- Pávia, encravada entre Turim e Milão, fica a quatro horas de carro de Aviano, uma das grandes bases aéreas italianas.
O míssil estava acondicionado dentro de seu case regulamentar, onde é mantido pressurizado e protegido de vibrações, com emprego de um gás inerte (Argônio e nitrogênio purificados são os gases mais comumente usados como gases inertes devido à sua grande abundância na natureza – 78% N2, 1% Ar no ar – e seu custo relativamente baixo).
Um gás inerte é aquele que não sofre alterações quando submetido a determinadas condições. Gases inertes são geralmente usados em soldagem, selagem ou aplicações de marcação para impedir reações químicas indesejadas que poderiam degradar a peça. Essas reações indesejadas incluem oxidação e hidrólise, que são reações causadas pelo oxigênio e pela umidade do ar.
Então tem-se a incrível história de neo-facistas pró Rússia e anti-Ucrânia, com propaganda nazista, armas e um míssil ar-ar de fabricação francesa desviado da Força Aérea do Catar, que acabaram presos no norte da Itália.
A polícia disse que as descobertas resultaram de uma investigação anterior sobre italianos que participaram da insurgência apoiada pela Rússia na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Oficiais prenderam os suspeitos depois de encontrar um míssil feito na França em um hangar do aeroporto.
Eles são acusados de tentar vender o míssil ar-ar, avaliado em mais de 600 mil euros, que aparentemente (?) foi desviado dos estoques das Forças Armadas do Catar.
A mídia italiana indicou os presos como Fabio Del Bergiolo, de 50 anos, ex-funcionário alfandegário italiano e ativista de partido Forza Nuova, de extrema direita; Alessandro Monti, de 42 anos, cidadão suíço; e Fabio Bernardi, 51, também italiano.
Em sua casa em Gallarate, a polícia encontrou mais armas de assalto, cerca de 30 rifles de caça, pistolas e baionetas, além de munições e antigas placas nazistas com suásticas.
Mais de 10.000 pessoas morreram nos combates desde que os separatistas apoiados pela Rússia lançaram uma rebelião/insurgência no leste da Ucrânia em abril de 2014.
Escaramuças com tropas do governo ucraniano continuam, mas a linha de frente têm-se mantido estática há mais de um ano.