SARC CORCED é instalado no AviPa Anequim da Marinha

No dia de hoje, 28 de agosto, foi concluída a instalação do Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC) CORCED no Aviso de Patrulha (AviPa) LP-5 Anequim, classe Marlim, da Marinha do Brasil (MB), para demonstração.

A instalação ocorreu no 1º Distrito Naval (1º DN), no Cais da Portuguesa, localizado no Rio de Janeiro (RJ), e foi efetuado por técnicos da empresa ARES Aerospacial e Defesa, com o intuito de efetuar uma série demonstrações de tiro, que irão ocorrer na próxima semana, apresentando as capacidades do SARC de tiro remoto estabilizado, visão noturna (câmera termal) e acompanhamento automático de alvos.

O SARC CORCED, acrônimo para “Controle Remoto de Conteira, Elevação e Disparo“, é uma estação de arma giro estabilizada leve, montada no convés do navio, totalmente desenvolvida no Brasil pela ARES. Este sistema permite a operação remota de metralhadora em um pedestal com movimentos de conteira e elevação, realizando remotamente a pontaria e disparo do armamento a partir de um console, o qual pode ser instalado em qualquer posição no interior da embarcação. Este sistema permite a operação remota de metralhadora Browning M2A1HB-QCB, de calibre .50 BMG (12,7×99 mm), em um pedestal com movimentos de conteira e elevação, realizando remotamente a pontaria e disparo do armamento a partir do um console.

O sistema pode ser empregado em missões de patrulha, reconhecimento, identificação e engajamento de alvos de superfície ou alvos aéreos de baixa altitude, em águas Litorâneas, Azuis ou Marrons.

Está equipado com um módulo optrônico com câmeras diurna e térmicas (independentes) e telêmetro a laser, possui função “auto-tracking”, mecanismos de rearme automático da metralhadora e “slip-ring”.

Em relação ao SARC REMAX, produto já consolidado na Ares, destaca-se sua vedação e tratamento específico para lidar com ambientes de alta salinidade.

Espera-se que, após estes testes, o SARC seja também instalado nas Lanchas Patrulhas Raptor 999, da DGS Defense, pertencentes ao 9º Distrito Naval, em Manaus (AM), visando a demonstração de suas capacidades aplicadas em embarcações menores.

O console do CORCED instalado no AviPa Anequim (Ares)

O exemplar instalado pertence a ARES e a MB, através da EMGEPROM, recebeu dois CORCED que estão atualmente encaixotados aguardando a definição da embarcação a ser instalada. Seriam as novas Tamandaré?

Em relação a Classe Tamandaré, a Ares aponta as seguintes vantagens do SARC CORCED:

  • Contribui com conteúdo nacional das Corvetas;
  • Capacidade da empresa em realizar o suporte logístico em todo território nacional, como é feito para os SARC REMAX;
  • Solução como baixo risco técnico e tecnológico (a empresa tem larga experiência comprovada na execução de contratos e projetos em parceria com a Marinha do Brasil e demais empresas).

 

Dados técnicos

 

Imagem 3D do CORCED (Ares)

 

Download das especificações técnicas do CORCED

 

Veja Também

Especial tecnologia nacional: SARC REMAX

SARC REMAX – Integração no VBTP Guarani

O SARC UT30BR NÃO FOI REPROVADO PELO EB, veja o que de fato ocorreu

 

COMPARTILHE

Respostas de 5

    1. Essa é uma torre não invasiva, ou seja, é instalada diretamente sobre o convés, por isso seu recarregamento é feito de forma manual no convés.

  1. Bacana esta classe Marlim, embarcação de patrulha com desenho italiano baseado em projeto de estaleiro de iates de luxo. Com a Corced ficou bem invocado este aviso patrulha.

  2. A substituição da metralhadora leve e removível de 7,62 mm, em todas as embarcações da Classe, pela metralhadora telecomandada Browning M2A1HB-QCB, .50, montada em reparo, também na proa, como veiculado e caso definitiva, representará um interessante incremento ofensivo da embarcação. Embora as ações remotas signifiquem um avanço na preservação do operador do armamento, mantém-se a vulnerabilidade do homem no tocante ao remuniciamento manual. Decorre esta operação do projeto não-integrado do meio com o novo armamento. A situação ótima seria alcançada com a integração do casulo de proteção do reparo à superestrutura, de forma que o carregamento se desse através do interior da embarcação. Também não se tem notícia da continuidade do desenvolvimento e construção de novos Avisos, o que seria alvissareiro para a nossa Marinha. De Luca, Vicente Roberto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *