Soldados que combateram a Guerrilha do Araguaia ganham voz em documentário.

Às margens do Rio Araguaia, um grupo de militantes comunistas se mobilizou para tentar construir uma revolução a partir do campo, aos moldes de Cuba e da China.

O contexto era o de um regime militar em seu momento mais rígido, entre as décadas de 1960 e 1970.

Para impedir os planos dos guerrilheiros, o Exército Brasileiro enviou tropas para o local, culminando em uma das passagens mais sangrentas da história brasileira: a Guerrilha do Araguaia.

As memórias de alguns desses militares vêm à tona no documentário “Soldados do Araguaia”, de Belisario Franca, uma produção da Giros Filmes a ser exibida no Curta!.

Marginalizados pela historiografia oficial por sua filiação ao Exército e, também, pelo próprio Exército por terem feito denúncias contra a corporação, esses ex-soldados – recrutas de baixa patente – finalmente têm voz no longa, e compartilham suas versões dos fatos: “Eu servi ao Exército Brasileiro, mas eu não me orgulho”, revela um deles.

Da convocação junto às comunidades ribeirinhas e rurais até a dispensa após o extermínio da guerrilha, os ex-soldados narram suas histórias e enfrentam seus traumas decorrentes do conflito. A exibição é na Sexta da Sociedade, 22 de maio, às 22h35.

Obs: Tecnologia & Defesa, ciente da necessidade de bem informar, e no respeito ao contraditório, divulga o referido “documentário” para que as pessoas possam assistir e assim tirarem suas conclusões. Não endossamos esse documentário divulgado-o, e sim respeitamos o direito das pessoas a informação vinda de diferentes lados envolvidos na mesma questão. Para a Equipe de T&D, as ações das FFAA no Araguaia representaram a derrota de um perigoso inimigo do Estado e do Povo Brasileiro.

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Comentários

4 respostas

  1. Acredito que seja algo unilateral.Mais do mesmo nesta guerra cultural em que vivemos.Vão buscar denegrir o conflito em si e as Forças Armadas, com certeza.

  2. Acontece que os Militares estavam tratando com Terroristas, alguns treinados em Cuba e outros na China, e que estavam lá prontos para praticarem atos de terrorismo, e para matar ou morrer. Eles faziam, inclusive, o justiçamento dos próprios companheiros caso quisessem deixar o local, assim como de pessoas da região que porventura auxiliassem os Militares.
    Era, na verdade, uma Gerra Irregular.
    O correto seria uma tropa especializada e treinada para o combate aos Terroristas. Mas, ao que tudo indica, não havia isso na época, então enviaram recrutas que não estavam preparados para o que encontraram, para o que foram obrigados a encarar.
    Seria a transição da Guerra Regular para a Irregular, como aconteceu com China e Cuba, e o que os EUA enfrentaram no Vietnam.
    Se os militares, no documentário, relatarem só os abusos do Exército, será uma posição complicada, pois, ocorreram dos dois lados.
    Deve ser visto com cautela a situação de que, somente agora, quando está se discutindo o encerramento da Comissão da “Verdade” surja esse documentário.
    Não podemos criticar sem assistir, mas, fazê-lo com cautela. Visão crítica.

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