Taurus, um legado de 80 anos

No final da década de 1930, enquanto a Europa via as fronteiras de vários países sendo invadidas pela força militar da Alemanha, dando origem à Segunda Guerra Mundial, no Brasil, no Rio Grande do Sul, era fundada as For-jas Taurus, através da iniciativa do grupo de amigos Ademar Orlando Zanchi, Eugênio Ervin Hausen, Herbert Müller, João Kluwe Júnior, João Guilherme Wallig e Oscar Henrique Purper.

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Muitos desafios tiveram que ser vencidos no momento da sua criação. A falta de matéria prima, como aço para a produção e o petróleo para fazer funcionar o maquinário, eram escassos.

Na década seguinte a empresa passou a se dedicar na produção de armas de fogo, mais especificamente revólveres e outros tipos de ferramentais e nos anos de 1950 e 1960 a demanda pelos seus produtos cresceu muito, promovendo um momento de grande expansão e consolidação da marca.

Nos anos de 1980 a Taurus ampliou a sua linha produzindo pistolas semiautomáticas e submetralhadoras com a compra da totalidade das ações da Indústria e Comércio Beretta S/A, de capital italiano, que era sediada em São Paulo. Na mesma década, criou a Taurus Blindagens para desenvolver coletes e escudos balísticos dedicando-se, posteriormente, de maneira pioneira, à utilização do kevlar.

Em meados da década de 1990 recebeu o selo ISO 9000 do Inmetro e do Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear; certificação do RWTÜV (Rheinisch Westfôlischer Technischer Überwachungs-Verein e V), de Essen, Alemanha. Ao chegar a 60 anos de história, tornou-se uma das três maiores fabricantes mundiais de armas curtas, com clientes em mais de 70 países, nos cinco continentes.

Por fim, em 2015, a Companhia Brasileira de Cartuchos passou a deter o controle acionário da Taurus.

Em 2016, para modernizar a sua produção e resolver problemas técnicos em relação a alguns modelos de armas, a empresa fez uma reengenharia operacional nos processos tecnológicos e administrativos. Houve a redução de custos, desperdícios, otimização da produção, além da realização de auditorias, maior controle através de inspeções e algumas outras ações para otimizar, principalmente, a qualidade.

Hoje, com sede em São Leopoldo (RS) com uma força de trabalho de duas mil pessoas, a Taurus exporta para mais de 100 países, com uma produção de 4,6 mil armas das quais 85% são destinadas ao mercado externo. Nos Estados Unidos construiu uma nova unidade na Georgia, tendo iniciado parcialmente a produção no mês de setembro passado, com a previsão de explorar todo o seu potencial já no começo de 2020. Com essa nova fábrica a expectativa é que sejam produzidas 800 mil armas por ano.

Em 2018, a companhia requalificou os fornecedores e desenvolveu mais de 74 novos produtos. Em 2019, ano em que celebra as suas oito décadas de existência, a empresa registrou, nos primeiros seis meses, lucro líquido superior a R$ 47 milhões.

Os resultados positivos são atribuídos ao trabalho que vem sendo empreendido para renovar a Taurus, imprimindo um novo padrão de desempenho. “Nossos esforços estão sendo recompensados e, de acordo com o planejamento, as mudanças realizadas se confirmam como sólidas e sustentáveis. Em termos de receita, lucro bruto, resultado operacional, Ebitda e resultado líquido, tivemos o melhor desempenho para um primeiro semestre dos últimos anos”, afirma o presidente da Taurus, Salesio Nuhs.

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