Via Agência Força Aérea
Pelo segundo ano consecutivo, aeronaves da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) fazem parte do Exercício Conjunto Tápio. Nesse sábado (20/08), o Boeing C-17 Globemaster, aeronave cargueira de grande porte, chegou à Base Aérea de Campo Grande (BACG), no Mato Grosso do Sul, trazendo três exemplares dos modernos helicópteros HH-60G Pave Hawk. No domingo (21/08) foi a vez do Hércules (HC-130J Combat King II) pousar em solo sul-matogrossense. Desde 2018, os norte-americanos têm visitado a BACG e desde 2021 participam efetivamente do Exercício.
Nesta 5ª edição, haverá voos conjuntos (aeronaves americanas sendo escoltadas por aeronaves brasileiras), voos de intercâmbio (militares americanos nas aeronaves brasileiras e militares brasileiros nas aeronaves americanas) e, ainda, participação dos americanos no manning do EXCON, ou seja, ajudando na construção dos cenários de treinamento.
A participação da Guarda Nacional Americana de Nova York e Oregon
No período de 20 a 30 de agosto, a Guarda Nacional Americana de Nova York, Oregon e Idaho (NYANG, ORANG e IDANG) vão agregar ao EXCON trazendo capacidades de emprego de meios de Força Aérea em um ambiente de guerra irregular. Além disso, essa oportunidade de intercâmbio permite que a FAB esteja evoluindo doutrinariamente com as TTP (Táticas, Técnicas e Procedimentos) de uma força armada que está em constante provação no cenário global contra esse tipo de ameaça.
Aproximadamente 100 militares americanos de diversas especialidades participarão do exercício. Os três HH-60G Pave Hawk e o HC-130 Combat King II, serão utilizadas no Personal Recovery que engloba diversas ações de recuperação de pessoal e, dentre elas, o CSAR – Busca e Salvamento em Combate.
Para o chefe da Seção de Avaliação e Doutrina da BACG, capitão aviador Raphael Lopes Rosa, essa troca de conhecimento e experiências com forças amigas é muito importante para o aprimoramento da FAB. “A guerra moderna mudou muito nos últimos anos, e essa é uma oportunidade de aprender mais com os americanos sobre como agir nesses conflitos. E, para eles, é uma oportunidade de adestramento, já que, o cenário da EXCON Tápio é bem próximo do que eles treinam”, explica.
Interoperabilidade
Desde 2021, a atividade passou a ser denominada EXCON, pois conta com a participação das outras Forças Armadas. O diretor do Exercício e Comandante da BACG, brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto, explica que a mudança visa demonstrar a importância da interoperabilidade para a defesa do País. “Nós temos aqui a participação das três Forças, porque é um exercício conjunto. Marinha, Exército e Aeronáutica participam do Exercício e também é combinado, na medida, que nós temos a participação efetiva de militares norte-americanos com a gente. Isso é essencial, não só, para a nossa soberania, como para, o treinamento das ações principalmente de Força Aérea, mas sempre com respaldo e também a participação das demais Forças. Cada um em seu ambiente, mas integrados, principalmente, quando a questão é de Busca e Salvamento em Combate e preparação para Missões de Paz das Nações Unidas, atividades que necessitam dessa interação”, destacou o brigadeiro Rossetto.
Texto: aspirante Roberta Nunes / Agência Força Aérea
Fotos: Bianca Viol / CECOMSAER
Uma resposta
No texto da Cecomsaer fala em um C-17. Na realidade, foram 2 unidades, como aparece na ultima foto da matéria.