Torre manual REMAN é instalada no Guarani

No mês de junho de 2020, foi entregue ao Arsenal de Guerra do Rio (AGR), duas torres manuais REMAN, da empresa ARES Aeroespacial e Defesa. Após verificações iniciais, uma delas foi instalada em uma Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média Sobre Rodas (VBTP-MSR) 6X6 Guarani nas instalações do Arsenal.

As torres passarão por testes de engenharia nas próximas semanas, solicitados pela empresa, no qual serão realizados alguns tiros técnicos, no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o “Campo de Provas da Marambaia/1948″. Após esta atividade, serão submetidas ao processo de avaliação do sistema Guarani com torre manual, também no CAEx, etapa importante no processo de homologação do sistema.

A chegada da REMAN e os seus trabalhos de montagem no Guarani (Fotos: ARES)

 

A torre

A REMAN é uma estação de armas blindada de operação manual, projetada para atender o Programa Estratégico do Exército (Prg EE) GUARANI, mas que também poderá ser utilizada por outros blindados médios e leves, sobre rodas ou lagartas.

Sua primeira versão (conceitual) foi apesentada em 2016, na 4ª Mostra BID Brasil, e possuía a opção de giro manual e elétrico. Porém, como essa última opção não estava prevista nos requisitos emitidos pelo Exército Brasileiro (EB), o mesmo foi retirado na segunda versão, aperfeiçoada e com sua proteção balística melhorada, que foi apresentada na LAAD Defence and Security 2017.

O protótipo atual, é uma evolução dessa última versão, com proteção balística melhorada, possuindo blindagem de toda cúpula padrão STANAG 4569 nível 2, e levando em conta diversas sugestões apresentadas pelo EB, e foram, até o momento, fabricados três exemplares: os dois que estão no AGR, sendo um instalado no Guarani, e o terceiro de propriedade da ARES para demonstrações.

Modelo 3D da VBTP-MSR 6x6x Guarani equipado com o REMAN (ARES)

 

Dados técnicos

Altura

865 mm

Largura

1128 mm

Comprimento

2454 mm

Peso Máximo

550 kg

Azimute de elevação da arma

50º

Azimute de depreção da arma

30º

Fonte: ARES

 

Artigos Relacionados

Formulação Conceitual dos Meios Blindados do Exército Brasileiro ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO-PORTARIA Nº 162-EME, DE 12 DE JUNHO DE 2019 Documento...

Pela primeira vez no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) por helicóptero, foi a chamada Operação MANGA. Na...

Durante cerimônia realizada nesta quinta-feira, 28 de março, no Ministério da Defesa (MD), foi assinada carta de intenções entre Brasil...

No mês de março de 2024, a 21ª Bateria de Artilharia Antiaérea Pára-quedista (21ª Bia AAAe Pqdt) recebeu uma unidade...

Na manhã de hoje, 27 de março, ocorreu a cerimônia de lançamento ao mar do submarino Tonelero (S42), o terceiro...

Durante a LAAD Security & Defence 2024, feira voltada para a Segurança Pública que acontece entre os dias 2 e...

Comentários

8 respostas

  1. Eu só não entendi o objetivo de adquirir estes armamentos.

    Serão instalados em algumas unidades do próprio guarani?

    Ou apenas para testes a pedido da empresa para certificação técnica e após isso, mirar em mercados interno e externos mas que não sejam para os guaranis e sim outros interessados?

    1. Rogério, o ideal é instalar SARC REMAX em todos os Guaranis, mas como isso é inviável pelo custo, optou-se em utilizar REMAX nas unidades de Infantaria e Cavalaria que transportam do Grupos de Combates Mecanizados, e a torre manual REMAN nas VBTP das unidades de apoio, como Engenharia, Comunicações, Artilharia, etc…

  2. Paulo, a rotação da torre é auxiliada por um motor elétrico quando o atirador gira a manivela ou é totalmente mecânico ?

    1. Ola Diego, como eu disse no texto, a primeira verão apresentada da REMAN, em 2016, apresentava giro manua e elétrico, porem, como esse item não estava nos requisitos que surgiram após a apresentação do protótipo, ele foi retirado.

  3. Excelente noticia, meios necessários com orçamento disponível, não se pode ter tudo o que quer mas ter tudo o que for bom e útil é bem vindo !

  4. Paulo, com a altura já elevada do Guarani – que, em tese, eleva seu CG – mais a adição dessa torre de 550 kg no alto do veículo, não torna o mesmo muito instável em curvas e terrenos inclinados?

Deixe um comentário para Paulo Roberto Bastos Jr. Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EM BREVE