Taurus pesquisa utilização de grafeno em armamentos

A Taurus Armas, uma das maiores fabricantes de armas do mundo, oficializou na última quarta-feira, dia 30 de junho, um convênio com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) para realizar pesquisa e desenvolvimento de armamentos com grafeno.

O material à base de carbono é considerado um dos mais leves e fortes do mundo, tido como 200 vezes mais resistente do que o aço, e pode ser adicionado à composição de inúmeros produtos para aprimorá-los. Também é considerado o material mais fino que existe (da espessura de um átomo ou um milhão de vezes menor que um fio de cabelo) e caracteriza-se por ser de elevada transparência, leve, maleável, resistente ao impacto e à flexão, entre outras propriedades.

A parceria entre a Taurus e a UCS acontecerá através da UCSGRAPHENE, primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina instalada por uma universidade e que faz parte do TecnoUCS – Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A estrutura, junto aos demais laboratórios de pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico de toda a universidade, assim como atuação do centro de tecnologia e equipe técnica da empresa parceira ZextecNano, permitirá a rápida realização de testes e desenvolvimento de protótipos de armas.

De acordo com o coordenador da UCSGRAPHENE, professor Diego Piazza, o grafeno é o futuro para inúmeras áreas, incluindo a indústria de armas. “Armamentos contendo grafeno em sua composição são mais leves e resistentes. Essa parceria da UCS com a Taurus abre portas para a pesquisa e fabricação de produtos muito mais modernos e tecnológicos”, pontua Piazza.

Por ser uma tecnologia disruptiva, o grafeno tende a competir com tecnologias existentes e substituir materiais com décadas de uso. Suas aplicações permitem desenvolver produtos com alta resistência mecânica, capacidade de transmissão de dados e economia de energia. Como material de alta engenharia, o grafeno é um dos principais recursos da atualidade em nanotecnologia, sendo utilizado por exemplo na produção de telas e displays LCD, touchscreens, componentes eletrônicos com altíssima capacidade de armazenamento e processamento de dados, baterias de recarga instantânea, entre outros.

Para o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, a utilização do grafeno na produção de armas de fogo será uma revolução neste mercado. “O principal pilar estratégico da Taurus é a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação que são capitaneadas pelo CITE (Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia). A aplicação de grafeno elevará ainda mais a qualidade e eficiência na produção dos nossos produtos. O desenvolvimento de aplicações de grafeno nas armas de fogo será um divisor, um fato muito relevante, para o mercado mundial de armas curtas”, afirma Nuhs.

Fonte: Taurus Armas

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Uma resposta

  1. Acho que a Taurus está sendo muito futurista.
    Deveria partir para o Titânio, que já é utilizado em armamentos e mais leve que o aço, além de maior resistência mecânica.
    Aí após isso parte pro grafeno, pois o investimento em P&D será muito alto até se chegar em algum produto que dê retorno financeiro a empresa.
    Outra pesquisa que deve ser implantada, porém por parte da CBC, u a substituição do latão nós estojos de munição, por algum plastico de engenharia que se decomponha durante ou após o disparo.
    Diminuindo assim o peso da munição e a contaminação da mesma no meio ambiente.
    Algo semelhante ao cartucho 6.8. Norte americano.
    Mas a Taurus está no caminho certo, hoje o maior ativo de uma empresa ou país e o conhecimento gerado.

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