TÁPIO 2020 – A defesa antiaérea da FAB

Durante o Exercício Operacional Tápio 2020, a Força Aérea Brasileira (FAB) empregou não somente aeronaves, mas colocou no contexto outras forças para manter o seu adestramento num ambiente de operação e atuação integrada.

Neste sentido cabe destacar a presença do 1º Grupo de Defesa Antiaérea (GDAAE), que participou como força irregular oponente, simulando grupos de guerrilheiros. Entretanto, o 1º GDAAE aproveitou a oportunidade para adestrar novas equipagens, capacitar e desenvolver doutrinas.

Atualmente o Brasil possui uma Brigada de Defesa Antiaérea composta por três Grupos. O 1º GDAAE em Canoas (RS), o 2º GDAAE em Manaus (AM) e o 3º GDAAE em Anápolis (GO).

Tendo a missão de fazer a defesa antiaérea de pontos e áreas sensíveis do País, os grupos são equipados com os MANPADS de curtíssimo alcance de fabricação russa Igla-S, míssil guiado por infravermelho com alcance máximo aproximado de 6km e podendo atingir alvos voando a 3.500m de altura.

Durante o exercício o 1º GDAAE participou com frações, composta por um Sargento comandante de unidade e um Cabo atirador.

O Sargento recebe as informações do alvo, como a sua direção, de um Centro de Operações através de canais de comunicação VHF, HF ou telefone satelital, orientando o Cabo na direção do alvo.

A fração pode ser reforçada com a presença de um soldado remuniciador, figura essa que não estava presente no exercício. Os GDAAE também possuem radares de solo SABER M60 para a busca de alvos.

Para o âmbito da Tapio, os Igla-S receberam o módulo DART de treinamento que, através de georreferenciamento, registra as informações de posição e azimute no momento do engajamento simulado por parte da fração. Esses dados são posteriormente inseridos no software de Planejamento Aéreo de Missão da FAB, que compara os parâmetros do envelope de operação do míssil com os das aeronaves. Assim, é possível saber se houve o engajamento do alvo, se o míssil foi usado corretamente dentro do seu envelope, se atingiu o alvo e se as aeronaves, nesse tempo, conseguiram cumprir a sua missão.

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Comentários

3 respostas

  1. Eu ainda espero ver:

    RADAR SABER M60 prestado apoio a um sistema de defesa aérea com misseis Piranha MA-A1A e MA-A1B para abate de Drones, helicópteros e aeronaves de pequeno/médio porte.

    RADAR SABER M200 com misseis A-darter e R-Darter versões terrestres antiaereos para abater alvos de alta complexidade, média altura/distância.

    Todos com reforço dos Iglas e RBS 70 da Saab.

    Para proteção dos postos antiaereos, radar SENTIR M20 com artilharia fixa Hawk Avibras e móveis com Mac Jee Armadilho, com apoio tropas de defesa equipados com Fuzis Imbel, misseis anti carro Alac, com mobilidade em veículos Guarani+ torres REMAX, Urutus modernizados e ainda M113 sendo cobertos por Cascavel modernizados da Equitron.

  2. Há informações sobre o projeto para desenvolver mísseis antiaéreos por parte da Avibrás ?

    1. No site da empresa você encontra em produtos, um sistema que poderia ter sido levado adiante. Más pelo visto vai acabar no cemitério das boas intenções.

      Aliás. Que fim levou o EDT Fila?

      Lá no site diz que ele recebeu uma modernização. Más. E aí? O EB aderiu a esta modernização para as unidades hoje utilizadas?

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