Defence and Space

Lançamento: 17 de dezembro de 2011 | Kourou (Guiana Francesa)

Inclinação: 98,2º

Os dois satélites Pléiades-HR (1A e 1B) operam na mesma órbita faseada e compartilham o mesmo plano orbital que os satélites SPOT 6 e 7, formando uma constelação maior com 4 satélites, afastados 90° um do outro. Possuem órbita síncrona ao sol, faseada e quase circular, com altitude de 694 quilômetros.

O satélite Pleiades-1A é capaz de fornecer dados de cores com uma resolução de 0,5 metros e revisitar qualquer ponto da Terra, pois cobre um total de 1 milhão de quilômetros quadrados (aproximadamente 386.102 milhas quadradas) diariamente. Talvez o mais importante seja o fato de que o Pleiades-1A é capaz de obter imagens de alta resolução em apenas uma passagem e pode acomodar grandes áreas (até 1.000 km x 1.000 km).

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