VBC Cav – Envio de propostas e peneiras na seleção de viaturas

O Estado-Maior do Exército tornou público hoje a portaria EME/C Ex Nº 716, de 09 de maio 2022, que aprova os requisitos operacionais da viatura blindada de combate de cavalaria – média sobre rodas (VBC Cav-MSR), o EB20-RO-04.067, 2ª Edição.

Estes são basicamente os mesmos requisitos operacionais apresentados anteriormente e indica que a fase de inicio efetivo da concorrência, com a publicação do “request for tender”(RFT), para os fornecedores efetivamente enviarem suas ofertas de forma detalhada, esteja proxima de ser iniciada, e que seu atraso se deve pela demora de um parecer favorável da Consultoria Jurídica Adjunta ao Comando do Exército (CONJUR).

Uma importante observação a ser efetuada é que, durante uma apresentação do projeto feita a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) pela Diretoria de Material (DMat), ocorrida no dia 12 deste mês, foi apresentado um slide informando que as propostas consideradas “SATISFATÓRIAS” serão as que contemplem apenas as viaturas que estiverem em “Produção Seriada inicial ou consolidada“, e sendo consideradas “INSATISFATÓRIAS” as que forem “Projeto Conceitual, Protótipo ou Lote-Piloto“.

Considerando este ponto, caso seja aplicado no contexto de sistema de armas (viatura + armamento), deixará apenas os seguintes candidatos aptos para o certame:

  • Centauro II com Canhão 120 mm, do Consórcio Iveco–OTO Melara (CIO);
  • ST-1BR com canhão de 105mm, da NORINCO; e
  • LAV 700 Assalt Gun com canhão de 105mm, da General Dynamics Land Systems (GDLS) e John Cockerill.

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Comentários

30 respostas

  1. Paulo você acredita que o Centauro II teria uma vantagem por poder ter partes fabricadas aqui (ou até a montagem final feita aqui) ou você acha que isso levaria apenas a um custo maior e o EB não estaria disposto a pagar por isso ?

    1. O melhor é o Centauro II e o EB merece essa evolução. O que for decidido terá impacto direto nos próximos 40 a 50 anos na nossa cavalaria.

    1. “…caso seja aplicado no contexto de sistema de armas (viatura + armamento) deixará apenas os seguintes candidatos aptos para o certame”.
      O Patria AMV Xp Tank Destroyer, equipado com torre Leonardo Hitfact Mk II, ainda é um protótipo.

  2. Considerando que a IVECO já está instalada aqui, isso pode ser um diferencial favorável ao centauro II e, aliado a isso, obviamente está a qualidade indiscutível do veículo.

    1. Concordo Silvio.
      Mas um ponto que será crucial, mais até do que projetos anteriores, será o valor da proposta.

  3. Muito bom, proposta do Centauro 2 a cada dia me parece ser a que irá vencer afinal, Vamos aguardar os próximos capítulos.

    1. Não, estamos começando a fabricar munições HE, HESH e de treino de 105mm para os Leopard1a5.

  4. Todo mundo sabe que o centauro leva fácil e é o melhor. Material de defesa pode ser dispensada licitação. Vai direto e agiliza. Atraso injustificado por um parecer inócuo e fácil de fazer. Burocratização.
    De qualquer sorte ainda muito mais rápido e mais dentro dos cronogramas que os programas atabalhoados da marinha de 80.000 efetivos.

  5. Se a FAB tivesse adotado a mesma lógica, o Brasil não teria, hoje, o Gripen NG, que só existia no papel — não havia nem protótipo.

    1. Eu acho q o eb não quer esperar mais do que já esperou . E começar a pensar num substituto prós leopards q já estão bem inadequados tbm.

    2. As premissas e necessidades da FAB eram outras. E o brigadeiro Bonito, ex-presidente da COPAC, já explicou que a FAB pensou principalmente no Brasil, com a opção pelo Gripen, pois era a proposta mais ampla e a que mais agregaria valor à indústria aeroespacial brasileira.

      1. Argumento fraco. Todo órgão e entidade da administração pública direta e indireta deve “pensar no Brasil”, em observância ao caput do art. 37 da CF e aos princípios implícitos da administração governamental.

        1. Reclame com o ex-Presidente da COPAC. Estou apenas repetindo a fala dele. Além disso, o Gripen atendia a todos os requisitos da FAB.

  6. Sou favorável ao poder de fogo dos modernos canhões de 120mm. Se querem economizar, utilizem simuladores. Na hora de topar com um mbt de verdade, a conversa de 105mm vs 120mm é outra.

  7. O Patria AMV está em produção seriada. Mais de 1.400 unidades já foram vendidas para Croácia, Finlândia, Polônia, Eslovênia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Eslováquia.

    1. Prezado, por favor, leia com atenção as matérias que já publiquei sobre o tema.
      A viatura ofertada para o projeto VBC Cav é o Patria AMV Xp Tank Destroyer, e este é apenas um protótipo.
      O Patria AMV Xp está para o AMV assim como o Centauro II está para o Centauro, ou seja é outra viatura.

      Para maiores esclarecimentos sugiro o seguinte artigo:
      http://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-8×8-as-novidades/

      1. Caríssimo Paulo, suponho que a Patria oferecerá ambas opções. O AMV foi trazido ao Brasil (Marambaia) em 2004, em aliança com a IMBEL e EADS. O Brasil precisa diversificar a sua base de parceiros estratégicos.

  8. O fator que vai pesar de fato é o $$$$ que por sinal está curtíssimo.
    A observação do PB no discurso do oficial é correta, agora vamos ver se o que se fala é o que se faz, lembrando:
    A Marinha também usou o argumento de um navio plenamente operacional na concorrência das FCT e conseguiu comprar um Frankenstein, ou alguém aí já vou uma Melo 100 com 3500 tons??????

  9. Bastos

    Acho que mesmo que venha o Centauro II, acho que muito desses subsistemas serão removidos, seria algo bem diferente do que foi aprovado para Itália, não?!…por exemplo….os sistemas de comunicação OTAN, o sistema de carregamento automático, essa estação de arma remota que está na imagem (Hitrole), mas o fato curioso é que a Leonardo também fabrica essa torre no calibre 105mm o que talvez barateasse a proposta da CIO, mas o que está na proposta para o Brasil é de fato a com canhão de 120mm…muito estranho.

  10. Paulo Bastos, bom dia.

    Qual o prazo legal para a definição da compra e a assinatura de contrato da VBC Cav. ?
    Será que ainda sai este ano ?

    Obrigado

    Pedro Piazzalunga

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