TAM 2C tem contrato assinado

Por Hernan Casciani (*)

O Ministério da Defesa da Argentina e o Exército Argentino (EA) assinaram um acordo com a empresa argentina IMPSA para a construção das torres para modernização do TAM 2C.

“Para o Ministério da Defesa e as Forças Armadas é estratégico trabalhar com um parceiro como a IMPSA, por sua capacidade e comprometimento. Consolidar e ampliar as capacidades da indústria nacional é um dos nossos principais objetivos, por meio do FONDEF, e em especial do projeto de modernização do TAM 2C”, destacou Roberto Adaro, subsecretário de Pesquisa Científica e Política Industrial de Defesa.

Por sua vez, o diretor geral da IMPSA, Sergio Carobene, assegurou: “É muito importante a parceria com o Ministério da Defesa e o Exército Argentino em um projeto tão emblemático para o país como a modernização do TAM 2C. Isso nos permite continuar desenvolvendo nossas capacidades na indústria de defesa nacional, graças à capacidade técnica e humana de nossos trabalhadores. Além disso, significa mais produção nacional, mais trabalho argentino e potencializa o desenvolvimento da indústria argentina”.

Este blindado é o principal elemento mecanizado que o EA possui, juntamente com o restante de sua família como os VCTP, VCTM, VCPC, VCA, etc. Seu desenvolvimento e produção remontam ao final da década de 1970, em conjunto com a Thyssenkrupp, que desenvolveu o carro de combate leve TH-301, a partir da viatura blindada de transporte pessoal Marder. A premissa era dotar o Exército de um elemento moderno, leve, ágil, com bom poder de fogo e autonomia suficiente para poder se deslocar em longos trechos, compostos majoritariamente por planícies, e substituir o antigo carro de combate Sherman.

O projeto de modernização do VC TAM teve início em 2010, com a assinatura entre o Ministério da Defesa e o Estado de Israel, de um memorando de colaboração e cooperação industrial e tecnológica, sendo selecionada a empresa Elbit Systems.

Com isso, busca alcançar uma capacidade de combate adequada e moderna, sem perder as capacidades originais do veículo.

A atualização inclui novos sistemas como:

  • Sistema eletrônico de movimentação da torre;
  • Sistema digital para controle e execução do tiro, incluindo a cobertura térmica do cano;
  • Sistemas de visão térmica para o comandante do tanque, o apontador e o motorista;
  • Sistema de alerta de ameaças a laser;
  • Rastreamento automático de alvos;
  • Sistema de supressão de fogo;
  • Unidade de poder auxiliar;
  • Sistema de comunicação criptografado.

 

Fotos: Ministério da Defesa da Argentina

Matéria publicada originalmente em Pucará Defensa.

(*) Hernán Casciani é correspondente de várias mídias de defesa na Argentina e colaborador de Pucará Defensa, mídia argentina parceira de Tecnologia & Defesa no intercâmbio de informações, para manter os leitores atualizados das notícias importantes que ocorrem entre os dois países.

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Respostas de 6

  1. Parabéns aos argentinos, mesmo com uma economia que eu creio que esteja mais defeituosa do que a do Brasil, avançaram na modernização de seus carros de combate! e assim, mais um país sai a frente do Brasil, no quesito carros de combate…lamentável…

    1. “[…]mesmo com uma economia que eu creio que esteja mais defeituosa do que a do Brasil[…]”
      Cara, a economia argentina hoje só não é mais bizarra do que a venezuelana. O Brasil, mesmo com os anos difíceis de 2020 e 2021 por causa da recessão global, está se recuperando bem.
      Falta pouco pra anunciarem nosso novo caça-tanques, que provavelmente será o Centauro II. Para carro de combate, espero que o EB olhe com carinho pros MMBTs. CV90 120 e Lynx 120 são ótimas opções!

      1. 737-800RJ, só acredito depois de assinado o contrato, ainda sequer foi assinado o de modernização do Cascavel. Brasil é muito displicente em relação aos investimentos de defesa.

    2. Eles estão a 10 anos tentando a gente começou agora a querer modernizar….Veja também que não será a frota toda e no quesito blindagem será inferior aos Leopard. O interessante é que os MMBT segue a filosofia do TAM baseado do projeto do Marder e do SK-105 Kurassier baseado Saurer 4K-4F

    3. kkkk, os caras não tem nem aviões para defender o espaço aéreo. Com pandemia e tudo estamos tocando projetos estratégicos desde o Prosub até o F-39. A Marinha Argentina está pior do que a nossa, e olha que isso não é elogio à nossa!

  2. Dos argentinos, sinceramente queria apenas a INVAP… Esse pessoal é muito bom tecnicamente e possui muita expertise em aviônicos e em tecnologia de radares e sensoriamento… Poderia trazer todo mundo pra cá…

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