Seminário sobre Proteção em Grandes Eventos

Seminário sobre Proteção em Grandes Eventos. (Imagem: Leonardo Ferro)
Seminário sobre Proteção em Grandes Eventos. (Imagem: Leonardo Ferro)

Com a atenção voltada para a segurança que será realizada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, o Exército Brasileiro (através do PROJETO PROTEGER) e a Embaixada Britânica no Brasil uniram esforços para organizar o Seminário de Proteção em Grandes Eventos, ocorrendo em Brasília entre os dias 29 e 30 de outubro, no Quartel General do Exército, e com o patrocínio da Fundação Trompowsky.

O ciclo de palestras e debates reúne militares e autoridades do Brasil e Reino Unido numa troca de experiências e aprendizagens colhidas durante a realização da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, respectivamente. Além do seminário, há também uma feira de expositores que conta com importantes indústrias do setor de Defesa. Aproximadamente 40 empresas exibem seus mais novos produtos que poderão ser utilizados pelas forças de segurança do País.

Ciclo de palestras entre brasileiros e britânicos promove a troca de experiências. (Imagem: Leonardo Ferro)
Ciclo de palestras entre brasileiros e britânicos promove a troca de experiências. (Imagem: Leonardo Ferro)

Inovação tecnológica

A Chemring Technology Solutions (CTS) traz seu mais amplo portfólio de soluções para defesa, segurança, tecnologia e descarte de material explosivo. Pensando nas dificuldades de sinal (3G e 4G) e de telefonia celular em eventos com grande público, a empresa britânica desenvolveu o SmartLink, um sistema de comunicações criptografadas e resistente. O aparelho pesa 5,5 Kg e possui alcance de 15 Km. Segundo Phil Ashworth, executivo da empresa, a inovação garante estabilidade e maior operacionalidade para policiais e órgãos de defesa que utilizem este tipo de comunicação por não haver congestionamento no sinal.

Para emprego militar específico, a CTS possui interessantes produtos de guerra eletrônica como o RESOLVE, dedicado à interceptação, localização, exploração e negação de comunicações táticas.

O Míssil Modular Anti-Aéreo Comum (CAMM)

A MBDA, em parceria com a Avibras, apresenta seu míssil modular de lançamento vertical: o CAMM.

Fruto de sua mais importante característica, o lançamento vertical suave, este míssil pode operar como unidade independente ou integrada a uma rede de defesa aérea. Seu motor é utilizado para adquirir, exclusivamente, velocidade e alcance, subindo aproximadamente 30 metros de altura antes de ser acionado.

O novo produto, em seu modelo “N”, entra no mercado com o objetivo de substituir o  VL Sea Wolf, atualmente utilizado pela Marinha do Reino Unido. Também representa viável possibilidade de uso para o Exército Brasileiro em seu modelo “L” (emprego terrestre), uma importante opção para o Sistema Astros. Há ainda o CAMM-A,  um míssil ar-ar de baixo alcance avançado, que é utilizado atualmente pela Força Aérea do Reino Unido e da Austrália.

As novidades da Thales

Empresa com ampla diversidade de produtos no mercado, a Thales exibe seu mais recente sistema de comunicação via rádio; o Cougar Team. Privilegiando a privacidade (criptografia), a segurança e a discrição, estes pequenos rádios portáteis possibilitam acesso via Bluetooth e um significativo mapeamento através de GPS embutido.

O Sophie Lite é um moderno óculos de visão noturna que permite ao usuário detectar, reconhecer, identificar e localizar alvos. Além de seu habitual uso autônomo, também oferece a possibilidade de ser integrado a um sistema de administração do campo de batalha. Pesando apenas 1,5 Kg, é o mais leve entre todos OVNs, conta com GPS e sensores de orientação para uma capacidade multifuncional.

Dentro das possibilidades de emprego policial a empresa oferece o Storm-H, um bloqueador de explosivos com possibilidade de acionamento via rádio. Já o I-Master GMTI/ SAR Radar é um compacto radar multiplataforma, podendo ser empregado em pequenos aviões, aeronaves de asas rotativas e até mesmo VANTs.

A experiência vinda de Glasgow

Selecionada para prover a segurança do perímetro de proteção oficial dos Jogos da Commonwealth de 2014 em Glasgow, a Selex ES apresenta interessantes soluções tecnológicas para complexos sistemas que estão sendo adquiridos pelas Forças Armadas do Brasil, como por exemplo radares, comando e controle e segurança cibernética.

A ameaça QBRN

Eduardo Avila, da Avibras, e Ricardo Mantovani, da MBDA. (Imagem: Leonardo Ferro)
Eduardo Avila, da Avibras, e Ricardo Mantovani, da MBDA. (Imagem: Leonardo Ferro)

Quando se trata de eventos do porte de uma Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos,  uma das preocupações principais das forças de segurança pública fica por conta de possíveis atentados químicos, biológicos, radiológicos. A Cristanini do Brasil, empresa italiana que também possui sede no Brasil, vem oferecendo um grande leque de possibilidades às Forças Armadas do País.

Além das roupas de uso obrigatório por parte do operador de DQBRN, a empresa oferece equipamentos como o SANIJET C., empregado recentemente na descontaminação da aeronave que trouxe um paciente com suspeita de contrair o vírus Ebola desde o Paraná até análise final no Rio de Janeiro.

Paralelo a este poderoso sistema, a empresa apresenta modelos de um veículo tático aerotransportado multiemprego (TMAV), podendo ser utilizado em diversas situações, como por exemplo descontaminação de estradas, pessoal, aeronaves, veículos e estruturas. Também entrará em testes pelo Exército Brasileiro um veículo leve multiemprego (LMV), dedicado exclusivamente ao reconhecimento QBRN, inspeção e demarcação de área.

 

Leonardo Ferro

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