Por Agência Verde Oliva
O Programa Estratégico do Exército (PEE) Forças Blindadas vai ganhar um importante reforço. Foram adquiridas 20 viaturas blindadas especiais socorro (VBE Soc) 6X6 MaxxPro Recovery Vehicle. Produzidas pela empresa norte-americana Navistar Defense, são equipadas com uma “asa delta” traseira e uma lança hidráulica com acesso eletrônico, suportando 42 toneladas de reboque com um arraste de quase 23 toneladas.
“Trata-se de uma capacidade, até então, inexistente na Frota Guarani. Essa aquisição, por meio do programa de vendas militares estrangeiras do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, vai incrementar esse suporte fundamental ao poder de combate, especialmente no que se refere às atividades avançadas de manobra de força e de apoio à retaguarda nas tarefas de manutenção de segundo escalão”, afirmou o vice-chefe do Estado-Maior do Exército, general de Divisão Hertz Pires do Nascimento. As novas viaturas serão distribuídas aos batalhões logísticos que integram as brigadas de infantaria e cavalaria mecanizadas, bem como às escolas e organizações militares mecanizadas mais isoladas.
Características
O MaxxPro Recovery Vehicle é uma viatura com proteção blindada apta a realizar resgates em campo de batalha. Resiste a disparos de armas de calibre 5,56 e 7,62 mm, estilhaços de artilharia, minas e artefatos explosivos improvisados. Está equipada com um motor MaxxForce 8.9 L, turbo inter-cooled diesel, com 450 hp e torque de 1.627 Nm. A transmissão é automática de seis velocidades e a suspensão dianteira é independente.
Possui capacidade de 42 toneladas para reboque (PBTC); 22,6 toneladas de arraste no cabo de aço; 15,8 toneladas com o uso da “asa delta” traseira; 27,2 toneladas de içamento de carga no guindaste, com lança hidráulica; e um suporte de reboque e arraste que atende às viaturas da família Guarani.
Programa Estratégico Forças Blindadas
A aquisição faz parte do Programa Forças Blindadas, que integra o Portfólio Estratégico do Exército e entrega à Força Terrestre a renovação da frota blindada. A iniciativa proporciona avanços tecnológicos e de qualidade, tendo em vista a manutenção da capacidade operativa, bem como o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa, por meio de transferência de tecnologia e da qualificação técnica de mão de obra nacional.
O processo de compra da Viatura Blindada Especial de Socorro 6X6 é resultado de um planejamento iniciado em 2018, contemplando estudos estratégicos e de viabilidade. São várias etapas para uma aquisição desse porte, conforme determinam as normas do Exército Brasileiro para obtenção de um sistema de material de emprego militar, a exemplo das Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar.
Com a aquisição de modernas viaturas blindadas sobre rodas e sobre lagartas e de seus subsistemas componentes, como os sistemas de armas e comunicações, busca-se a transformação da Infantaria Motorizada em Mecanizada e modernização da Cavalaria Mecanizada e da Infantaria e Cavalaria Blindadas. Todas as fases do Programa buscam a integração com os demais Programas e Projetos Estratégicos do Exército, em particular com os Programas Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e Programa de Proteção da Sociedade (PROTEGER), bem como o incremento da integração com as demais Forças.
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército
Respostas de 9
Muito bom. Quando chegam ao Brasil Bastos?
Por que os militares brasileiros nunca compram de empresas brasileiras ?. Sério que uma viatura dessas não pode ser feita aqui ??. Enquanto a Avibras está quase falindo esses militares vão comprar material estrangeiro. Muito estranho..
Quanta besteira e mentira num comentário, por favor.
Vão desenvolver um produto novo pra compra de 20 exemplares? Pensa bem.
Não tem nenhum veículo genuinamente militar dessa categoria no Brasil no momento (desde o fim da Engesa é assim), o que tem são veículos civis militarizados, o projeto de um levaria anos e é preciso escala, já que você não pode desenvolver um projeto que consuma milhões, montar uma fábrica ou linha de produção, para fabricar 20 veículos que vão ficar prontos em no máximo alguns poucos meses, isso sem outros potenciais compradores.
meu caro com todo respeito da até preguiça em tentar de explicar o porque
A Avibrás criou a pedido de um cliente estrangeiro uma versão socorro do Astros. Essa versão não seria viável para atuar junto aos Guaranis? Fora que estão disponíveis vários Astros a pronta entrega, no qual a compra foi cancelada por algum país, esse seria o momento das FFAA e do Estado brasileiro apoiarem a indústria nacional.
O bicho é bruto hein, esses vinte serão muito bem vindos. A propósito o veículo desta categoria ,porém 8×8, baseado no chassi e carroceria do Astros foi feito sob encomenda dos árabes(conforme dito pelo Caiafa)onde dindin não é problema capiche.
Essas decisões não são tomadas de forma açodada . Com certeza teve motivos para não priorizar a indústria nacional .