Aeronaves do regime de Bashar al-Assad foram abatidas após derrubada de drone turco. Segundo agência síria, pilotos sobreviveram.
Dois aviões de guerra sírios foram abatidos neste domingo (01/03) por unidades turcas na província de Idlib, no noroeste da Síria, em resposta à derrubada de um drone turco no início da ofensiva da Turquia contra unidades leais ao ditador sírio Bashar al-Assad, segundo fontes oficiais.
Os pilotos dos aviões conseguiram ejetar com paraquedas e estão em boas condições, disse a agência estatal síria SANA, sem dar mais detalhes.
Pelas redes sociais, o Ministério da Defesa turco confirmou que os dois aviões sírios Sukhoi Su-24 foram abatidos depois de tentarem atacar as forças de Ancara.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma ONG sediada no Reino Unido com uma ampla rede de parceiros, disse que os aviões foram abatidos por mísseis ar-ar lançados por caças F-16 turcos a partir da fronteira entre Turquia e Síria.
As duas aeronaves caíram nas áreas de Maarat al Numan e nas montanhas Zawya ao sul de Idlib, disse uma fonte militar síria à Agência Efe que solicitou o anonimato. De acordo com a fonte, “os dois pilotos não foram capturados” e que esta ação veio depois de as forças sírias terem abatido anteriormente um drone turco na cidade de Saraqeb, a leste de Idlib.
A fonte disse que, neste momento, as frentes de combate em Idlib estão “em chamas”, pois os confrontos são cada vez mais intensos entre as facções rebeldes e islâmicas, por um lado, e as tropas sírias, por outro.
Ancara anunciou uma ofensiva contra o noroeste da Síria, onde apoia as facções da oposição que se levantaram contra Damasco.
A situação também coincide com o fechamento do espaço aéreo sírio a qualquer elemento “hostil”, o qual a Síria ameaçou abater caso viole a proibição de sobrevoar o noroeste do país.
Este aumento da tensão entre os dois países vem depois de a Turquia ter vivido um dos seus piores episódios de intervenção militar na Síria há três dias, com a morte de cerca de 30 soldados turcos, atribuída por Ancara às forças governamentais sírias.
Idlib e o oeste da província vizinha de Aleppo são praticamente dominados pela Organização pela Libertação do Levante, uma aliança islâmica que inclui o antigo braço sírio da Al Qaeda, que a Síria e sua principal aliada, Rússia, consideram “terrorista”.
JPS/efe/ots